Adultos - Betel
O exemplo de humildade: Jesus lava os pés dos seus discípulos

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 294 – 3º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 10 – 07 de setembro de 2025
TEXTO ÁUREO
“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também”, João 13.15.
VERDADE APLICADA
Jesus Cristo, sendo Senhor e Mestre, é nosso maior exemplo de humildade e serviço cristão.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
João 13
- Ora, antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim.
- Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus,
- Levantou-se da ceia, tirou os vestidos e tomando uma toalha, cingiu-se.
- Depois deitou água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
- Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim?
- Respondeu Jesus, e disse-lhe: o que eu faço, não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Pv 15.33
A humildade antecede a honra.
Terça-feira – Mt 5.5
Bem-aventurados os humildes.
Quarta-feira – Fp 2.3
Considerem os outros superiores a si mesmos.
Quinta-feira – Gl 5.13
Servindo uns aos outros.
Sexta-feira – Cl 3.12
Revistam-se de humildade.
Sábado – Lc 14.11
Quem se humilhar será exaltado.
INTRODUÇÃO
João registra, dos capítulos 13 ao 17 de seu evangelho, os últimos momentos de Jesus antes da crucificação. Reunido no cenáculo com Seus discípulos, ciente de que se aproximava a hora de passar para o Pai, Nosso Senhor inicia Suas últimas instruções com um ato que causou grande espanto entre os discípulos: Ele lhes lavou os pés e os enxugou com Sua própria toalha. Como veremos nesta lição, existem aí preciosíssimas lições a serem extraídas para um autêntico viver cristão.
I – JESUS AMOU SEUS DISCÍPULOS ATÉ O FIM
Até o capítulo 12 do Evangelho de João, vemos Jesus pregando, ensinando, operando milagres em diversas regiões, atendendo e ministrando a multidões e indivíduos. Do capítulo 13 ao 17, Jesus se concentra no grupo mais próximo de discípulos, que F.F. Bruce chama de “ministério do cenáculo” (1987, p. 238). O relato inicia enfatizando o amor do Senhor pelos Seus (Jo 13.1). Ele revelou que os amava perfeitamente e lhes mostrou a totalidade da extensão de Seu amor.
1. Amor na prática. João relata o momento que Jesus se levantou, após a Ceia com os discípulos, e tomou uma atitude que, certamente, ficou marcada na mente deles para sempre: Jesus lavou os pés de cada um de Seus discípulos. O ato de lavar os pés dos convidados era um dos afazeres dos empregados da casa, particularmente dos servos gentios. Entretanto, para surpresa de todos, o Filho de Deus exemplifica amor e humildade em lavar os pés de seus discípulos (Jo 13.4-5).
2. Um Amor sem limites. A Última Ceia ocorreu numa quinta-feira à noite, e é quando Jesus nos dá o maior exemplo de humildade e amor: “como havia amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim”, Jo 13.1. O Filho de Deus teve a preocupação de mostrar Seu amor na prática para os que estavam a Sua volta. E foi esse amor imenso e humilde que levou Jesus a sacrificar a Si mesmo por cada um de nós (Jo 15.13). Bispo Primaz Manoel Ferreira (2016, L. 11) observa que “os discípulos viam nos olhos de Jesus o Amor puro que tinha por eles e pelo Seu povo”. O amor de Cristo é admirável, infinito e capaz de romper barreiras (Rm 8.35-37). Por Amor, Jesus veio nos salvar da condenação e da culpa (Jo 3.16). Que possamos ser gratos, louvando o Filho de Deus pelo Seu sublime Amor (I Jo 4.19).
3. A extensão do Amor de Cristo. Jesus não só amou, mas também cuidou de Seus discípulos durante Seu Ministério terreno. Além disso, por onde passava, o Filho de Deus deixava claro que veio para todos (Jo 1.11-12). Independentemente de ser judeu ou não, quem ia até Jesus, necessitado e com fé, desfrutava de bênçãos e salvação (Jo 4.53). Quando entendemos e aceitamos o amor de Jesus, Ele transforma nossa vida (Jo 4.26-30). O Senhor conhece o tamanho exato do vazio que existe em cada coração, e somente Ele pode preencher esse vazio em nosso ser (Pv 23.26). O Filho de Deus nos valoriza e nos oferece um amor que nunca acaba (Jo 15.9,10,12,13). Jesus nunca nos abandona (Rm 8.38,39); Ele deseja preencher nossa vida com Seu amor (I Jo 3.16).
II – JESUS, O SERVO HUMILDE
Lavar os pés dos discípulos foi um exemplo de humildade, servidão e amor a ser seguido pelos cristãos (Jo 13.5). É importante aprender isso com Jesus, porque essas atitudes se refletem em nosso comprometimento com a Obra de Deus (Jo 15.20).
1. A verdadeira humildade. O Filho de Deus tinha prazer em servir ao próximo e reconhecia Seu papel de Servo: “Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve”, Lc 22.27. Sua atitude humilde ao lavar os pés dos discípulos é uma boa demonstração da serventia e do amor do Mestre por todos. O Todo-poderoso se fez Servo para servir com humildade e amor (Mt 20.28).
2. O Amor que se expressa no servir ao próximo. Seguramente, uma das ações mais impactantes do Filho de Deus foi lavar os pés de Seus discípulos (Jo 13.5). Com essa atitude, Jesus se coloca como Servidor de todos e quebra padrões e protocolos da época. Portanto, assim como Jesus não viu nada que Lhe desmerecesse naquela atitude servil, nós também não devemos achar que é tarefa menor servir aos irmãos (Jo 13.15-17). Quando todos servem uns aos outros, a Igreja cresce e se fortalece (Sl 133.1).
3. O Senhor Jesus: exemplo de humildade. Jesus não buscava honra para Si mesmo, mas honrar o Pai: “Se Eu Me Glorifico a Mim Mesmo, a Minha Glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai (…)”, Jo 8.54. O maior e mais excelente exemplo de humildade nos é dado por Jesus, que deu a vida pelo resgate de muitos. Então, como crentes, devemos seguir o exemplo do Mestre, que disse: “(…) e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”, Mt 11.29. Isso implica servir ao outro com amor e humildade, como fez o Filho de Deus.
III – Jesus praticava humildade
Estamos inseridos numa sociedade que vive uma competição desenfreada em busca de status social. A corrida para ocupar os primeiros lugares é constante, humilhar os outros é algo comum, além do vale tudo para alcançar os próprios objetivos. Contrapondo-se a essa visão, Jesus disse: “(…) vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros”. Jo 13.14.
1. Jesus serviu com humildade. A humildade é uma virtude ilustre do espírito humano. Desde o nascimento, o Filho de Deus ensina humildade para aqueles que O amam. A humildade na vida de Jesus sempre foi e sempre será o nosso maior exemplo. Ele desceu do Seu trono real e se esvaziou completamente, tornando-se semelhante aos seres humanos (Fp 2.7). O serviço cristão se baseia na humildade, como Jesus nos ensina ao se ajoelhar e lavar os pés dos discípulos (Jo 13.16).
2. Jesus liderava mesmo sob pressão. Jesus liderava pelo serviço (Jo 5.17), e isso fez dEle um grande líder. Ele fazia tudo para servir (Jo 13.14,15). Jesus estava seguro de Sua identidade, de quem Ele era, por isso não tinha problemas em servir, inclusive lavando pés empoeirados e sujos. Mesmo sabendo que já era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai (Jo 13.1), Ele não se importou com o que pensariam a Seu respeito (Jo 13.1,3). Jesus liderava pelo exemplo, mesmo sob pressão.
3. O Senhor Jesus: obediente até a morte. Para consumar o Plano Redentor, Nosso Senhor veio ao mundo em carne (I Jo 4.2), foi colocado em posição inferior à dos anjos (Hb 2.9), e se manteve humilde e obediente até a morte (Fp 2.8). Na Cruz, Jesus expressou Seu amor absoluto e eterno (Jo 3.16), num ato máximo de humildade: deixar a glória e o trono, esvaziar-se, fazer-se homem e passar a Servo dos irmãos. Por isso, Ele foi caçado, encarcerado, chicoteado, cuspido e pregado na Cruz (Jo 19.17-30). Mas a humildade transformou o mais cruel instrumento de execução em símbolo do amor de Jesus pela humanidade (I Pe 2.24).
CONCLUSÃO
Em tempos de estrelismo e busca desenfreada por aplausos e reconhecimento, a humildade de Cristo deve produzir despertamento nos crentes. Assim, com a imprescindível ajuda do Espírito Santo e para a Glória de Deus, não nos esqueceremos das Palavras de Nosso Senhor em Seu discurso de despedida: “…como eu vos fiz, façais vós também”, Jo 13.15.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel