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Adultos - Betel

Os Dez Mandamentos – A lei moral, ética e espiritual de Deus para a humanidade

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 246 – 4º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 01 – 06 de outubro de 2024

TEXTO ÁUREO

“Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, e guardarás a sua observância, e os seus estatutos, e os seus juízos, e os seus mandamentos, todos os dias.” Deuteronômio 11.1

VERDADE APLICADA

Deus deu princípios ao Seu povo para nortear a comunhão com Ele e com o próximo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êxodo 20

1- Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
2- Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3- Não terás outros deuses diante de mim.
4- Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
5- Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem.
6- E faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Gn 15.18
Deus faz um pacto com Abraão
Terça-feira – Êx 34.7
Deus faz um pacto com a nação de Israel.
Quarta-feira – Lv 19.18
O dever de amar o próximo.
Quinta-feira – Dt 6.5
O dever de amar o Senhor de todo o coração.
Sexta-feira – Dt 26.5-9
O dever de honrar ao Senhor.
Sábado – Rm 7.12
A Lei é santa.

INTRODUÇÃO

Vamos iniciar o estudo acerca dos Dez Mandamentos enfatizando a relevância de conhecermos, compreendermos e vivermos segundo a vontade de Deus, com a imprescindível ajuda do Espírito Santo e refletindo tal comprometimento em agradar ao Senhor em todas as áreas do nosso viver: com Deus e com o próximo (Mc 12.30-31).

I – CONHECENDO OS DEZ MANDAMENTOS

Iniciemos este enriquecedor estudo sobre o Decálogo enfatizando, inicialmente, sua relevância como base para a fé e o viver da nação – povo de Deus (Êx 19.4-6) – recém-saída da escravidão e a caminho da Terra Prometida. Devemos conhecer, pois é a Palavra de Deus que revela o caráter de Deus e como o Seu povo deve se relacionar com Ele e com o próximo.

1. Os Dez Mandamentos – a Lei de Deus. Os Dez Mandamentos foram classificados em dois grupos pelas autoridades religiosas de Israel: ético e teológico; horizontal e vertical. Eles tratam da relação do ser humano com Deus e com o próximo. Existem oito mandamentos negativos e dois mandamentos positivos, que são a guarda do sábado e a honra a pai e mãe (Êx 20.8-12; Dt 5.12-16). Os primeiros mandamentos são teológicos e se resumem no que Jesus destacou como o primeiro e grande mandamento (Dt 6.5; Mt 22.37-38; Mc 12.30; Lc 10.27). Os que constituem a segunda tábua são os éticos e tratam de amar o próximo como a si mesmo (Lv 19.18; Mt 22.39; Mc 12.31]. Embora os Dez Mandamentos sejam chamados de tábuas da Lei, a Lei de Deus é tudo o que está escrito nos cinco livros de Moisés (Pentateuco), e não apenas as palavras escritas nas tábuas (Js 24.26; Ne 8.8, 18).
2. O prefácio dos Dez Mandamentos. Ao descer sobre o Sinai com grande poder e glória, Deus revela Sua divindade quando começa a falar sobre a libertação de Seu povo (Êx 20.2). Nesse versículo, conhecido como o prefácio dos Dez Mandamentos, Deus defende Sua autoridade como Legislador, o que lhe confere o direito legal de dizer às pessoas aquilo que devem fazer. Deus se apresenta aqui como Senhor, Ele usa Seu nome especial de aliança: “Jeová”: Ele se apresenta como um Deus particular: “teu Deus”, que se relaciona com Seu povo, e cujo relacionamento pessoal é também uma relação salvadora. Ele é tanto Senhor quanto Salvador. Foi sobre essa base que a Lei foi estabelecida, vinda diretamente da boca de Deus (Êx 20.2b).
3. A importância dos Dez Mandamentos. Moisés não desceu do Sinai com sugestões ou recomendações dadas por Deus, ele desceu com mandamentos. Mas o que significam esses mandamentos para nós? Até que ponto devemos obedecer a essas ordens? Não podemos ignorar nada do que foi escrito. Se está escrito é porque é proveitoso, mesmo que ao nosso ver parecem apenas proibições (II Tm 3.16-17). Os Dez Mandamentos são princípios que expressam o caráter eterno de Deus, e corno Deus não muda, essas palavras serão sempre como Ele. Antes de escrever os mandamentos em tábuas de pedra, Deus revelou a Moisés que se o povo “ouvisse Sua voz”, e guardasse Sua aliança, eles se tornaram Sua propriedade particular, no reino sacerdotal e o povo santo (Êx 19.3-6).

II – COMPREENDENDO OS DEZ MANDAMENTOS

Os Dez Mandamentos soam como grandes proibições para muitos, mas foram estabelecidos por Deus como um meio de produzir uma vida melhor.

