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Adultos - Betel

A Igreja e a relevância para a adoração verdadeira no culto

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 234 – 3º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 02 – 14 de julho de 2024

TEXTO ÁUREO

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.” I Coríntios 14.26

VERDADE APLICADA

O culto a Deus é a celebração de Seu nome, quando expressamos gratidão e O adoramos pelo que Ele é e por Seus atos poderosos, em conformidade com as Escrituras.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Salmos 122

1- Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.
2- Os nossos pés estão dentro das tuas portas, ó Jerusalém.
3- Jerusalém está edificada como uma cidade bem sólida.
4- Onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como testemunho de Israel, para darem graças ao nome do Senhor.
5- Pois ali estão os tronos do juízo, os tronos da casa de Davi.
6- Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam.
7- Haja paz dentro de teus muros e prosperidade dentro dos teus palácios.
8- Por causa dos meus irmãos e amigos, direi: Haja paz em ti.
9- Por causa da casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – SI 27.1-4
Confiança em Deus e anelo pela Sua presença.
Terça-feira – SI 133
A excelência do amor fraternal.
Quarta-feira – Jo 4.23
Deus procura os verdadeiros adoradores.
Quinta-feira – I Co 14.26-40
A necessidade de ordem no culto.
Sexta-feira – Hb 10.19-39
Exortação a perseverar na fé.
Sábado – I Pe 1.25
A Palavra do Senhor permanece para sempre

INTRODUÇÃO

O culto está relacionado com a honra, o reconhecimento e o valor da suprema dignidade de Deus, por tudo que Ele é e tem feito, sendo Ele digno de nossa adoração, louvor e serviço em conformidade com as Escrituras Sagradas.

I – O CULTO É RELEVANTE PORQUE É BÍBLICO

Ao afirmar que Deus procura verdadeiros adoradores (Jo 4.23), Jesus nos ensinou que a adoração verdadeira é mais uma questão de essência do que formalidades. Assim entendemos que a adoração envolve não apenas o lugar formal onde nos reunimos para cultuar a Deus, mas tudo o que fazemos em nossas vidas.

  1. O culto no Antigo Testamento. O templo era central na vida da nação israelita. Todas as grandes celebrações estavam relacionadas ao templo. É nos salmos que vemos as maiores expressões de prazer e honra nas atividades no templo: “Senhor, eu tenho amado a habitação da tua casa e o lugar onde permanece a tua glória.” (Sl 26.8). Pr. Valdir Alves de Oliveira (Revista Betel Dominical, 1° Trimestre de 2022, p. 74): “É oportuno refletirmos acerca da relevância da presença de um santuário na história de Israel, desde a saída do Egito até o início do cativeiro babilônico”. O salmista expressa isso: “Por que vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade.” (Sl 84.10). Este expressa o anseio e o que significa para o autor adorar a Deus no templo em Jerusalém. Afinal, no Antigo Testamento, ali era o lugar estabelecido onde o Senhor Deus se revelava de maneira singular (II Cr 7.12-16). Desse modo, entendemos a razão da grande alegria expressada pelo salmista: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” (Sl 122.1). E nós, continuamos empolgados e tendo anseio por estarmos reunidos como povo de Deus para oração, louvor e anúncio da Palavra de Deus?
  2. O culto no Novo Testamento. Em Atos 2.46 encontramos a seguinte informação: “E perseverando unânimes todos os dias no templo (…)”. Ao analisar este versículo vemos que a expressão “todos os dias” significa algo contínuo, já “unânimes”, fala de unidade e propósito, e embora eles se reunissem nas casas, todavia, o culto no lar não suprimiu a necessidade do culto no templo. Existem muitas outras referências de que o templo era também central na vida da Igreja Primitiva: eles oravam no templo (At 3.1); ensinavam no templo (At 5.42); realizavam milagres no templo (At 3.6-8). Embora os templos oficialmente surgissem no terceiro século depois de Cristo, parece que a Igreja conseguia ou alugava lugares espaçosos para o culto. Na cidade de Éfeso, Paulo usou a escola de Tirano (At 19.9), um espaço grande para reuniões.
  3. O culto na atualidade.Sabemos que na Nova Aliança, a presença e o culto a Deus não estão restritos a um lugar, como bem disse Jesus à mulher samaritana, pois viria a hora em que nem em Jerusalém, nem no monte Gerizim, adorariam ao Pai, mas os verdadeiros adoradores adorariam ao Pai em espírito e em verdade, independente do lugar (Jo 4.21-23). Mas essa sublime verdade não substitui a necessidade e o imperativo do culto coletivo da Igreja realizado no templo. Em Hebreus 10.25 temos a grande exortação para não deixarmos de nos congregar, porque naquela época era costume de alguns. Infelizmente, hoje podemos dizer que o mesmo tem se tornado o costume de muitos.

II – O CULTO É RELEVANTE PELA COMUNHÃO

A palavra comunhão, do grego koinonia, expressa a intimidade que deve haver na vida cristã, tanto com Cristo (I Co 1.9), bem como com os irmãos (I Jo 1.7).

