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Adultos - CPAD

Uma Igreja cheia de amor

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 693 – 3º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 05 – 03 de agosto de 2025

TEXTO ÁUREO

“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (At 4.32).

VERDADE PRÁTICA

O amor é o elo que mantém a unidade da igreja local. Sem o amor, não existe relacionamento cristão saudável.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Jo 13.34
O amor como mandamento divino
Terça-feira – Rm 5.5
O amor de Deus derramado nos corações
Quarta-feira – I Ts 4.9
O amor como um dever cristão da fraternidade
Quinta-feira – Mt 22.39
Amando o próximo como a nós mesmos
Sexta-feira – I Jo 3.18
Amando de coração
Sábado – I Pe 4.8
O amor cobre a multidão de pecados

LEITURA BÍBLICA

Atos 4.32-37.

32 — E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
33 — E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
34 — Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.
35 — E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
36 — Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre,
37 — possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos como o amor de Deus se manifesta numa igreja genuinamente cristã. Ele capacita a igreja a enxergar os mais necessitados e a buscar caminhos para que suas carências sejam atendidas. Esse amor, contudo, não é um mero sentimento humano. Em vez disso, ele é a expressão máxima da graça de Deus que foi derramada abundantemente nos corações daqueles que creem em Jesus. Somente através do amor de Deus o cristão aprende a ser solidário e generoso com aqueles que precisam ter suas necessidades supridas.

I – O AMOR MANIFESTADO NA COMUNHÃO CRISTÃ

1. O crescimento da Igreja Cristã. Nesse ponto de sua narrativa, Lucas se refere à igreja como a “multidão dos que criam” (v.32). Essa expressão pode ser entendida com o sentido de um “grande número” ou “assembleia”. A Igreja que havia começado com 120 discípulos, agora é uma grande multidão. Uma igreja pequena possui a mesma natureza e essência de uma igreja grande. Assim como uma igreja grande, uma pequena igreja também enfrenta seus problemas e desafios. Contudo, os desafios e problemas de um grande povo são maiores em proporção em relação a uma pequena. Eles se tornam mais complexos e, portanto, mais desafiadores.
2. Os desafios do crescimento. Assim, vemos a Igreja de Jerusalém crescer em escala geométrica. Ela se multiplicava (At 6.7) e com isso os desafios também eram maiores. Como essa igreja, que até pouco tempo não passava de um pequeno número, se comportaria com o novo formato adquirido? Ela manteria a unidade em meio à complexidade? Somente o amor poderia manter o elo fraterno entre os crentes. De fato, Paulo dirá que o “amor de Deus” foi derramado nos corações dos crentes pelo Espírito Santo (Rm 5.5); aos colossenses, o apóstolo dos gentios disse que o amor “é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14). Somente através do amor cristão a igreja pode manter-se unida. Quando uma igreja se fragmenta e se divide, isso significa que o egoísmo tomou o lugar do amor em algum ponto.
3. A vida interior. A expressão “era um o coração e a alma” (At 4.32) mostra a igreja em sua essência, revelando sua união interna. O Espírito Santo capacitou poderosamente os cristãos para cumprir a missão fora da igreja (At 1.8), para a tarefa do evangelismo (At 4.31,33; 8.6,7), mantendo os crentes unidos internamente.

