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Adultos - CPAD

Paulo, a vocação para ser apóstolo

Publicado

em

EDIÇÃO: 486 – 4º Trimestre – Ano: 2021 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 04 – 24 de outubro de 2021

TEXTO ÁUREO

“Paulo, chamado pela vontade de Deus para ser Apóstolo de Jesus Cristo.” (I Co 1.1)

VERDADE PRÁTICA

Deus chama pessoas para realizar grandes feitos no reino divino

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Gl 1.15
Um chamado pela persistência de Deus

Terça-feira – At 9.15-16
Paulo O Vaso Escolhido de Deus.

Quarta-feira – At 9.17; I Co 14.18
Paulo na dimensão do Espírito

Quinta-feira – At 22.14
Deus ou escolhe de antemão para fazer a sua vontade.

Sexta-feira – Ef 1.1
Paulo, separado para ser Apóstolo.

Sábado – Gl 1.17-18
A escola do deserto na Arábia

LEITURA BÍBLICA

Atos 9

15- Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.
16- E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
17- E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.
18- E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.
19- E, tendo comido, ficou confortado. E esteve Saulo alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco.
20- E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho de Deus.
21- E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?
22- Saulo, porém, se esforçava muito mais, e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que aquele era o Cristo.G

Gálatas 1

11- Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.
12- Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
13- Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.
14- E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
15- Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça,
16- Revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue,
17- Nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco.
18- Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro, e fiquei com ele quinze dias.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito da vocação de Paulo para santo apostolado. Veremos o ponto de partida de sua vocação e sua escola de formação no deserto da Arábia. Assim, teremos uma visão geral de como Deus usa o tempo e a circunstância para formar o ministério o último para o reino de Deus.

I – O PONTO DE PARTIDA PARA A VOCAÇÃO DE PAULO

1. Chamada e presciência divina. A vocação de Paulo foi estabelecida segunda presciência de Deus. Ele mesmo confirma esse fato aos Gálatas, quando escreve: “mas, quando aprove a Deus, que desde o ventre de minha mãe e separou e me chamou para sua graça” (Gl 1.15) o apóstolo experimentou uma completa transformação por meio do encontro com Cristo, e foi vocacionado por Ele para uma grande obra. O livro de Atos atesta para uma chamada presciente quando nosso Senhor diz Ananias: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei Quanto deve padecer pelo meu nome” (At 9.15-16). Assim, Paulo foi batizado no Espírito Santo, batizado nas águas e teve sua visão recuperada (At 9.18).

2. Um ministério na plenitude do Espírito.  Depois de passar pela experiência do Novo Nascimento, Paulo recebeu a plenitude do Espírito, isto é, ele foi batizado no Espírito Santo (At 9.17). Nesse sentido, no livro de Atos revela que o ministério do apóstolo dos gentios recebeu uma unção especial do Espírito Santo. Foi o ministério marcado por pregação poderosa, curas, sinais, prodígios e maravilhas. Com o Ministério do apóstolo, aprendemos que não podemos fazer a obra de Deus sem a atuação do Espírito Santo. Ele é que confirma a palavra e a obra.

3. Deus mudou o nome de Saulo para Paulo?  Na Bíblia, vemos ocasiões em que Deus mudou o nome de pessoas (Abrão para Abraão [Gn 17.5]; Jacó para Israel [Gn 35.10]), como Jesus alterou o nome de Simão para Pedro (Mc 3.16; Jo 1.42). Entretanto, isso não se deu com o nome do apóstolo Paulo. Não há qualquer menção disso na Bíblia. O que explica a mudança de ênfase do nome de Saulo para Paulo é origem do apóstolo. O nome “Saulo” (aportuguesado de ‘Saul’) origem judaica; já : “Paulo” (aportuguesado  de Paulus, em latim), sua cidadania Romana. Como o ministério do apóstolo buscava alcançar o sentias, o nome Paulo foi naturalmente usado no trabalho missionário e, consequentemente nas escrituras canônicas.

II – UMA VOCAÇÃO EFETIVADA PELO CRISTO RESSURRETO

1. Saulo viu o esplendor glorioso do Cristo ressurreto (At 9.3-6). Não foi uma miragem, nem uma ilusão de ótica, mas Saulo viu realmente o Cristo ressurreto, a quem ele perseguia (At 9.17). Essa visão gloriosa ofuscou seu orgulho ante às autoridades judaicas e foi definitiva para a vida daquele que, mais tarde, seria um embaixador de Cristo entre os gentios.