  1. Comunhão com Deus.Conforme já dissemos, a comunhão com Deus não se restringe ao culto no ambiente do templo, haja vista que Cristo está conosco sempre (Mt 28.20). Devemos, porém, reconhecer que a frequência aos cultos é imprescindível, pois este é o veículo ou o ambiente mais adequado para conduzir o adorador a um encontro real com Deus. A música, a adoração, o ambiente, a reverência e tudo quanto ocorre no culto visa nos conduzir à presença de Deus. No Salmo 27.4 Davi expressa seu desejo de morar todos os dias na casa do Senhor, mas com qual objetivo? Ele responde: a fim de contemplar a formosura do Senhor. Esse contemplar a formosura refere-se não apenas a ver, mas experimentar, vivenciar a presença de Deus em sua vida. Portanto, para ele culto é sinônimo da presença de Deus. A presença de Cristo é central na Igreja (Ap 2.1) e o verdadeiro culto proporciona aos verdadeiros adoradores um ambiente de aprendizagem, experiência e edificação no contínuo processo de crescimento espiritual.
  2. Comunhão com os irmãos. O culto é a comunidade cristã reunida a fim de viver intensamente a realidade de Deus em suas vidas de forma coletiva e ao mesmo tempo partilhar essa sublime realidade uns com os outros. A Bíblia resume a vida da Igreja Primitiva em termos de comunhão com a seguinte expressão: “(…) estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44). Embora a comunhão com Deus possa ser individual e pessoal, o reflexo disso resulta em comunhão coletiva. O verdadeiro cristão tem prazer na companhia dos seus irmãos e o ambiente de culto oportuniza isso.
  3. Resultado da comunhão. Gente precisa de Deus, mas a gente também precisa de gente. Paulo queria encontrar-se com Timóteo, pois seria um conforto e encheria o velho apóstolo de alegria (II Tm 1.4). De acordo com o Salmo 133, a comunhão é agradável a Deus, a comunhão é terapêutica, a comunhão é restauradora, a comunhão é abençoadora. Por isso, um dos primeiros sintomas de declínio espiritual é normalmente o comparecimento irregular nos cultos e demais atividades da Igreja. As igrejas deveriam ser caracterizadas pelo alto grau de comunhão entre seus membros. Viver de forma unida é extremamente agradável a Deus.

III – ELEMENTOS CENTRAIS DO CULTO

Na visão apostólica, existem três elementos centrais e imprescindíveis em um culto: a Palavra de Deus, a oração e a adoração.

  1. A Palavra de Deus é central no culto. A Palavra de Deus é essencial à vida cristã. Jó a considerava mais importante do que a própria comida (Jó 23.12). A Palavra de Deus é o mais importante cardápio no alimento espiritual do crente. Por reiteradas vezes ela é comparada com o alimento que nutre a vida espiritual (Mt 4.4). Pr. Lourival Dias Neto (Revista Betel Dominical, 2º Trimestre de 2010, p. 49) comentou uma lição sobre “A Igreja e a Bíblia”: “3.1. Seu lugar no culto. A Bíblia é o instrumento primordial para o desenvolvimento do culto. (…) Ela ocupava lugar central no ministério dos apóstolos (At 6.2-4). Quando se compreende esta realidade, ela está presente do início ao fim, por meio das orações, dos cânticos, da adoração, ou seja, toda liturgia tem a sua base na Bíblia. O desprezo pela Palavra de Deus tem resultado em cultos sem conteúdo, vidas vazias, levando a uma superficialidade espiritual adoecedora.”
  2. O efeito da oração coletiva.É necessário compreendermos que a oração coletiva é tão importante quanto a oração individual, já que uma reforça a outra. No livro de Atos podemos aprender algumas lições sobre o efeito da oração coletiva e a importância que ela tem para que a obra de Deus possa avançar (At 1.14, 24-25). É crucial que a Igreja (Corpo de Cristo) cultive a oração coletiva em conexão com a vontade de Deus já revelada, como vemos na descida do Espírito Santo (At 2.1-4). É perseverando em oração coletiva que o Espírito Santo se manifesta coletivamente. Se queremos ver e participar das manifestações do Espírito Santo na Igreja devemos orar coletivamente. No cenáculo estavam quase cento e vinte pessoas e todas foram cheias do Espírito Santo. Isso pode repetir-se hoje, desde que a Igreja esteja disposta a perseverar em oração (At 2.42; 12.5). O Senhor Deus atendeu à contínua oração da Igreja e enviou um anjo para libertar Pedro.
  3. O valor da adoração coletiva.A manifestação da presença de Deus em um culto não deve ser o anelo somente daqueles que o dirigem: o dirigente, ministério de louvor, pregador. Não viemos para assistir o culto, viemos para realizá-lo. Não somos meros figurantes, somos adoradores conscientes. Todos quantos estão em um culto são agentes importantes na realização do mesmo. Em I Coríntios 14.26, o apóstolo Paulo recomenda: “(…) Quando vos ajuntais (para cultuar), cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação.

CONCLUSÃO

O momento que a Igreja reserva e programa para oferecer a Deus o culto dentro do seu aspecto bíblico espiritual é imprescindível tanto a nível coletivo quanto individual. Trata-se de um tempo oportuno e importante para o verdadeiro adorador cultivar e manter a real comunhão com Deus, sendo ao mesmo tempo edificado pela Sua Palavra e fortalecido pela oração e comunhão.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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