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E.B.D

O sermão do Templo

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 250 – 4º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 03 – 19 de outubro de 2025

TEXTO PRINCIPAL

“Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR.” (Jr 7.2).

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Jr 7.2
O sermão na porta do Templo
Terça-feiraJr 7.3
Jeremias chama ao arrependimento
Quarta-feiraJr 7.4
Jeremias combate as palavras falsas no Templo
Quinta-feiraJr 7.11
Deus vê o que acontece no Templo
Sexta-feiraJr 7.12
Jeremias adverte a respeito da justiça divina
Sábado – Jr 7.8
Jeremias fala sobre confiar em palavras falsas

TEXTO BÍBLICO

Jeremias 7

1 — A palavra que foi dita a Jeremias pelo SENHOR, dizendo:
2 — Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós os que entrais por estas portas, para adorardes ao Senhor.
3 — Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Melhorai os vossos caminhos e as vossas obras, e vos farei habitar neste lugar.
4 — Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do Senhor, templo do Senhor é este.
5 — Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras fizerdes juízo entre um homem e entre o seu companheiro,
6 — se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal,
7 — eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, de século em século.
8 — Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada são proveitosas.
9 — Furtareis vós, e matareis, e cometereis adultério, e jurareis falsamente, e queimareis incenso a Baal, e andareis após outros deuses que não conhecestes,
10 — e então vireis, e vos poreis diante de mim nesta casa, que se chama pelo meu nome, e direis: Somos livres, podemos fazer todas estas abominações?
11 — É, pois, esta casa, que se chama pelo meu nome, uma caverna de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isso, diz o Senhor.
12 — Mas ide agora ao meu lugar, que estava em Siló, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz por causa da maldade do meu povo de Israel.
13 — Agora, pois, porquanto fazeis todas estas obras, diz o SENHOR, e eu vos falei, madrugando e falando, e não ouvistes, chamei-vos, e não respondestes,
14 — farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais, e a este lugar, que vos dei a vós e a vossos pais, como fiz a Siló.
15 — E vos arrojarei da minha presença, como arrojei a todos os vossos irmãos, a toda a geração de Efraim.

INTRODUÇÃO

O capítulo 7 do livro de Jeremias registra a mensagem que ele transmitiu à porta do Templo em Jerusalém. Embora as pessoas continuassem a cumprir com as práticas litúrgicas do culto, o Senhor as reprovava.
Na lição deste domingo, vamos discorrer a respeito do perigo da apostasia, da falsa adoração e do mal que uma vida cristã sem compromisso com a verdade de Deus é capaz de fazer.
Este estudo é um alerta para a Igreja na atualidade. Ao ouvir a voz do Senhor, não endureça seu coração como fez o povo de Judá.

I. A VOZ NO TEMPLO

  1. Frequentadores do Templo. Jeremias recebeu a missão de ir até Jerusalém, posicionar-se à porta do Templo e pôr-se a gritar, anunciando a mensagem a todos que por ali passassem (7.1,2). Provavelmente a cidade estava cheia de pessoas e o Templo extremamente concorrido. Contudo, é possível notar a ausência de reverência, de temor a Deus e a verdadeira adoração.
    A mensagem era de arrependimento e deveria ser proclamada aos frequentadores do Templo, pois estes estavam cumprindo com os rituais litúrgicos preestabelecidos, mas estavam com o coração distante de Deus (7.24). A adoração, a oração e os sacrifícios são válidos quando praticados em conformidade com a Palavra de Deus, em santidade e para Ele. Assim ecoou a voz de Deus no Templo.
  2. O perigo da falsa adoração. A voz de Deus ecoou no Templo com uma mensagem clara de que o cumprimento de liturgias não é suficiente para agradá-lo. Não basta cantar, é preciso adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo 4.23,24).
    A hipocrisia na adoração existe, e Jesus afirma que “em vão me adoraram” aqueles que o fazem dessa forma. Para Deus receber nossa adoração ela tem de ser legítima, “em espírito e em verdade”. O que implica em uma adoração sincera de um coração regenerado e voltado para o Senhor (Jo 4.23,24). Embora frequentasse o Templo e observasse os ritos do culto, o povo de Judá estava com o seu coração distante de Deus, contaminando o culto ao Senhor, atraindo assim a sua ira (7.17-20).
  3. Siló, um triste exemplo. A mensagem de Jeremias afirmava que Deus faria a Judá o que havia feito a Siló (7.14). Em Siló ficava o Tabernáculo do Senhor, a Arca do Concerto e os sacerdotes que se enveredaram por caminhos tortuosos, atraindo a ira divina (I Sm 2.29,30). Estes sacerdotes confiaram na estrutura religiosa e não em Deus (I Sm 4.3-6) e o zelo religioso não impediu que Siló fosse destruída e nem a morte de Eli, de seus filhos e de sua nora (I Sm 4.1-22).
    Deixar Deus para confiar na estrutura religiosa foi o pecado do povo dos dias do sacerdote Eli, assim como do povo para o qual Jeremias profetizou. Por esse motivo, Deus utilizou-se do triste exemplo de Siló com a intenção de levar Judá a refletir, se arrepender e a desejar uma mudança.