2. Uma vocação inevitável para o apostolado entre os gentios. Deus escolheu Saulo de antemão para fazer conhecer a sua vontade (At 22.14). Qual era a vontade dEle para Saulo? Torná-lo um embaixador de Cristo, um pregador do evangelho (At 9.20). Não por acaso, as várias cartas do apóstolo às igrejas plantadas por ele eram assim identificadas: “Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus” (Ef 1.1). O após tolo não foi ordenado em Jerusalém, nem por uma comissão de apóstolos formada por Pedro, João e Tiago, ou por outros apóstolos de Cristo. O que – prevaleceu foi a declaração de Jesus para Ananias, discípulo fiel de Cristo em Damasco: “Va, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome diante dos gentios e reis, bem como diante dos filhos de Israel” (At 9.15). Ananias, com autoridade -delegada pelo próprio Senhor Jesus numa visão, foi ao encontro de Saulo, na rua chamada Direita, e lá chegando, “impôs as mãos sobre Saulo” (At 9.17).

3. A vocação mudou o rumo da vida de Saulo. De perseguidor dos seguidores de Jesus, de personalidade tenaz e obstinada (At 9.1.1-6), Deus chamou Saulo e o transformou no apóstolo que seria o maior responsável pela expansão da Igreja no mundo gentílico. A operação da graça salvadora na vida de Saulo promoveu uma mudança radical em sua vida. Foi Jesus que o confrontou, o surpreendeu e o chamou pelo nome. Cristo ainda chama o ser humano para frutificar no Reino de Deus. É necessário um encontro real com Cristo. Quando isso acontece, Ele capacita o ser humano para o seu propósito. Assim aconteceu com Saulo.

III – VOCAÇÃO DE PAULO E O APRENDIZADO NO DESERTO

1. A ida para o deserto. O ministério de Paulo precisava de uma preparação austera, silenciosa, de comunhão com Deus e de reflexão. Em vez de ir a Jerusalém para aprender com os apóstolos, ele afastou-se dos judeus nas sinagogas, onde posteriormente passou a apresentar Cristo. Paulo tomou o caminho da Arábia, a sudeste de Damasco, sob o domínio do rei Aretas (Gl 1.17,18; cf. II Co 11.32). O apóstolo preferiu viver em um lugar, na região desértica da Arábia, onde habitavam alguns grupos nômades e ele era totalmente desconhecido.

2. As lições do deserto. O apóstolo sabia que precisava aprofundar o seu conhecimento acerca de Jesus Cristo, pois seu caminho seria de confrontos com dúvidas, oposição e rejeição. Então, foi para o deserto da Arábia e ficou três anos aproximadamente, entre a sua conversão e o seu retorno a Jerusalém (Gl 1.17.18). Esse período serviu para Paulo reavaliar a si mesmo diante de Deus, suas crenças e convicções judaicas, confrontando-as com a revelação da graça de Deus em Cristo Jesus. Assim, Paulo se preparou para explicar sua vocação aos líderes da igreja em Jerusalém.

3. Mais lições do deserto. Saulo passou a usar seu nome romano Paulo, com o qual se tornou conhecido em seu ministério. Ao tomar o rumo do deserto para refletir e aprender, o agora Paulo foi despido de toda a filosofia e religiosidade legalista do judaísmo. No deserto, ele aprendeu que a simplicidade era a chave que abria a porta do cristianismo, que era preciso dominar suas paixões, substituindo-as pela alegria da salvação em Cristo. Ele também aprendeu que a imensidão do deserto esmaga o poder e a fraqueza do homem; agora ele só pode depender de Deus. Por isso, Paulo descobre também, na experiência do silêncio e da solidão no deserto, que as coisas de Deus são do modo como Ele quer e não como nós queremos. No deserto, Deus ensinou Paulo a ser o líder que Ele precisava para expandir o seu reino.

CONCLUSÃO

A grande verdade que aprendemos nesta lição é que Deus não mudou seu método para vocacionar e chamar a quem Ele quer. Para isso, Ele usa experiências muitas vezes dolorosas no deserto da vida. É preciso aguçar a nossa sensibilidade espiritual para identificarmos o chamado de Deus para identificarmos o chamado de Deus para a nossa vida.

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista  CPAD

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