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Adultos - CPAD

A humilhação de Hamã e a honra de Mardoqueu

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 647 – 3º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 11 – 15 de setembro de 2024

TEXTO ÁUREO

“E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.11)

VERDADE PRÁTICA

Deus abate e exalta a quem Ele quer. Se humilhados, devemos glorificá-lo. Se exaltados, a glória continua sendo toda dEle.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Et 5.10-14; 6.1
Hamã foi dormir com tudo planejado, enquanto o rei Assuero perdeu o sono
Terça-feira – Rm 8.28
Deus estava agindo poderosamente, fazendo tudo cooperar para o bem
Quarta-feira – Pv 16.18-19; cf. Gn 3.1-5; Is 14.13,14
Presumir-se digno de honra reflete a soberba e o orgulho
Quinta-feira – I Pe 2.17; I Ts 5.12,13
Honrar os que são dignos de honra agrada a Deus
Sexta-feira – Et 6.7-9
A “síndrome de imperador” de Hamã revela o egocentrismo mascarado no ser humano
Sábado – Et 6.13
No lugar de receber consolo, Hamã recebe uma palavra aterradora que o deixou amedrontado

LEITURA BÍBLICA

Ester 6

1- Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então, mandou trazer o livro das memórias das crônicas, e se leram diante do rei.
2- E achou-se escrito que Mardoqueu tinha dado notícia de Bigtã e de Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, de que procuraram pôr as mãos sobre o rei Assuero.
3- Então, disse o rei: Que honra e galardão se deu por isso a Mardoqueu? E os jovens do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.
4- Então, disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior do rei, para dizer ao rei que enforcassem a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.
5- E os jovens do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pátio. E disse o rei que entrasse.
6- E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem se agradará o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?
7- Pelo que disse Hamã ao rei: Quanto ao homem de cuja honra o rei se agrada,
8- traga a veste real de que o rei se costuma vestir, monte também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça;
9- e entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes do rei, dos maiores senhores, e vistam dele aquele homem de cuja honra se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!
10- Então, disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma deixes cair de tudo quanto disseste.
11- E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!
12- Depois disso, Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo a sua casa, angustiado e coberta a cabeça.
13- E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido. Então, os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele.
14- Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunucos do rei e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, Ester recebe Assuero e Hamã para um banquete. Em vez de fazer seu pedido, ela pede ao rei que compareça a outro banquete, no dia seguinte, também junto com Hamã. Naquela noite, fatos novos aconteceriam em Susã alterando totalmente o cenário da história. Deus sabe o que estará nos jornais de amanhã.

I – O REI SE LEMBRA DA BOA AÇÃO DE MARDOQUEU

1- Uma noite decisiva. Dois cenários distintos: enquanto Assuero foi para seu aposento, Hamã saiu exultante do banquete oferecido por Ester. Afinal, não apenas o rei, mas também a rainha estaria lhe prestando honras. Mas seu júbilo logo se converteu em fúria. Na saída do palácio viu o judeu Mardoqueu, que nem se moveu diante de sua presença (Et 5.9). Hamã conteve sua ira, mas precisava desabafar. Foi para casa e chamou seus amigos e sua mulher, Zeres, para falar de sua frustração: a riqueza e a elevada posição no reino não o satisfaziam enquanto visse Mardoqueu assentado à porta do rei. Hamã não podia nem mesmo esperar pelo dia da pretendida matança geral dos judeus. O ódio lhe consumia. Aconselhado pela mulher e pelos amigos, decidiu pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu no dia seguinte. Hamã foi dormir com tudo planejado, mas Assuero perdeu o sono (Et 5.10-14; 6.1).
2- Forca ou honra. Enquanto Mardoqueu dormia, duas pessoas planejavam seu futuro. Hamã lhe preparou uma forca. Assuero, um dia de honra. O que iria prevalecer? Queiramos ou não, o que outras pessoas pensam e fazem pode produzir consequências em nossa vida. Por isso, nossos relacionamentos interpessoais devem estar pautados no temor a Deus. Dar a cada um o que é devido é um dos meios de não nos deixar enganar pelo individualismo, um estilo de vida antibíblico segundo o qual o indivíduo é capaz de se realizar sozinho, independente das pessoas que o cercam. A chamada autossuficiência. A ética cristã, contudo, nos ensina quanto são essenciais os relacionamentos humanos, e como Deus trabalha através deles (Ef 6.4-6). O Novo Testamento possui inúmeros versículos com a expressão “uns aos outros” (Jo 13.34; I Ts 5.11; Tg 5.16). Coisas boas e ruins podem nos alcançar, vindas de pessoas que nos cercam. Quando tememos a Deus, Ele intercepta o mal e faz com que a bênção nos alcance (Sl 91.5-10; Dt 28.2). A maldição não atinge a quem Deus abençoa (Nm 23.8; Dt 23.5; Pv 26.2).
3- Cinco anos depois. Já haviam se passado cerca de cinco anos de quando Mardoqueu revelou a conspiração contra Assuero. Tudo ficou (aparentemente) esquecido. Naquela noite, contudo, o Deus que tem poder sobre todas as coisas, incluindo a fisiologia humana, tirou o sono do rei (Sl 127.2). Sem dormir, Assuero ordenou que trouxessem e lessem perante ele o livro de registro dos fatos importantes do reino (Et 6.1). Certamente não eram poucos os relatos. Só Assuero já estava há cerca de treze anos no trono. A providência divina fez com que fosse lido exatamente o trecho que falava do feito de Mardoqueu, que pôs fim à conspiração contra o rei. Assim, a Palavra de Deus declara: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28).

