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Adultos - Betel

A Reforma Protestante – O reavivamento da fé e o retorno às escrituras

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 261 – 1º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 03 – 19 de janeiro de 2025

TEXTO ÁUREO

“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”, Romanos 1.17

VERDADE APLICADA

Como discípulos de Cristo, devemos ansiar por receber mais do Senhor e aprender mais das Escrituras.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Romanos 1

16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego.
17 Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Sl 119.130
Uma só Palavra.
Terça-feira – Jo 14.6
Um só caminho.
Quarta-feira – At 4.12
Um só Salvador.
Quinta-feira – Ef 4.5
Uma só fé.
Sexta-feira – I Tm 2.5
Um só Deus.
Sábado – Hb 12.1
Deixemos o pecado e todo o embaraço.

INTRODUÇÃO

A Reforma Protestante surgiu do fervoroso anseio de testemunhar mais, no viver da Igreja, dos valores e crenças revelados nas Escrituras. Esse mesmo sentimento é observado em diferentes momentos ao longo da história da Igreja, inclusive em nossos dias.

I – OS PRECURSORES DA REFORMA

A Reforma Protestante foi um dos avivamentos espirituais mais relevantes da História. Em 1517, o monge alemão Martinho Lutero elaborou 95 teses, cuja principal denúncia foi a venda de indulgências. Essa prática levava as pessoas a acreditarem na possibilidade de comprar da igreja a salvação de vivos e mortos. Vejamos alguns precursores desse importante evento histórico.

1. John Wycliffe. É considerado o precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos 15 e 16. Wycliffe desferiu pesados julgamentos ao clero ainda no século 14, desaprovando a exploração de propriedades e o pagamento de indulgências. Traduziu grande parte da Bíblia para a língua inglesa.
2. John Huss. Este precursor da Reforma era um gigante na fé. Com sua total confiança nas Escrituras, Huss manifestou sua discordância com os sacerdotes que afirmavam ter o poder de mandar pessoas para o inferno. Mesmo vivendo uma vida piedosa, o fervor do Espírito sobre Huss despertou a atenção dos líderes da Igreja, que o viam como um anátema.
3. Girolamo Savonarola. Considerado um dos pré-reformadores, teve ação especial na Itália. Inflamado pelo desejo de combater tudo aquilo que considerava imoral e não condizente com a fé cristã, Savonarola passou a dedicar-se à defesa das práticas que acreditava serem a única via para a salvação das almas. Ele denunciou os desmandos e as orgias promovidas pelo clero desviado. Depois de ter sido excomungado, foi enforcado e teve o corpo queimado.

II – OS REFORMADORES

Muitas pessoas foram instrumentos nas mãos de Deus durante a Reforma Protestante, dentre as quais se destacam: Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio e João Calvino.

1 . Martinho Lutero. A Reforma Protestante foi, sem dúvida, um mover de Deus para redirecionar a Igreja à sua verdadeira vocação. Certo dia, iluminado pelo Espírito Santo, Lutero leu nas Escrituras: “O justo viverá da fé”, Rm 1.17. Ao perceber que a Igreja Romana havia se afastado do Evangelho, Lutero fixou suas 95 teses nas portas da Catedral de Wittenberg, iniciando assim a chamada Reforma Protestante.
2. Ulrico Zuínglio. Teólogo suíço e principal líder da Reforma Protestante na Suíça, tinha alguns pontos em comum com Lutero: refutava a autoridade do papa, pois somente as Escrituras possuem total autoridade (II Tm 3.16); acreditava que tudo deve ser apreciado segundo a Bíblia (II Pe 1.20,21); defendia a doutrina da justificação somente pela fé (Rm 4.5). Zuínglio entendia que a fé é um dom do Espírito Santo, não tendo afinidade intrínseca com o batismo nas águas. Ele entendia que o falar em línguas é um dom dado aos crentes que serve como um sinal para os não-crentes.
3. João Calvino. Calvino deixou como legado uma das mais significativas produções literárias do século 16. Alguns o criticam injustamente, dizendo que ele não deu a atenção necessária ao Espírito Santo em seus escritos. Entretanto, ao ler a obra de Calvino, vemos que ele deu atenção direta à pessoa do Espírito Santo ao abordar assuntos referentes às demais áreas da Teologia Sistemática, como: Teontologia, Soteriologia, Eclesiologia e Pneumatologia. Não é sem motivo que ele é chamado pelos estudiosos modernos de o “Teólogo do Espírito Santo”; pois foi o primeiro a sistematizar de forma clara o ensino bíblico sobre o Espírito Santo. *

III – AS IMPLICAÇÕES DA REFORMA

A Reforma Protestante aconteceu em uma conjuntura de grandes mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas na Europa, influenciando na formação dos estados modernos. Depois dela, surgiram novas denominações cristãs.

1. O Espírito Santo na vida de Lutero. Para Lutero, o Espírito Santo era uma Pessoa admirável, a ser apreciada e amada, e não um barulho a ser sentido. Lutero, certamente impulsionado pelo Espírito Santo, teve o cuidado de estudar a Bíblia e iniciar um longo e progressivo retorno à visão teológica mais coerente com a autoridade das Escrituras.
2. A salvação se fundamenta na fidelidade de Deus. Lutero estava descontente com as práticas e a posição do clero a respeito da Salvação. Ele via com tristeza a Igreja defender a ideia de que a Salvação não se dava pela fé apenas, mas pelas boas obras. Pregava-se, por exemplo, que a remissão dos pecados e a salvação da alma podiam ser obtidas por meio de remuneração em dinheiro. Esses foram os fatores centrais que levaram Lutero a posicionar-se contra a Igreja Romana.
3. As 95 teses. Talvez Lutero não tenha imaginado que, ao fixar as 95 teses na porta da igreja do castelo alemão de Wittenberg, em 1517, ele passaria a ser um dos personagens principais da história da Igreja. As 95 teses alastraram-se com rapidez pela Europa, por conta do intenso uso da imprensa no século 15. Essa invenção mudou o processo de produção de livros, que saiu da escala artesanal para a industrial. Com isso, as ideias de Lutero se propagaram e conquistaram seguidores em toda a Europa.

CONCLUSÃO

Devemos permanecer vigilantes e em oração para não nos afastar das Escrituras, dá suficiente graça de Deus e da fé. Nossa pregação deve ser cristocêntrica, plenamente consciente de que dependemos do Espírito Santo para cumprir a missão que recebemos de Jesus Cristo.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

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