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Adultos - CPAD

Três jovens e o milagre da fornalha

Publicado

em

LIÇÃO – 130  –  21 de dezembro de 2014

TEXTO ÁUREO

“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?” Tg 2.14

VERDADE APLICADA

Jamais saberemos o alcance da nossa fé até que sejamos postos diante de uma escolha que peça a renúncia daquilo que mais estimamos e revele quem somos diante da circunstância.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

1.  Deixar evidente que a fidelidade é inegociável mesmo diante da opressão e das ameaças;

2.  Mostrar que ser um autêntico cristão é conviver com diversas formas de fornalha;

3.  Ensinar que todo aquele que é forjado no calor da provação torna-se puro e flexivel.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Dn 3.13-16

INTRODUÇÃO

Poucas pessoas podem compreender até que ponto a fé pode ser capaz de renunciar. A magnífica história de Sadraque, Mesaque e Abednego nos ensina que quando o assunto é fidelidade ao Senhor, nem mesmo a morte poderá amedrontar aos que nEle estão alicerçados. (Sl 125.1).

I. FIÉIS NÃO SE VENDEM NEM RETROCEDEM DIANTE DO FOGO

Nabucodonosor era um rei sagaz que oferecia aos príncipes escravos uma faculdade gratuita, uma posição de destaque no reino, e um salário digno. Esse tipo de persuasão fazia com que os cativos se esquecessem de sua terra e vivessem sob a égide de seu domínio, abandonando suas raízes e se tornando parte de seu reino.

Nabucodonosor e seu inferno particular

Nabucodonosor já havia reconhecido o Senhor como um grande Deus através da revelação de Daniel (Dn 2.47). Porém, não se arrependeu e essa verdade não alcançou seu obstinado coração. Em vez disso, confeccionou uma estátua de ouro com sua imagem para forçar seus súditos a adorá-lo, e aquele que lhe desobedecesse deveria ser lançado na fornalha de fogo ardente. Essa é a forma como age o coração humano quando não glorifica a Deus: o homem glorifica a si mesmo e tenta fazer com que todos o adorem. Como toda religião, Nabucodonosor tinha uma banda, uma lei, um ídolo para adorar, e um inferno particular (a fornalha) que condenava quem não se entregasse a seu credo. Seu maior problema foi achar que mesmo comprando o caráter de alguns, todos eram da mesma estirpe se curvando ao seu sistema.

Sadraque, Mesaque e Abedenego

Não foi fácil para Sadraque, Mesaque e Abedenego permanecerem de pé enquanto todas as outras pessoas “dançavam conforme a música”. Eles desafiaram o sistema porque eram firmes e alicerçados nos ensinos de sua família e embora, fosse a Babilônia um lugar ostentador, eles jamais trocariam sua comunhão com Deus por lisonjas ou posições. Um fato curioso que mostra o poder envolvente da Babilônia e que alguns judeus já haviam se vendido, é a qualidade dos instrumentos que deveriam tocar para que todos se curvassem, entre eles estavam alguns de ordem semita como: a flauta, a harpa e o saltério (Dn 3.5).

Babilônia, o sistema de Satanás

Na Bíblia “Babilônia” é mais que uma cidade ou império; Ela representa um sistema Satânico. Babilônia se iniciou através da obra de Ninrode, que com um audacioso projeto, desejava conquistar o mundo através do esforço humano, sendo impedido por Deus, que confundiu às línguas e dispersou seu reino pelo mundo afora por causa da sua arrogância (Gn 10.8-10; 11.1-9). Nabucodonosor desejava fazer o mesmo, ele possuía um esquema centrado no homem, que tentava conquistar o coração, a mente, e o corpo das pessoas, e nesse sistema não havia espaço para Deus. O nome “Babel” significa: “portão de Deus”. Ela finge ser o caminho para o céu. No entanto, é o caminho para o inferno.

II. As promessas de uma fornalha em chamas

O rei ficou enfurecido ao saber que seu decreto foi desobedecido. Ele deu outra chance aos jovens. Mas eles preferiram antes enfrentar o fogo a ter que se curvar a seu ídolo. Assim, eles foram lançados na fornalha amarrados com as próprias vestes. Três promessas se destacam nessa história. Vejamos:

Seguir ao Senhor não nos isenta de uma fornalha

Não existe evangelho fácil. Ser um autêntico cristão é conviver com diversas formas de fornalha. Todo aquele que se dedica ao Senhor não está isento da provação. Nós estamos no mundo, mas não somos amigos dele, somos a contramão de um sistema que a cada dia tenta nos absorver e nos desvincular de nossa profissão de fé (Jo 15.18-20; Fp 1.29). Esses três jovens desafiaram o sistema, envergonharam o rei diante de todos, eles preferiram morrer a negar seu Deus. Eles são um exemplo para todos aqueles que creem; que ainda não se deixaram levar pelo sistema; que não negaram a fé. Mesmo sabendo que a fornalha seria aquecida além do normal, eles confiaram no Senhor, acreditaram que pela vida ou pela morte o Senhor não os deixaria.