II. A VIDA ESPIRITUAL BÍBLICA

  1. Definição. A palavra espiritualidade, vem do latim spitualitateme indica o ato de valorizar o que é espiritual. No que se refere a vida espiritual cristã, ela firma-se na experiência pessoal e real da pessoa com Cristo, influenciando-o na sua fé, no pensamento, na forma de enxergar a vida, nos seus relacionamentos interpessoais e no enfrentamento das dificuldades.
    A vida espiritual do crente não é invisível. Sua comunhão com Deus pode ser vista mediante seus frutos, suas ações. Atitudes e palavras que glorificam o nome do Senhor, independentemente das circunstâncias. Uma vida espiritual saudável leva a pessoa a agradar ao Senhor Jesus.
  2. A vida espiritual e suas tendências atuais. Nem todo crente vive de maneira bíblica, assim como nem toda prática espiritual agrada a Deus. O pensamento da sociedade atual tende a não aceitar o que é padrão, institucional e sólido, no entanto não rejeita e nem condena o que é espiritual desde que não esteja vinculado a uma instituição religiosa ou a uma crença específica. Nesse sentido, para o pensamento pós-moderno é possível ter experiências sobrenaturais com Deus, sem comprometer-se com Cristo, com os seus ensinamentos e com a sua Igreja. A vida espiritual atual tende a ser subjetiva e desprovida de preceitos bíblicos, o que deve ser rejeitado pelo crente, pois somente por meio de Cristo é que podemos nos achegar a Deus (Jo 14.6).
  3. A prática da espiritualidade. No livro de Gênesis, podemos ver o agir de Deus, nas expressões: “E disse Deus” (Gn 1.3,6,9,11,14,20,24,26,29). Em João 1.14 está escrito que “o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”, mostrando a ação de Deus em conformidade com a sua Palavra. O Criador fala e age. A leitura da Palavra de Deus, a oração e o jejum são práticas espirituais saudáveis de um cristão genuíno, mas, elas devem ser acompanhadas de ações (Tg 1.22). A salvação é pela fé e não pelas obras, contudo, os salvos são chamados para as boas obras (Ef 2.8,9). Nos dias de Jeremias, as pessoas frequentavam o Templo e cumpriam os rituais litúrgicos determinados no Pentateuco, mas precisavam melhorar seus caminhos, suas ações, mediante o exercício da justiça, como o cuidado com os necessitados (Jr 7.4-7). Cuidar dos órfãos, das viúvas e dos necessitados não é uma pauta política, mas são ações ordenadas pelo Senhor (Tg 1.27). A vida cristã genuína e bíblica consiste em práticas que glorificam a Deus. A fé necessita ser prática.

III. AS CAUSAS E AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA VIDA ESPIRITUAL VAZIA

  1. A triste realidade de uma vida espiritual vazia. Jeremias profetizou contra a vida espiritual do seu povo. A sua mensagem revelou o quanto isso entristeceu a Deus (Jr 26.12). O povo se firmava na estrutura do Templo que se tornou como uma espécie de “amuleto” e acabava se contentando com a ausência de Deus em suas reuniões. Essa atitude reafirma a inclinação humana de desejar criar um caminho próprio para se relacionar com Deus. Mesmo com todos os elementos necessários para a realização de um culto, a presença do Senhor é indispensável e insubstituível. Nos dias de Jesus este mesmo problema persistia, e foi com os escribas e fariseus que Ele travou os maiores embates. Ao repreender os líderes religiosos da sua época, Jesus afirmou que eles eram “sepulcros caiados” (Mt 23.26,27). Deus deve estar no centro de tudo.
  2. As causas e as consequências da vida cristã vazia. A vida cristã sem a aprovação e a presença de Deus é um perigo. Para o crente, o culto não é somente um ato litúrgico, ou uma obrigação religiosa, mas a sua oferta de louvor a Deus e o seu momento de comunhão com Ele (Rm 12.1). Uma vida cristã vazia é resultado de um coração distante de Deus. Quanto às suas consequências, elas são igualmente trágicas: perda do direito de habitar com Deus (7.13-15); não ter as orações ouvidas pelo Senhor (7.16) e a colheita de frutos da própria maldade (7.19,20). A vida cristã vazia, portanto, é um desvio da presença e da comunhão com o Eterno e deve ser evitada constantemente.
  3. Uma mensagem urgente e atual. Jeremias exerceu o seu ministério entre os anos 627 e 586 a.C., mas a verdade de sua mensagem ainda ecoa na atualidade. A mensagem anunciada por Jeremias à porta do Templo em Jerusalém assume um papel de alerta em nossos dias. Infelizmente, muitos dizem estar conectados com Deus, mas sem frequentar o Templo, a Igreja do Senhor, tornando-se os “desigrejados”. Assim sendo, a mensagem de Jeremias na porta do Templo aponta o caminho para uma vida cristã saudável, com a frequência aos cultos e a comunhão com Deus e com os irmãos, rejeitando quaisquer excessos.

CONCLUSÃO

A dura mensagem de Jeremias aos líderes religiosos e aos frequentadores do Templo em Jerusalém revela que um crente pode trocar a verdadeira adoração pela falsa, e se perder mesmo estando dentro da Casa de Deus. Precisamos ter uma vida cristã saudável e equilibrada, na qual a nossa comunhão individual com Deus e coletiva, na Igreja, consiga caminhar juntas, resultando em uma prática que agrade a Deus.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

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