1. Diretrizes para o viver corno povo de Deus. A compreensão dos Dez Mandamentos, necessariamente, pelo exposto nos textos de Êxodo 19.4-6 e 20.2. Destacamos as expressões: “vos trouxe a mim”; “minha propriedade peculiar”; “reino sacerdotal e povo santo”; “te tirei da casa da servidão”. O Senhor Deus libertou e revelou Seus propósitos. Liberdade para ser de Deus. Liberdade para viver em santidade. Liberdade para servir a Deus. A questão que se apresenta é: “Como é o viver que pertence a Deus?”; “Como ser um povo separado para Deus ?” ” Como servir a Deus? Comentário Bíblico Broadman (JUERP, Volume I, 1987, p. 481) sobre Êxodo 19: “O conteúdo essencial desta passagem é um convite para um encontro com o Senhor em Sinai, para obedecer à sua voz e para entrar e1n um relacionamento pactual com ele ( cf. v. 4 e 5). Desta forma, este parágrafo resume bem a totalidade dos capítulos 19-24; o encontro com Deus (19), a lei de Deus (20-23) e a confirmação do pacto (24):: Assim, podemos resumir as diretrizes: encontro com Deus, obediência aos Seus mandamentos e relacionamento em aliança.
2. Um “não” positivo para a vida. A forma negativa da expressão “não farás”, ou similares, é a que prevalece no Decálogo. Por quê? Porque a formulação negativa chega a ser mais precisa e pontual do que a positiva. Algo é negado, mas, por oposição, to- do o resto é permitido. Por exemplo, uma prescrição que diz “seja honesto” está bem; mas se for especificado “não roube”, “não matar”, o que está sendo aludido e proibido é estabelecido com exatidão. Então, fora das proibições específicas, há uma série de possibilidades que podem ser abordadas no âmbito da liberdade humana. Apenas o que é observado como uma falha à vida comunitária ou o serviço direto a Deus é visto como condenável.
3. Um marco histórico. O Decálogo soa como uma advertência contra se tornar como os egípcios, um povo que não adora Jeová como Deus de liberdade e do povo que carrega o “DNA” da promessa de Abraão (Gn 15.13-14). O povo de Israel não deve perder a memória histórica, tanto da esperança de ser uma bênção para outros povos, quanto da realidade da libertação da escravidão (Dt 6.2-24; 26.5-9). O Decálogo é um marco fundamental que marca diretrizes para a prática da justiça e da santidade como povo escolhido por Deus entre todos os povos do mundo. Se Israel se esquece de Deus e da lei, e perde de vista seu horizonte de esperança para o mundo e não se lembra de quem lhe deu liberdade, a soberba e o egoísmo se apoderaram dele e então trocará a verdadeira adoração pela adoração a si mesmo.

III – VIVENDO OS DEZ MANDAMENTOS

Tudo o que está escrito é para ser vivido e praticado. Tudo o que temos a fazer como filhos de Deus é conhecer o que devemos praticar. Os mandamentos de Deus estão em 1 conformidade com o Seu caráter. Os mandamentos são parte dEle mesmo e aplicá-los às nossas vidas será 1 de grande enlevo para todos nós.

1. As bênçãos condicionais dos Dez Mandamentos. Através dos Dez Mandamentos, o Senhor orienta Israel a viver como Seu povo conforme a Sua vontade e como se relacionar com Ele. O motivo que levasse a cumprir a Lei haveria de ser o amor e a gratidão a Deus por havê-los redimido e feito filhos seus (Êx 20.2). Três coisas estavam condicionadas à obediência de Israel (Êx 19.5-6):
1) Propriedade peculiar de Deus ou “meu tesouro especial”, (NVI). Tal expressão indica um relacionamento especial com o Todo-Poderoso. Que grande privilégio;
2) Reino sacerdotal- aponta para serviço. Um povo na terra com um relacionamento especial com Deus não se fecha em si mesmo, mas age como representante de Deus no mundo e em favor do mundo. Isso nos lembra a palavra de Deus para Abraão – Gênesis 12.3 “abençoar todas as famílias da terra’;
3) Povo santo -separado por Deus para viver de acordo com a vontade de Deus (Lv 20.26) e não segundo os costumes das nações (Lv 18.3-4).
2. O espelho dos Dez Mandamentos. Christopher Eric Hitchens, jornalista, escritor e crítico literário britânico e americano, considerado um dos mais influentes ateus da história, atacou severamente os Dez Mandamentos, afirmando que Deus exigia o impossível ao proibir os pensamentos desejosos nos mandamentos. Disse que se Deus realmente desejasse que as pessoas estivessem livres de tais pensamentos deveria ter tido mais cuidado e criado uma espécie diferente. Dizer que Deus cometeu erro ao exigir o impossível é mal interpretar o propósito dos Dez Mandamentos. Eles foram dados para nos ajudar a identificar um problema que está no mais profundo de nossa alma: o pecado (Sl 14.2-3; Rm 3.10). Os Dez Mandamentos são como uma radiografia, pois apresentam o problema que está dentro de cada um de nós.
3. Os Dez Mandamentos são eternos. O respeito a Deus sempre requer respeito a Sua lei, e desrespeitar Sua lei é o mesmo que desrespeitar Sua pessoa (Sl 111.10; 119.44, 142; Pv 9.10; 16.6). Na cultura em que vivemos atualmente, é possível estar interessando em Deus e, ao mesmo tempo, não fazer o que Ele diz (Tg 1.22-24). Os Dez Mandamentos representam as leis morais de Deus, as quais nunca se movem ou mudam. Podemos ilustrar refletindo sobre como uma pessoa lida com a lei da gravidade. Se infringimos essa lei, é como se nos lançássemos de um edifício alto. Podemos negar que a lei irá nos afetar, mas certamente sofreremos suas consequências. Os Dez Mandamentos são leis eternas projetadas por Deus para que a sociedade não se destrua. Embora vivamos no tempo da graça, todo cristão está sob a autoridade das leis morais de Deus, que estão resumidas nos Dez Mandamentos.

CONCLUSÃO

É pela lei que vem o conhecimento do pecado. É ela que nos mostra que precisamos da obra de salvação de Jesus Cristo. A lei é boa porque, além de apontar para nós mesmos, mostrando onde falhamos, ao mesmo tempo nos ensina a viver para a glória de Deus (I Tm 1.8).

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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