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Adultos - Betel

O primeiro ato de adoração: reconhecendo a soberania de Deus desde o princípio

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 272 – 2º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 01 – 06 de abril de 2025

TEXTO ÁUREO

“Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala”, Hebreus 11.4.

VERDADE APLICADA

Devemos adorar ao Senhor com todo o nosso ser, conforme a vontade de Deus revelada nas Escrituras.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Gênesis 4

1 E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um varão.
2 E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
3 E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
4 E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.
5 Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Gn 4.2
Abel, o primeiro pastor de ovelhas.
Terça-feira – Gn 4.5
Caim, um homem com uma oferta recusável.
Quarta-feira – Gn 4.9
Caim, um homem de coração arrogante.
Quinta-feira – Gn 4.10
Abel, uma vítima da violência.
Sexta-feira – Hb 11.4
Abel, um homem de fé.
Sábado – I Jo 3.12
Caim, um homem de más obras.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, abordaremos os primeiros registros bíblicos de adoração com base na história de Caim e Abel, observando a atitude de cada um deles ao ofertar e a reação de Deus diante dos ofertantes e suas ofertas. A partir de outros textos bíblicos, veremos também os princípios que devem nortear os atos de adoração do povo de Deus nos dias de hoje.

I – A QUEDA AFETOU A VERDADEIRA ADORAÇÃO

No capítulo 4 do Livro de Gênesis, vemos que as consequências do pecado de Adão e Eva não ficaram restritas a eles, mas se estenderam também aos seus descendentes. Isso porque, após a Queda, o pecado passou a fazer parte da humanidade (Rm 3.23). As atitudes de Caim, o primogênito do casal, evidenciam quão perverso o homem pode ser quando dominado pelo pecado. A relação harmoniosa do Jardim deixou de existir. Caim, o primeiro homem nascido de mulher, tirou a vida do próprio irmão ao se deixar dominar pela ira após Deus desaprovar sua atitude e sua oferta (Gn 4.8).

1. O nascimento de Caim e Abel. Caim e Abel foram gerados após a Queda (Gn 3), quando Deus já havia prometido um Redentor da raça humana (Gn 3.15). Eva, por sua vez, alegrou-se com o nascimento de Caim, o seu primogênito (Gn 4.1). Segundo o Pr. Marcos Sant’anna da Silva, o nome “Caim” costuma ser associado à ideia de “aquisição”, sugerindo que o nascimento daquele menino ocorreu em meio a uma grande expectativa, talvez por Adão e Eva pensarem que a promessa feita em Gênesis 3.15 se cumpriria em Caim. Ele foi o primeiro ser humano a nascer após a Queda, uma vez que Adão e Eva foram criados por Deus.
2. A oferta que Deus rejeita. A Bíblia relata o assassinato de Abel pelo próprio irmão, Caim. Naquele tempo, eles adoravam o Senhor oferecendo parte de sua produção. Em um daqueles momentos de adoração, o Senhor se agradou da oferta de Abel e rejeitou a oferta de Caim. Indignado com a decisão de Deus, Caim premeditou a morte de Abel (Gn 4.3-5,8).
3. A oferta que agrada a Deus. Deus atentou para a oferta de Abel, diferentemente da oferta apresentada por Caim. Hoje, vemos com clareza que isso se deu porque Abel ofertou das primícias do seu trabalho, movido por fé e por um caráter justo (Gn 4.4). Essa atitude tornou Abel um exemplo de caráter que agrada a Deus. O autor do Livro de Hebreus registrou a fé, a justiça, o testemunho e a entrega de Abel (Hb 11.4).

II – DOIS IRMÃOS, DUAS OFERTAS DISTINTAS

Caim e Abel, filhos de Adão e Eva, apresentaram suas ofertas ao Senhor (Gn 4.3,4). Abel ofertou os primogênitos de suas ovelhas e sua gordura, já Caim ofertou ao Senhor do fruto da terra. O Senhor, contudo, agradou-se pela oferta de Abel, mas rejeitou a de Caim. A razão disso não foi a origem da oferta, e sim o coração de lhes ao ofertar (I Sm 16.7), evidenciando que o Senhor não aceita ser adorado de qualquer maneira.