O Senhor jamais nos abandona durante a provação

Fogo que Deus se faz presente sempre tira de nós o que nos impede de caminhar. Eles foram lançados no fogo amarrados, de repente, foram vistos passeando dentro do fogo. O que nos prova que somente as cordas se queimaram (Dn 3.25). Nabucodonosor avistou uma pessoa a mais com eles a passear, Deus nunca abandona os seus quando passam por provações aterradoras. Ele pode não impedir que entremos na fornalha, mas entrará conosco e nos preservará para sua glória (Is 43.2). Os homens que lançaram eles no fogo morreram queimados instantaneamente, eles, porém, além de não sofrerem nenhuma lesão, nem cheiro de fogo passou sobre eles (Dn 3.22-27). Deus sabe preservar os que lhe são fiéis (Hb 11.30-34).

A fornalha produz um nível de crescimento

Somente quando atingimos o fogo é que nos tornamos cônscios da presença do companheiro Divino andando ao nosso lado, mostrando aos nossos inimigos Sua grandeza. Que privilégio para esses jovens! Eles receberam uma revelação pessoal do Cristo Salvador antes mesmo dEle revelar-se para o mundo. O que uma fornalha não pode nos revelar? O fogo os livrou de suas amarras da mesma forma que sofrer por Cristo, hoje, nos liberta jubilosamente do pecado e do mundo. A experiência deles glorificou a Deus diante dos outros (I Co 6.19-20), e o rei os promoveu e deu-lhes honras. Primeiro, o sofrimento; depois, a glória (I Pe 5.1,10-11).

III. Forjados pelo fogo da provação

Nabucodonosor foi publicamente envergonhado, mas também ficou maravilhado com o que viu na vida desses três jovens. Ele se aproximou da fornalha e não se queimou (Dn 3.26), uma prova real de que a confiança em Deus nos exalta diante dos nossos inimigos. Vejamos três aspectos importantes desse capítulo.

Somos mais que vencedores

“Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37). Como podemos nos tornar tão grandes vencedores? Quando durante os grandes conflitos de nossas vidas adquirirmos uma disciplina que não somente fortaleça a nossa fé, mas que consolide nosso caráter espiritual. A tentação se faz necessária para firmar e confirmar nossa vida espiritual, ela é como o fogo para o metal mais precioso, que além de purifica-lo, o torna flexível. Nossos conflitos espirituais devem ser contados entre as mais preciosas bênçãos, porque neles aprendemos que o grande adversário é usado para nos treinar para a sua própria derrota (Dn 3.28-29).

Deus age no meio do fogo

“Falou Nabucodonosor, dizendo: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abedenego, que enviou o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois violaram a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus” (Dn 3.28). Em todos os lugares difíceis a que Deus nos leva, ele sempre está criando oportunidades para que a nossa fé possa ser exercitada. Esses jovens pareciam iminentemente derrotados enquanto os inimigos observavam para vê-los arder naquelas chamas. Ao fim da provação nem um fio de cabelo foi atingido (Dn 3.22-27). Eles sacrificaram seus corpos, demonstrando aos seus algozes que sua fé era coerente e sua fidelidade inegociável, que lição para aqueles que sacrificam o sagrado!

A última fornalha

O capítulo três de Daniel é uma tipologia profética de Israel nos dias da Grande Tribulação (II Ts 2.1-12; Ap 13.1-18). Nabucodonosor simboliza o anticristo; sua estátua representa a imagem do anticristo que será erigida; e os três hebreus representam os crentes judeus que serão protegidos durante a tribulação. O milagre da fornalha tipifica um retrato dos eventos nos últimos dias. Daniel não estava presente quando essas coisas aconteceram. Em sua ausência o rei confeccionou seu perverso ídolo. Isso ilustra o arrebatamento da Igreja: quando a Igreja estiver fora da terra, então Satanás poderá levar avante seus planos diabólicos a fim de escravizar a mente e o corpo das pessoas.

CONCLUSÃO

A fornalha não trouxe morte, mas libertação das amarras, revelação pessoal de um Deus justo, e honra diante dos inimigos. A tribulação produz sempre paciência, experiência, esperança (Rm 5.3-4). Parece incrível, mas esses jovens estavam mais seguros dentro da fornalha do que fora dela. Deixemos o fogo cortar nossas cordas impeditivas!

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

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2 Comentários

2 Comments

  1. Pr. Ademilson Braga

    15 de outubro de 2023 at 16:00

    A paz do Senhor;

    Agradecemos pelo comentário. Deus abençoe!

  2. Claudemir

    4 de novembro de 2023 at 12:51

    Paz do Senhor meu irmão
    Muito obrigado por esse ensino
    Que o Senhor Jesus lhe use mais e mais nos ensinamentos.

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