Connect with us

E.B.D

A queda de Jerusalém

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 256 – 4º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 11 – 14 de dezembro de 2025

TEXTO PRINCIPAL

“Então, dirá o homem: Deveras há uma recompensa para o justo; deveras há um Deus que julga na terra.” (Sl 58.11).

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – II Rs 25.1-5
Nabucodonosor invade Jerusalém
Terça-feiraSl 137.1-9
Saudades da pátria
Quarta-feiraII Cr 36.11-13
A maldade do rei Zedequias
Quinta-feiraSl 94.1-4
Os servos de Deus clamam pela justiça divina
Sexta-feiraHb 3.7-9
É possível ouvir a voz de Deus e endurecer o coração
Sábado – Rm 2.5,6
Deus retribui a cada um conforme as suas obras

TEXTO BÍBLICO

Jeremias 39.1-8

1 — No ano nono de Zedequias, rei de Judá, no mês décimo, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército contra Jerusalém e a cercaram.
2 — No ano undécimo de Zedequias, no quarto mês, aos nove do mês, se fez a brecha na cidade.
3 — E entraram todos os príncipes do rei da Babilônia, e pararam na Porta do Meio, os quais eram Nergal-Sarezer, Sangar-Nebo, Sarsequim, Rabe-Saris, Nergal-Sarezer, Rabe-Mague, e todos os outros príncipes do rei da Babilônia.
4 — E sucedeu que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram, então e saíram de noite da cidade, pelo caminho do jardim do rei, pela porta dentre os dois muros, e saiu pelo caminho da campina.
5 — Mas o exército dos caldeus os perseguiu; e alcançaram Zedequias nas campinas de Jericó, e o prenderam, e o fizeram ir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Ribla, na terra de Hamate, e ali o rei da Babilônia o sentenciou.
6 — E o rei da Babilônia matou os filhos de Zedequias em Ribla, à sua vista; também matou o rei de Babilônia todos os nobres de Judá.
7 — E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze, para levá-lo à Babilônia.
8 — E os caldeus queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém.

INTRODUÇÃO

A queda de Jerusalém marca um triste período da história de Judá e traz importantes lições até os dias de hoje. Com base neste acontecimento, no trágico fim de Zedequias e na libertação de Jeremias, esta lição discorre sobre este momento sombrio, ressaltando a justiça de Deus em retribuir a cada um, segundo as suas obras, mostra ainda a bondade divina.

I. A QUEDA DE JERUSALÉM

  1. A Palavra de Deus se cumpre. O ministério de Jeremias começou no décimo terceiro ano do reinado de Josias e passou pelos governos de Jeoaquim e de Zedequias (Jr 1.2,3). Por ocasião de seu chamado, Deus o avisou de que a sua missão seria de chamar o povo ao arrependimento para evitar a iminente invasão babilônica e, consequentemente a destruição de Jerusalém (Jr 13 — 19).
    Jeremias profetizou a respeito das bênçãos que o arrependimento proporcionaria a Judá e as terríveis consequências da falta dele. Por isso, ele pode ser considerado como um profeta de uma mensagem só: a do arrependimento. A rejeição da mensagem não impediu que Deus cumprisse a sua Palavra e assim, tudo o que Jeremias falou em nome de Deus, se cumpriu (II Cr 36.21; Jr 29.10). Assim como Deus falou, Jerusalém foi invadida e destruída pelos babilônios.
  2. Jerusalém é invadida. Depois de um tempo cercada, Jerusalém foi invadida pelos babilônios (Jr 39.1,2). Essa invasão se deu em um momento de grande dificuldade para Judá (Jr 52.6). A escassez de pão indica que Jerusalém estava em apuros, pois o pão é o elemento básico para a sobrevivência. Com a entrada de “todos os príncipes do rei da Babilônia” (v.3) oficializou-se a invasão babilônica em Jerusalém, dando garantia a Nabucodonosor e servindo de sinal à liderança de Judá, pois “que, vendo-os Zedequias, rei de Judá, e todos os homens de guerra, fugiram” (v.4).
  3. Jerusalém é destruída. Jerusalém foi invadida e destruída e cada parte desse processo, tem um sentido no propósito que Deus teve em corrigir e disciplinar o seu povo, ao permitir essa triste página da história de Israel. Os caldeus esperaram o enfraquecimento maior do povo para invadirem Jerusalém e então “queimaram a casa do rei e as casas do povo e derribaram os muros de Jerusalém” (v.8).
    Os “muros de Jerusalém”, dentre outras coisas, ofereciam segurança à cidade e aos seus moradores, mas eram também o lugar onde os anciãos se assentavam e serviam de referência aos mais novos, motivo pelo qual Jeremias tanto lamentou (Lm 5.14). Os muros destruídos traziam insegurança, pois deixavam a cidade exposta a todo tipo de invasores.
    O Templo também foi queimado e destruído (2Rs 25.9; Jr 52.13). Utensílios importantes da Casa do Senhor foram destruídos pelo exército de Nabucodonosor (II Rs 25.13-18; Jr 52.24). Ao atacar o lugar de culto e adoração de Judá, ficava mais fácil para os inimigos enfraquecerem o povo de Deus, pois a sua razão de ser, enquanto povo escolhido, era servir e o adorar ao Eterno. Pessoas importantes de Judá que atuavam diretamente junto ao rei Zedequias foram mortas por Nabucodonosor como parte do juízo de Deus sobre o seu povo (Jr 52.25-27). 

