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Inovações e modismos religiosos

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INTRODUÇÃO

Os modismos e desvios doutri­nários constituem grandes desafios para a igreja destes últimos dias, por contrariarem os princípios doutrinários esposados nas Sagradas Escri­turas. É dever de todo crente since­ro e temente a Deus, preservar a sã doutrina.
Nesta lição, estudaremos algu­mas dessas inovações nas áreas dou­trinárias, ministeriais e litúrgicas.

INOVAÇÕES DOUTRINARIAS

O restauracionismo.

Tra­ta-se de uma inovação teológica que procura adaptar, aos dias atuais, os ensinos, ritos e costumes do antigo concerto entre Deus e Israel. É o velho fermento dos fariseus e judai­zantes (Mt 16.11; I Co 5.6,7; GI 5.9). Eis os seus principais ensinos:

a) A guarda do sábado. Certos “mestres” ensinam que os cristãos devem guardar o sábado. Essa prática é uma forma de retorno ao judaísmo. A guarda do sábado é um “concerto perpétuo” somente para Israel (Êx 31.14-17; Lv 23, 31,32; Ez 20.12,13, 20). Lembremos que Paulo exortou os crentes da Galácia sobre o perigo das práticas judaizantes na igreja (GI 1.6-­9; 3.1-3).

b) O ritual da circuncisão. Em Atos dos Apóstolos, lemos que os cristãos judeus tentaram coagir os cristãos gentios a circuncidarem-se, conforme a lei de Moisés. Segundo diziam, a salvação dependia, exclu­sivamente, desse ato litúrgico (At 15.1). Condicionavam a salvação em Cristo à observação dos rituais mosaicos, considerados nulos pelo Novo Testamento (Hb 8.13; 9.15-17; cf. Mt 9.16,17).
Na Nova Aliança, não há nenhu­ma necessidade de os crentes cir­cuncidarem-se para serem salvos. A salvação é dada aos homens gratui­tamente, por meio da fé na graça redentora de Jesus Cristo. Vejamos o que a Bíblia ensina sobre a circuncisão em Rm 2.28,29; I Co 7.18,19; GI 5.6; 6.15.

c) Festas de Israel. Certas igre­jas são ensinadas a celebrar as festas dos Tabernáculos (Lv 23.34; Dt 16.13), da Colheita (Êx 23.16; 34.22) e da Páscoa. Tais celebrações, Juntamente com outras quatro mencionadas na Bíblia, eram consideradas sagradas e específicas do povo judeu. A igreja não precisa festejar a páscoa judaica, uma vez que Cristo é a nossa páscoa (l Co 5.7). Ela deve, sim, celebrar a Ceia do Senhor, que é uma festa genuinamente cristã, e que comemora o Novo Pacto inaugurado com o sangue de Jesus (l Co 11.20,25; At 2.42).

O evangelho da prosperidade material.

Os adeptos deste ensino acreditam que todo crente deve ser rico e jamais adoecer. Caso contrário, o cristão está em pecado ou não tem fé. Vejamos alguns desses ensinos:

a) Autoridade espiritual. Essa falsa doutrina afirma que o crente tem autoridade espiritual porque é a própria encarnação de Deus, assim como Jesus o foi. Os proponentes desse ensino chegam ao absurdo de dizer que o cristão não tem um “deus” dentro dele, mas ele mesmo é “um Deus”. Todavia, aprendemos com a Bíblia que a autoridade que Deus concede a seus servos deriva-­se de sua Palavra, e não daquilo que os homens ensinam à parte dela.

b) “Pobreza é maldição”. Assim como a riqueza nem sempre é uma bênção (Mc 19.23; Pv 30.9), pobre­za não é maldição (Mt 26.11; Mc 14.7; Dt 15.11; Jo 12.8). Segundo as Escrituras, os que desejam ser ricos caem em tentação, laço e mui­tas concupiscências (l Tm 6.6-10). Todavia, devemos ser ricos de boas obras (l Tm 6.18,19), pois Deus escolheu os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino (Tg 2.5).

c) Confissão positiva. Segundo os teólogos da prosperidade, se um crente disser que no prazo de um    mês conseguirá um carro zero, isso terá de acontecer. Afirmam que para ser curado é só dizer que não aceita a doença. De acordo com essa falsa doutrina, o cristão nunca deve orar pedindo que se faça a vontade de Deus. No entanto, devemos seguir o exemplo de Jesus (Lc 22.42).