1. A perfeita adoração ao Senhor. A história de Caim e Abel nos ensina que o Senhor é zeloso quanto à adoração que Lhe prestamos (Ex 34.14). Jesus nos ensina a excelência da adoração: “(…) Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás” (Lc 4.8). Na Antiga Aliança, Moisés deixou claro que as ofertas a Deus deveriam ser as melhores, mesmo se feitas por quem não tinha muitos recursos (Lv 22.22).
2. O caminho da adoração. Deus não recebe a adoração de quem não anda na vereda da fé (Hb 11.6), como declarado pelo profeta Isaías: “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça, Is 59.2. O comportamento rebelde de Caim mostrou que ele vivia separado de Deus; mais tarde, ele foi identificado como “do maligno”, ou seja, como alguém conduzido por Satanás (I Jo 3.12).
3. A pureza da adoração. Ao ter sua oferta rejeitada por Deus, Caim foi tomado pela inveja de tal maneira que planejou o assassinato do próprio irmão (Gn 4.8). A Bíblia ressalta que o cristão fiel não se deixa levar pela inveja nem pela maldade (Pv 14.30). Caim é um exemplo de que o Senhor não aceita a adoração de aparências, mas a adoração vinda de um coração submisso, quebrantado e sincero, que expressa o amor a Deus e a fé que move o adorador.

III – A OFERTA AGRADÁVEL A DEUS

Caim levou ao Senhor o fruto da terra; já o adorador Abel ofereceu ao Senhor o melhor de seu rebanho. Isso significa que Abel não ofereceu um sacrifício qualquer, mas um sacrifício dos primogênitos do seu rebanho (Gn 4.4).

1. Abel, um adorador por excelência. Abel foi um homem reto (Mt 23.35; I Jo 3.12), que ofereceu a Deus o primeiro carneirinho nascido no seu rebanho. Ele o matou e ofereceu as melhores partes ao Senhor, que se regozijou com a oferta. Abel agradou ao Senhor com a expressão da fé de um coração sincero e cheio de amor (Mt 22.37), voltado para Deus (I Sm 16.7), cujas obras eram justas (Hb 11.4). Abel certamente adorava a Deus em espírito e na verdade (Jo 4.24).
2. Abel, um homem de fé. A fé moveu Abel a oferecer um sacrifício que agradou a Deus, fato que o colocou na galeria dos heróis da fé (Hb 11.4). O testemunho bíblico sobre Abel nos remete aos seus pais; mesmo passando pela disciplina do Senhor ao serem lançados fora do jardim, Adão e Eva não deixaram de transmitir aos filhos a fé no Criador e o que conheciam sobre Deus e Sua vontade. Em gratidão a Deus, Abel se dispôs a oferecer o melhor do fruto de seu trabalho.
3. O altar da adoração estava em Abel. O altar é um lugar de sacrifício, de oferta a Deus. Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, “no Antigo Testamento hebreu, a palavra usual para altar é mizbeah, ‘lugar de sacrifício, que deriva do verbo zabah, ‘matar, sacrificar. Em Esdras 7.17, aparece a palavra aramaica madhbah, formada a partir da mesma palavra”. O fiel adorador oferece o seu melhor no altar. Abel ofereceu a Deus o melhor cordeiro do seu rebanho. Antes de reverenciar a Deus no altar, Abel já o adorava em seu coração. Ele ofereceu o melhor animal que tinha, demonstrando uma devoção que não se restringe a palavras, mas que se expressa com atitudes concretas, em espírito e em verdade (Jo 4.22,23).

CONCLUSÃO

Deus encontrou em Abel a genuína fé de um adorador. Que, assim como Abel, possamos ofertar nossa adoração sincera a Deus, para que o mundo veja a graça de Cristo derramada sobre nossa vida.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

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