II. O JUÍZO DE DEUS

  1. O juízo de Deus. A ira, o juízo e a justiça de Deus são termos presentes no contexto da invasão babilônica em Jerusalém, e isso implica na necessidade de defini-los e verificar a relação entre eles. A ira de Deus diz respeito à sua fúria contra o pecado e está relacionada com a sua justiça e a sua retidão, que se manifesta de forma punitiva, por meio de seu juízo.
    A ira divina reflete um Deus justo que, baseado em sua justiça, retribui com juízo aos que não se arrependem de seus pecados. A queda de Jerusalém foi a punição de Deus ao seu povo, movida por sua ira (Jr 52.2). A ira divina se move a partir da santidade de Deus e sempre para resolver um problema, atuando no combate contra o mal. Jesus ficou “indignado”, mas também “condoeu-se” dos presentes, no momento da cura do homem da mão mirrada, resultando assim na cura do enfermo (Mc 3.5). O juízo de Deus contra Judá teve como base a ira e a justiça divinas, mas não foi para destruir e nem envergonhar, e sim para corrigir, disciplinar e trazer o seu povo de volta aos seus princípios.
  2. A retribuição divina. O trágico fim de Judá nas mãos dos babilônios se deu justamente pela indiferença, desobediência e quebra de aliança, pois a Bíblia informa que o rei Zedequias “fez o que era mal aos olhos do Senhor” (Jr 52.2) e “por esta razão”, tanto ele como o povo receberam a justa punição de Deus (v.3).
  3. As causas da destruição de Jerusalém. Deus não escondeu o seu amor de Judá, assim como deixou claro o seu glorioso plano com o seu povo. No entanto, baseado em sua justiça, não deixou de castigá-lo pelas suas transgressões (Is 43.1-4; Ml 2.11-13). Diante disso, qual foi o erro de Judá para que Deus o castigasse com a permissão da invasão e destruição de Jerusalém, além do cativeiro que durou setenta anos? Inicialmente, foi a postura orgulhosa, desobediente e enfraquecida de Zedequias (52.2), que levou o povo a sofrer os danos de uma liderança não compromissada com Deus. Quanto ao povo, o orgulho religioso, a falsa segurança depositada na estrutura do Templo e a rejeição da verdade de Deus, contribuíram para que a ira de Deus se acendesse (Jr 7.3,4,23-26). A sucessão de erros resultou no orgulho do rei que o levou a rebelar-se contra Nabucodonosor, contrariando a ordem de Deus, culminando na destruição de Jerusalém e no cativeiro de Judá (Jr 38.17,18). Finalmente, a não observância da guarda do ano sabático durante todo o período da monarquia, parece ter sido uma outra causa que levou Judá a ficar setenta anos no cativeiro (II Cr 36.21).

CONCLUSÃO

A narrativa da destruição de Jerusalém reacende a certeza da justiça e da soberania de Deus, primeiro porque Ele retribui a cada um segundo as suas obras, depois porque conduz a história como quer, sem perder o seu controle. Esta lição mostrou a justa retribuição divina ao pecado. As lições aprendidas do fim de Zedequias, reafirmam a fidelidade de Deus e o seu compromisso com o seu povo e a sua Palavra.

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados