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E.B.D

Protegendo o seu dinheiro

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 203 – 4º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 08 – 24 de novembro de 2024

TEXTO PRINCIPAL

“Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato o devora.” (Pv 21.20)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Pv 11.24
A virtude da generosidade enriquece
Terça-feira – Pv 13.11
A virtude da generosidade não deixa dissimular
Quarta-feira – Pv 17.18
A virtude da prudência não deixa ser fiador
Quinta-feira – Pv 21.20
A virtude da prudência nos faz pensar no futuro
Sexta-feira – At 20.35
Melhor é dar do que receber
Sábado – Pv 3.9.10
Honrando ao Senhor

TEXTO BÍBLICO

Provérbios 11

24 Alguns há que espalham, e ainda se lhes acrescenta mais, e outros, que retém mais do que é justo, mas é para a sua perda
25 A alma generosa engordará, e o que regar também será regado.

Provérbios 13

7 Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza
11 A fazenda que procede da vaidade diminuirá, mas quem a ajunta pelo trabalho terá aumento

Provérbios 17

18 O homem falto de entendimento dá a mão, ficando por fiador do seu companheiro.
23 O ímpio tira o presente do seio para perverter as veredas da justiça

Provérbios 21

20 Tesouro desejável e azeite na casa do sábio, mas o homem insensato o devora.

Provérbios 22
7 O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta

INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos estudar a respeito de conselhos ligados às finanças. Você verá que essa é uma área também espiritual na qual o Senhor deseja que sejamos abençoados e tenhamos sabedoria para administrar tudo aquilo que recebemos de suas mãos.

I. A SABEDORIA COM O DINHEIRO

1- Uma ponderação importante. Antes de nos concentrarmos no texto e no assunto da presente lição, cabe uma nota importante. Na lição anterior, concluímos a primeira seção do Livro de Provérbios (1.19.18). Nesta lição, encontramos a segunda seção do livro (10.1-22.16). Nela, considerada pelos estudiosos a principal, não encontraremos uma ordenação lógica do discurso, mas um estilo de aforismos, isto é, versos curtos constituídos de palavras semelhantes que encerram um sentido em si mesma, sem necessidade de complementos nas próximas, ou nas anteriores, linhas do texto, como por exemplo: “Quem anda em sinceridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será conhecido (Pv. 10.9). Então, na presente lição abordaremos o tema a respeito do dinheiro que, diferentemente dos capítulos anteriores, não apresenta a mesma ordenação lógica de ideias. O tema se encontra pulverizado por meio de sentenças curtas ao longo da seção 10.1-22.16.
2- A generosidade por meio do dinheiro. Provérbios 11.24.25 trata sobre a generosidade. A expressão “espalham”, do versículo 24, tem o sentido de “doar generosamente”. Dessa forma, o texto diz que quem doa recebe mais e quem não doa terá perdas (Pv 11.24). Por isso que a alma generosa “engordará (Pv 11.25). Nesse aspecto, a virtude da generosidade nos auxilia a não cair na cilada que o capítulo 13 de Provérbios descreve, ou seja, na dissimulação com a riqueza (Pv 13.7), em aparentar ter um padrão de vida que não tem. Que a nossa generosidade comecem em Deus: “Honra ao Senhor com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares” (Pv 3.9.10). Então, também seremos generosos com o próximo.
3- A prudência com o dinheiro. Se por um lado Provérbios ensina a generosidade, por outro ele aconselha vigorosamente a prudência com o dinheiro. Em primeiro lugar, evitando assumir uma dívida que não é nossa, impedindo a prática de ser fiador de outra pessoa (Pv 17.18). Em segundo, jamais perverter o caminho da retidão por causa de suborno (Pv 17.23). A palavra que aparece como “presente”, no versículo 23, tem o sentido de “suborno” no hebraico. Em terceiro, o cuidado de poupar o dinheiro pensando no futuro. pois uma característica do sábio é ter o “tesouro e o azeite de maneira permanente e de acordo com a porção diária, já o insensato devora tudo agora e não pensa no futuro (Pv 21.20). E, finalmente, o cuidado para não ficar nas mãos de quem empresta (Pv 22.7). Portanto, o ensino de Provérbios nos aconselha a não ser fiadores, a não ser agentes de suborno, a poupar o dinheiro que recebemos e a ser cuidadosos com o empréstimo.

II. AGENEROSIDADECOMO PROTEÇÃO PARA O DTNHETRO

1- Generosidade como virtude. Ao longo das Escrituras aprendemos que o pecado da “avareza“, isto e, o apego ao dinheiro, e um vício e uma forma de vida que não agrada a Deus. A virtude da generosidade e o oposto do vício da avareza e, por isso, tanto em Provérbios quanto no Novo Testamento, ela e estimulada e ensinada: ‘Mais bem-aventurada coisa e dar do que receber” (At 2o.35). Ora, a virtude da generosidade nos permite sair de dentro dos nossos interesses e olhar para a necessidade do outro que está diante de nos. Logo, quando somos generosos nos parecemos com Jesus que, ao se esvaziar de si mesmo (Fp 21), foi generoso para conosco, em meio a nossa carência de salvação (Ef 2.1,2)
2- Generosidade com a obra de Deus. O livro de Provérbios nos ensina a ser generosos com as coisas de Deus (Pv 3.9,10). Podemos colocar em prática a virtude da generosidade com as diversas atividades que a igreja local tem sob sua responsabilidade. Primeiramente, sendo disciplinados e generosos em entregar os dízimos e as ofertas para o sustento da obra do Senhor: ter generosidade com os projetos de Missões que dispomos em múltiplas frentes em que há missionários que vivem integralmente do ministério: generosidade com diversas frentes de trabalhos de caráter social.. As cartas do apóstolo Paulo nos ensinam muito a respeito da verdadeira generosidade com a obra de Deus (I Co 8.1-5; Fp 4.18). Fazendo assim, honraremos a Deus com a nossa renda (Pv 3.9).
3- Generosidade com o próximo. A Palavra de Deus também fala a respeito da nossa generosidade individual para com o próximo necessitado (Lc 6.37,39; At 10.4). Quando temos a disposição de doar para quem precisa, ao mesmo tempo, protegemos o nosso coração da cobiça, da avareza e do egoísmo, Num contexto em que se fala muito na obrigação de instituições em suprir a necessidade do outro, (é importante que instituições tenham essa disposição), não podemos nos esquecer de que há um imperativo bíblico para que olhemos e atendamos diretamente quem precisa, aquela pessoa de “carne e osso” (Tg 1.27; 2.14-17). Esse necessitado pode estar em nossa família, em nossa vizinhança, escola, trabalho, nas ruas. Portanto, a nossa relação com o dinheiro deve se dar sob a virtude da generosidade.

III. A PRUDÊNCIA COMO PROTEÇÃO PARA O DINHEIRO

1- A prudência como virtude. Se por um lado devemos lidar com o dinheiro sob a égide da generosidade: por outro, devemos lidar com ele sob a égide da prudência. Com prudência os antigos entendiam o “agir de acordo com a reta razão”, ou seja, diante de uma situação devemos agir de maneira que tenhamos a capacidade de, entre ações virtuosas e viciosas, escolher sempre as que exalam a retidão dos valores da Palavra de Deus. Por isso, o Livro de Provérbios (Pv 21.20; 22.7), bem como a Bíblia, nos estimula a não tomar decisões de maneira irrefletida. Podemos observar a virtude da prudência de maneira muito clara na forma de Jesus agir (Lc 10.1: Jo 8.6-9). Assim, não vale se deixar levar pela emoção quando o assunto é dinheiro.
2- Não faça negócios ilegais nem perigosos. Em Provérbios 17 vimos que a Palavra de Deus nos instrui a não ser fiador nem a subornar ninguém. O Novo Testamento apresenta um caso de mentira com o dinheiro cujo desfecho foi a morte de um casal (At 5.1-11). Além disso, não é prudente ser fiador de alguém, principalmente se não temos recursos para colocar no lugar se o favorecido não puder pagar. Não é prudente subverter ou subornar alguém por meio de recursos financeiros para obter vantagens. Quem entra por esse caminho das vantagens ilícitas e desmedidas poderá se ver com a Justiça.
3- Não pense apenas no agora. Com o dinheiro não é prudente gastar tudo de uma vez. É preciso pensar no depois. Aqui é o senso de responsabilidade que deve ser considerado. Você é jovem, tem planos pela frente, e todo plano tem que ter os recursos financeiros calculados e pensados. Então, tenha como meta tirar pelo menos dez por cento de tudo o que vier à sua mão, seja por trabalho formal ou não, de modo que você guarde para construir uma renda de emergência e comprar algo a médio e longo prazo. Outrossim, muito cuidado com empréstimo de qualquer natureza. Não que seja proibido usá-lo, pois se bem planejado e pensado, pode ser um grande auxílio. Contudo, empréstimo não é renda: aquele dinheiro não é nosso. Certa feita, nosso Senhor deu o seguinte exemplo: “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” (Lc 14.28). Portanto, tenha prudência no trato com o dinheiro, poupando para criar um fundo de emergência, poupando também para comprar a médio e longo prazo, e, finalmente, fuja de empréstimos. Jamais gaste mais do que você ganha ou ganhara.

CONCLUSÃO

Ao longo desta lição, vimos que a sabedoria bíblica com relação ao dinheiro tem duas perspectivas: a da generosidade e a da prudência. Nossa relação com o dinheiro não pode ser egoísta nem indisciplinada. Precisamos doar aos que precisam a fim de suprir a necessidade e não sermos dominados pelo dinheiro; mas também precisamos ser prudentes no uso do dinheiro, poupando e não se colocando em confusão por empréstimos.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

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