II – HAMÃ É CHAMADO PARA HONRAR MARDOQUEU

1- Um ato de justiça. Quando ouviu a leitura da crônica, Assuero perguntou aos seus servos que honra e recompensa Mardoqueu havia recebido. “Coisa nenhuma se lhe fez”, responderam (Et 6.3). A maneira direta como se referiu ao nome de Mardoqueu demonstra que Assuero o conhecia bem. Logo se interessou em recompensá-lo, mas ainda não sabia como. Perguntou, então, quem estava no pátio exterior do palácio. Era Hamã, que buscava uma oportunidade para pedir ao rei que enforcasse Mardoqueu, na forca que tinha preparado perto de sua casa. O inimigo seria o definidor da bênção (Gn 50.20).
2- Presunção e autoconfiança. Hamã entrou em êxtase. A proposta do rei, que pensava ser para ele (Et 3.6), o levou a esquecer Mardoqueu e a forca que havia preparado. Hamã precisava de afagos em seu ego para sobreviver. Um quadro realmente doentio. Presumir-se digno de honra é uma das manifestações de soberba e orgulho. Esse terrível sentimento, nutrido originalmente por Lúcifer (Is 14.13,14), foi instilado na mente de Eva e é lançado constantemente nos corações humanos (Gn 3.1-5; Pv 16.18-19). Devemos sempre preferir a humildade de Cristo, que nos livra de ambições egoístas e nos faz considerar os outros superiores a nós mesmos (Fp 2.3-8). Devemos ser alimentados diariamente pela alegria do Senhor e não condicionar nossas emoções ao sabor do momento (Jo 15.11; Fp 4.4-7; I Pe 5.7).
3- O devido lugar da honra. “Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada?” Era a pergunta do rei (Et 6.6). Hamã sugeriu que este homem fosse vestido com a veste real, montasse o cavalo do rei, recebesse a coroa real e fosse conduzido por um dos príncipes do rei, “dos maiores senhores”, com uma proclamação pública: “Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!” (Et 6.6.7-9). O rei acatou imediatamente a sugestão. Hamã só não imaginava que o honrado seria Mardoqueu e que ele seria o puxador do cavalo (Et 6.10,11). Isso o deixou ainda mais enfurecido e muito envergonhado (Et 6.12). Devemos nos alegrar quando alguém é honrado. Incomodar-se com isso pode ser expressão de orgulho. Honrar os que são dignos de honra, agrada a Deus e não deve ser confundido com bajulação (I Pe 2.17; I Ts 5.12,13). Contudo, é preciso considerar sempre que honra não se exige, se recebe com humildade. Mesmo com toda a honra recebida, Mardoqueu “voltou para a porta do rei” (Et 6.12). Uma honra efêmera pode nos levar a esquecer nosso lugar e nos deixar ao vento. É preciso manter os pés no chão.

III – A SÍNDROME DE IMPERADOR

1- A soberba de Hamã. Quando fez sua sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo de rei e coroa de rei (Et 6.8). Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”. São egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Pv 23.13,14; 29.15,17,23; 30.17). Deus quer nos dar famílias saudáveis (Sl 127.1-5; Sl 128.1-6). Nosso papel é exercer um amor responsável, dedicar tempo de qualidade e viver em constante vigilância e oração (Hb 12.7-9; Jó 1.5; Sl 144.12).
2- Um mau prenúncio. Hamã chegou em casa arrasado e contou para a mulher e os amigos o que lhe havia acontecido. Que frustração! E se esperava uma palavra de consolo, não foi o que recebeu. Ouviu uma sentença aterradora: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da semente dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente cairás perante ele” (Et 6.13). A declaração da mulher e dos amigos de Hamã pode indicar que conheciam a história dos judeus, um povo que já havia sobrevivido a muitos sofrimentos e ameaças. Era um mau prenúncio para Hamã.

CONCLUSÃO

Quanta coisa mudou em Susã em menos de 24 horas! Nosso Deus é grande e poderoso! Perdemos muito tempo com discussões e debates, e, às vezes, fazendo o que Ele não nos ordenou fazer, no afã de resolver nossos problemas. O segredo é confiar no Senhor e viver com humildade, fazendo a sua vontade. Ele permanece no controle e sempre age no momento certo.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

 

 

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