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Noé, um homem justo e incorruptível

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INTRODUÇÃO

Noé manteve-se íntegro, justo e temente a Deus mesmo diante de uma sociedade corrompida e vio­lenta (Gn 6.9-12). Na sociedade pós-moderna, onde a injustiça, imo­ralidade, violência, e o desprezo total pelo ser humano imperam, o testemunho desse patriarca nos en­sina que Deus sempre recompensa aqueles que procuram viver dentro dos padrões éticos e morais de sua Palavra.

CONTEXTO SOCIAL DO TEMPO DE NOÉ 

Degeneração moral. O pe­cado original contaminou toda a raça humana. Paulo, no primeiro capítulo da epístola aos Romanos, enfatiza o estado deplorável do ho­mem sem Deus em todas as épocas (Rm 1.18-32; 3.23). Nos dias de Noé a situação era muito grave (Gn 6.11,12). Os homens viviam aliena­dos de Deus, sem padrões éticos e morais, sem amor, presunçosos, vi­olentos… Sua maldade e degenera­ção eram tais que o Senhor decidiu destruir toda a humanidade (Gn 6.7,13).

Homens voltados para Deus. Desde o princípio da raça humana homens e mulheres têm reconhecido seu estado de pecado e sua incapacidade de libertar-se sem a ajuda divina (Gn 4.26). Eles recorrem ao Todo-Poderoso em bus­ca de misericórdia, com esperança de serem perdoados e restaurados. Há na Bíblia vários exemplos de pessoas que mantiveram uma vida san­ta diante de Deus e da sociedade ímpia na qual viveram: Abraão (Gn 12.1,4); Jó ( Jó 1.1); Eliseu (2 Rs 4.9); Daniel (Dn 1.8); a igreja de Filadél­fia (Ap 3.8,10); e o próprio Noé.

ASPECTOS DO CARÁTER DE NOÉ 

Noé, um homem íntegro. A despeito da tamanha mal­dade que assolava o mundo naqueles dias (Gn 6.12), Noé decidira per­manecer fiel ao seu Criador. Mesmo não sabendo como agradá-Lo, por não ter a quem imitar, o patriarca afastou-se da corrupção, permane­cendo íntegro moral e espiritual­mente (Gn 6.9). Por sua retidão, afir­ma a Bíblia, achou graça diante do Altíssimo (Gn 8.21). Assim como Jó (Jó 1.1), Noé foi diferente de todos os homens de seu tempo.
Nestes dias de tantas mazelas e iniquidades, urge vivermos em santidade para que sejamos irrepreensíveis (Fp 2.15). A experiência de Noé nos ensina que o modelo bíblico para a vida cristã não depen­de de critérios humanos. O crente deve ter uma vida exemplar (1 Tm 4.12; Tt 2.7), baseada na excelên­cia do caráter de nosso Senhor Je­sus Cristo (Jo 13.15).

Noé, um servo que anda­va com Deus. Noé confiava integralmente em Deus e vivia em plena comunhão com Ele. Por andar com o Senhor, fora agraciado com a revelação do plano divino (Gn 6.14­-17). Deus fez com que Noé e sua família entrassem na arca, salvan­do-os do grande dilúvio (Gn 7.23). Ao baixar as águas, o Senhor confiou ao patriarca toda a obra de suas mãos (Gn 9.3), e estabeleceu com ele uma nova aliança (Gn 9.9). Os pactos estabelecidos entre Deus e o homem são resultados da aproximação e do compromisso do homem com Deus.

Noé, um servo obediente. A Bíblia afirma a obediência de Noé a Deus em diversas partes do livro de Gênesis (6.22;7.5-7,9,13,16). Uma das características mais marcantes do líder é sua capacidade de ser liderado. Quem não sabe obe­decer nunca será exemplo para os que estão sob sua liderança.
Os filhos de Noé o respeitavam porque tinham nele o modelo da obediência. Apesar de não ter um padrão escrito a observar, Noé creu piamente no Senhor, tornando-se um herói da fé (Hb 11.7). Jesus deixou claro que andar com Ele implica obe­decê-Lo incondicionalmente. Somen­te os que lhe obedecem são realmen­te seus amigos (Jo 15.14). A estes é dado o privilégio de conhecer os desígnios de Deus (Jo 15.15).

Noé, um homem depen­dente de Deus. Até que ouvisse a Voz do Eterno, Noé não ousou sair da arca (Gn 8.13-19). Isto demons­tra total dependência de Deus. O Senhor fechara a porta da arca por fora, portanto, só Ele deveria abri­Ia (Gn 7.16). A sujeição a Deus deve fazer parte do caráter de todo o homem que deseja agradá-Lo (Fp 2.5-8; Mt 26.39,42).

Noé, um servo grato. Ao sair da arca, Noé edificou um altar ao Senhor e ofereceu-lhe um sacrifício pelo livramento que recebera (Gn 8.20). Os homens de Deus, em todas as épocas, são convocados a louvá-Lo e agradecer-Lhe por tudo, sempre (Ef 5.20; 1 Ts 5.18).

FAZENDO A DIFERENÇA EM NOSSOS DIAS 

Um homem diferente. Como nos dias de Noé, Deus conti­nua buscando homens que façam a diferença: na família, no trabalho, na sociedade, em todo lugar. Servos íntegros e obedientes (CI 3.5-10), que tragam nova vida e esperança para os que o cercam.

Os nossos dias. Não po­demos esperar neste mundo de pe­cados, tempos fáceis para nos firmarmos como autênticos cristãos. Jesus advertiu a seus discípulos di­zendo que neste mundo teriam afli­ções (Jo 16.33). Também afirmou que eles não pertenciam mais a este mundo (Jo 17.14), uma vez que sua natureza e cidadania contrariavam este século. É por isso que somos conclamados pelo Senhor a estam­par aqui nossa diferença a fim de que o nome de Jesus seja glorifica­do (Mt 5.16).

Numa sociedade desonesta, vi­olenta e corrompida, que repele e despreza qualquer tipo de autorida­de, o cristão deve demonstrar que é diferente, ética e moralmente. Assim como Noé foi justo e temente a Deus, diante de uma população corrupta, é possível ao crente, nesta dispensação do Espírito, viver para Deus e servi-Lo com integridade, refletindo, o caráter de Cristo (2 Co 5.17; Tt 2.12; Fp 2.15; 2 Tm 3.9,10, 13,14).

CONCLUSÃO 

Por meio da vida de Noé, apren­demos que mesmo diante de uma geração decaída, temos de nos tor­nar modelos de comportamentos éticos e morais. Nossa maior respon­sabilidade é mostrar à humanidade a integridade e beleza do caráter de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso é ser cristão!

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

 

 

 

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