II – O AMOR COMO MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA

1. A graça como manifestação do Espírito.O melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito é em uma igreja onde o amor de Deus está presente. Lucas nos informa que “os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (At 4.33). O contexto nos mostra que o Espírito opera em um ambiente que lhe é propício, isto é, onde a igreja está banhada no amor cristão. Muitos podem cair na tentação de achar que o segredo para ter uma igreja imersa no Espírito, isto é, onde os dons espirituais se manifestam com regularidade, tem a ver com cumprir determinadas regras e normas estabelecidas. Regras são importantes e não podemos viver sem elas. Contudo, o Espírito opera no ambiente onde há comunhão entre os irmãos. Às vezes, podemos quebrar a comunhão com os outros, achando que não tem importância, mas Jesus ensina que, para ser perdoado por Deus, devemos perdoar sinceramente nossos irmãos (Mt 6.15; 18.35). Qualquer ensino contrário a isso é falso.
2. A graça como favor imerecido. Há ainda um outro aspecto da graça de Deus revelada neste texto: “em todos eles havia abundante graça” (At 4.33). Isso significa que a graça de Deus estava manifestada tanto nos apóstolos como em toda a igreja. Esse texto não se encontra deslocado, mas é posto aqui com o propósito de mostrar a razão ou motivo daquele contagiante ambiente cristão. Uma igreja dinâmica, que demonstra amor para com seu próximo e na qual o Espírito Santo se manifesta de forma abundante, é uma igreja que reflete a graça de Deus. Na Bíblia, podemos perceber que a graça de Deus gerou entre os crentes um sentimento de gratidão por terem sido, sem merecimento algum, capacitados por Deus para viverem uma vida abundante. Isso se torna um padrão nas demais igrejas do Novo Testamento (I Ts 4.9). Vemos, por exemplo, esse sentimento de gratidão como uma resposta à graça de Deus na pessoa do apóstolo Paulo (I Co 15.10). Somente a graça gera tamanho sentimento de gratidão.

III – A MANIFESTAÇÃO DO AMOR NA SOLIDARIEDADE CRISTÃ

1. A busca pela equidade.O Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa conceitua “equidade” como a “disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um”. Assim, diferentemente da igualdade, a equidade não enxerga as pessoas como sendo todas iguais e, por isso, busca formas de ajustar o desequilíbrio entre elas. Em Jerusalém não havia um nivelamento social, nem todos possuíam as mesmas condições. Havia pessoas mais abastadas, e havia pobres também. Estes, geralmente, em maior número. Logo, a igreja demonstrou ser sensível a essa realidade, procurando tratar dessa situação (At 4.34), sendo solidária com a situação dos menos favorecidos.
2. Propriedade e compartilhamento.Estudiosos observam que a igreja de Jerusalém vivia uma comunidade de compartilhamento, não de domínio. Os crentes mantinham a propriedade de seus bens, mas os disponibilizavam conforme a necessidade de cada um. Desse modo, eles compartilhavam tudo o que tinham. Isso pode ser observado com Maria, mãe de João Marcos. Ela também pertencia à igreja de Jerusalém e em vez de vender sua casa, a pôs a serviço da igreja, transformando-a em uma casa de oração onde a igreja se reunia (At 12.12). A prática da generosidade pode mudar de acordo com o tempo, lugar e circunstâncias; contudo, o princípio que a governa permanece o mesmo. Podemos fazer o bem a quem necessita de uma forma ou de outra.
3. Um exemplo da voluntariedade. Lucas destaca que “os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos” (At 4.34). Nada aqui foi feito de forma obrigatória. Ninguém contribuiu porque foi constrangido a isso. O texto bíblico deixa claro que havia voluntariedade nos crentes em ajudar uns aos outros. Havia uma consciência de pertencimento e, por isso, ninguém deseja ver o outro excluído. Isso era a manifestação do grande amor de Deus derramado nos corações daqueles crentes.

CONCLUSÃO

Chegamos à conclusão de mais uma lição bíblica. Vimos como o amor de Deus, derramado nos corações da Primeira Igreja, mobilizou os crentes a socorrer os mais necessitados. Isso aconteceu de forma voluntária quando cada um, de acordo com suas posses, se prontificava a dar do que lhe pertencia. Não há igreja cristã verdadeira sem essa identificação com o outro. Ninguém pode fechar os olhos diante da necessidade alheia e se autointitular de cristão. O verdadeiro amor se realiza no atendimento da necessidade do próximo.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

 

 

 

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