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Pedro, um discípulo sincero e dinâmico

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Introdução

Pedro é, sem dúvida alguma, um dos principais personagens do Novo Testamento. Os Evangelhos e o livro de Atos biografam-no com admirável riqueza de detalhes. Neles, o apóstolo é apresentado como um homem impulsivo, porém, sincero e dinâmico.

Pedro. Pescador de homens (Lc 5.8-10)

Simão, o pescador. Simão Pedro e seu irmão André eram pescadores e companheiros de outros dois irmãos, também pescadores: João e Tiago, filhos de Zebedeu (v.l0). Pedro era de Betsaida, uma aldeia que ficava ao norte do mar da Galiléia (Jo 1.44). Porém, estabelecera sua residência em Cafarnaum, noroeste do lago. Com ele residia sua esposa, sogra e André (Mc 1.21,29).

Pedro. pescador de ho­mens. Após o encontro com Jesus, Simão retornou imediatamente à pesca (Lc 4.38,39; 5.1-3 cf. Mt 4.18-­22; Mc 1.16-20; Jo 1.42). Certo dia, Simão e seus companheiros passaram uma noite inteira pescando e nada apanharam. Aquela longa e mal sucedida vigília fez com que retornassem à praia mais cedo (Lc 5.5). Ao chegarem, depararam-se com Jesus que ensinava à multidão. O Mestre, vendo dois barcos à beira do lago, entrou no que pertencia a Simão, e pediu-lhe que o afastasse um pouco da praia. Sentou-se, e de lá continuou seus ensinamentos (Lc 5.3). Acabando de falar, ordenou a Simão que lançasse a rede em águas mais profundas. O pescador da Galiléia relutou em obedecer o Filho de Deus, mas, logo depois, decidiu confiar em suas Palavras (Lc 5.5). A Bíblia afirma que, naquele dia especial, “pescaram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se­ Ihes a rede” (v.6). Simão ficou tão espantado com o milagre que ime­diatamente prostrou-se aos pés de Cristo confessando-lhe os pecados (Lc 5.8,9). Então, o Mestre Divino asseverou-lhe: “Não temas; de ago­ra em diante, serás pescador de homens” (v.1O).

Jesus muda o nome de Simão. Simão é uma abreviatura de Simeão, um dos doze filhos de Jacó (Gn 29.33). Esse patriarca não ficou conhecido exatamente pelo signifi­cado de seu nome, “formoso”, mas pelo seu comportamento impulsivo (Gn 49.5-7). Foi em Betânia (Jo 1.42) que Jesus mudou o nome de Simão para Pedro (grego) ou Cefas (aramai­co). A partir daí, houve uma profun­da renovação de seu caráter e tem­peramento, como aconteceu com Jacó (Gn 32.28). Simão, que antes era impulsivo e volúvel, tornara-se Pedro, ponderado, constante e fir­me como pedra (Mt 16.18; Mc 3.16; Lc 6.14; Jo 1.42).

O caráter de Pedro

Jesus conhecia seus discípulos (Jo 2.25). O Mestre conhecia perfeitamente a personalidade, o temperamento e o caráter de cada um dos discípulos.

Jesus sabia exatamente o que estava fazendo quando escolheu a Pedro, cujo caráter precisava de aperfeiçoamento. Ao chamá-lo à sua sea­ra, o Mestre enxergara além de suas fraquezas, pois conhecia suas poten­cialidades (Mt 16.15-19). Pedro de­monstrou seu potencial convincen­temente no Dia de Pentecostes, quando cheio do Espírito Santo (At 1.13,15; 2.4), pregou a Palavra, e quase três mil almas aceitaram a Cris­to como Salvador (At 2.14-41).

Pedro nega a Jesus (Mt 26.69-75). Pedro fora à casa de Caifás a fim de acompanhar o desdobramento da prisão de Jesus (Mt 26.58). Sentado ao pátio, foi pronta­mente reconhecido por uma criada. Pedro, porém, negou a Jesus. Isso se repetiria por mais duas vezes (vv.71-­74). Arrependido, o apóstolo chorou amargamente (v.75; cf. Lc 22.61).

Procurado por Jesus ressurreto. Jesus amava tanto a Pedro que lhe deu o privilégio de vê-lo ressurreto (Lc 24.34; I Co 15.5). Noutra ocasião, deixou-lhe uma mensagem para que se reunisse aos outros discípulos na Galiléia (Mc 16.5-7; Mt 28.10; Lc 24.12). Na ter­ceira aparição, o Mestre perguntou a Pedro por três vezes: “Simão, fi­lho de Jonas, amas-me?” (Jo 21.15-17). Na última reunião com os dis­cípulos, Jesus não se referiu mais a Pedro. Apenas orientou-os a não se ausentarem de Jerusalém e espera­rem a promessa do Pai (At 1 .4-9).

Pedro no Pentecostes (At 2.14-36). O primeiro sermão de Pedro fora feito cinquenta dias após a ressurreição de Cristo, ocasião em que também foi batizado no Espíri­to Santo (At 1.8), no dia de Pente­costes. Pedro, que outrora negara o Senhor Jesus diante de simples serviçais, agora, confessa-o na presen­ça de grandes autoridades.

Pedro após o Pentecostes. Dois elementos marcaram o ministério de Pedro: graça para resis­tir à perseguição e o zelo pela inte­gridade da Igreja.

  1. a) Resistindo a perseguição. Cer­ta vez, após curarem um coxo em nome do Senhor (At 3.1-9), Pedro e João foram presos e conduzidos ao Sinédrio para serem interrogados (At 3). Pedro não era mais aquele discí­pulo de caráter inconstante e inse­guro. Agora, regozijava-se por ser considerado digno de sofrer pelo nome do Senhor (At 5.42).
  2. b) Zelando pela integridade. A igreja recém-formada seguia triun­fante, entusiasmada e disposta ao sacrifício. Todavia, nem tudo era perfeito. Ananias e Safira, por exemplo, venderam voluntariamente sua propriedade a fim de que o dinhei­ro fosse doado aos apóstolos para a realização de obras sociais. Só que, em vez de entregarem o valor combinado, guardaram para si uma parte do dinheiro. Eles mentiram acerca do valor do imóvel. Pedro, pelo Espírito Santo, logo percebeu o que havia acontecido. Era um caso explícito de desonestidade! O após­tolo repreendeu-os severamente, e sobreveio-Ihes imediata condenação divina (At 5.1-10).

 

Postado por: Ev. Ademilson Braga

 

 

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