A verdadeira prosperidade

Não há problema em ser próspero. Na Bíblia, há várias promessas de prosperidade e saúde. Além disso, precisamos ter muito cuidado para não trocarmos a teologia da prosperidade pela teologia da pobreza. Ambas são nocivas à vida espiritual. Vejamos algumas formas de prosperidade mencionadas na Biblia:

a) A prosperidade espiritual. A prosperidade espiritual deve vir em primeiro lugar (SI 112.3; SI 73.23-28). Entre outras preciosas bênçãos, inclui: a salvação em Cristo; o batismo no Espírito Santo; o nome escrito no Livro da Vida e a herança com Cristo (Rm 8.17; Ef 1.3).

b) Prosperidade em tudo. As bênçãos materiais prometidas a Is­rael no Antigo Testamento estavam condicionadas à obediência a Palavra de Deus (Dt 28.1-14), e não à “confissão positiva”. Da mesma for­ma, o Senhor tem prometido mui­tas bênçãos à Igreja, porém, todas elas dependem de nossa submissão às Sagradas Escrituras (SI 1.1-3; Dt 29.29). Isso não significa, necessariamente, que o cristão enfermo e que passe por necessidades materi­ais seja infiel a Deus, pois a prospe­ridade não se restringe aos valores terrestres e passageiras, mas con­templa principalmente os valores eternos (SI 37.5; Pv 30.7-9).

INOVAÇÕES E MODISMOS MINISTERIAIS 

A síndrome do “carro novo” (II Sm 6.1-3). Ao trazer a Arca do Senhor para Jerusalém, Davi não atentou para um detalhe importante: nada poderia ser modificado ou inovado em relação ao modo de lidar com aquele objeto sagrado. A despeito disso, a Arca foi colocada sobre um carro de bois em vez de ser conduzida nos ombros dos sacerdotes. Por que essa atitude, aparentemente normal, não teve a aprovação de Deus?

a) A Arca fora conduzida por pessoas não autorizadas. Os que transportavam a Arca do Senhor não eram divinamente chamados para esse ofício (Nm 1.47-52; 4.1-49). Eleazar filho de Abinadabe, é que havia sido separado para esse mi­nistério (l Sm 7.1 b).

b) A Arca fora conduzida de for­ma errada. De acordo com a orien­tação divina, a Arca deveria ser transportada pelos levitas (Êx 25.14; Dt 31.25;Js 3.3), e não por meio de carros puxados por bois. Aquele carro de bois não deveria fazer par­te do cortejo sagrado (II Sm 6.6,7).

O ministério moderniza­do. Hoje, em muitos lugares, há aqueles que pregam o evangelho, utilizando-se de “carros de bois”, in­serindo inovações e modismos con­trários aos ensinos da Palavra de Deus. Tais pessoas têm até boas in­tenções. Todavia, o que elas realmen­te desejam é adequar o evangelho à cultura secular. Às vezes, não perce­bem que estão misturando o sagra­do com o profano.
Devemos obedecer aos manda­mentos das Escrituras de modo irrestrito, sem as muletas da inovação e dos modismos.

INOVAÇÕES LITÚRGICAS 

O evangelho do entrete­nimento. O evangelho de Cristo não é entretenimento carnal, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). O “evangelho do entretenimento” exalta o homem e não a Deus. Prega-se o evangelho, mas sem as suas exigências; ensina a graça, mas sem a cruz de Cristo (Sl 93.5).

A liturgia no culto a Deus. Através dos salmos de adoração a Deus aprendemos que a liturgia deve ser reverente e santa. Asseve­ra-nos o salmista: “Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra” (SI 96.9; I Cr 16.29; SI 29.2).

CONCLUSÃO 

É necessário discernir em que direção estamos caminhando. A Bíblia fala de dois caminhos, o da bênção e o da maldição (Dt 11.26), e de duas portas, a estreita e a larga (Mt 7.13). Cuidado com as inovações, pois o que a Igreja de Cristo realmente necessita é de uma constante renovação no poder do Espírito Santo.

 

Postado por: Pb. Ademilson Braga

 

 

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