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E.B.D

O conselho de Jeremias aos reis

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 255 – 4º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 08 – 23 de novembro de 2025

TEXTO PRINCIPAL

“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21).

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Dn 2.20-22
É Deus que estabelece e remove os reis
Terça-feira – Mt 10.16-20
Aqueles que anunciam a Palavra
Quarta-feira – II Cr 36.5-10
A trajetória de Jeoaquim
Quinta-feira – Is 55.1-9
As bênçãos para os que deixam o mal
Sexta-feira – II Cr 36.11-23
A triste trajetória do rei Zedequias
Sábado – I Pe 1.24,25
A Palavra permanece para sempre

TEXTO BÍBLICO

Jeremias 34.1-6.

1 — A palavra que do SENHOR veio a Jeremias quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército, e todos os reinos da terra que estavam sob o domínio da sua mão, e todos os povos pelejavam contra Jerusalém e contra todas as suas cidades, dizendo:
2 — Assim diz o SENHOR. Deus de Israel: Vai, e fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.
3 — E tu não escaparás das suas mãos; antes, decerto, serás preso e serás entregue nas suas mãos; e teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia, e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babilônia.
4 — Todavia ouve a palavra do SENHOR, ó Zedequias, rei de Judá. Assim diz o SENHOR a teu respeito: Não morrerás à espada.
5 — Em paz morrerás, e, conforme as incinerações de teus pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim te queimarão a ti e prantear-te-ão, dizendo: Ah! SENHOR! Porque sou eu que digo a palavra, diz o SENHOR.
6 — E anunciou Jeremias, o profeta, a Zedequias, rei de Judá, todas estas palavras, em Jerusalém.

INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo, vamos aprender a respeito da resposta negativa dos reis Jeoaquim e Zedequias à Palavra de Deus transmitida por Jeremias. Veremos as terríveis consequências que sofreram em decorrência disso.

I. UM PROFETA ENTRE OS REIS

  1. Jeremias, enviado aos reis. Deus escolheu e enviou Jeremias como profeta às nações. Ele também seria responsável por transmitir a mensagem divina “sobre os reinos” (v.10). A monarquia foi instituída nos dias de Samuel por apelo do povo (I Sm 8.1-22). Entretanto, desde a época de Moisés, Deus já mostrava que o rei deveria ser escolhido dentro de seus critérios, pois teria a missão de cumprir a Sua vontade (Dt 17.15). Na missão de liderar o povo sob a vontade divina, os reis eram orientados pelos profetas de seus dias.
  2. O preço por profetizar aos reis. O ministério de Jeremias foi extraordinário, primeiro porque foi chamado por Deus, depois pela mensagem que entregou, pelo contexto histórico no qual estava inserido, pelos efeitos de seu ofício profético e o público a quem foi enviado, composto tanto pelo povo como também pela sua liderança, inclusive os reis de seus dias.
    Jeremias é conhecido não somente pelas mensagens que entregou durante o seu ministério, mas também pelo sofrimento que isso lhe causou. Isso se confirma em diversos episódios da trajetória deste profeta, especialmente na ordem divina que o privou de “se casar”, “não lamentar os mortos” e “não ir a banquetes” (Jr 16.2,5,8).
    Por entregar a mensagem de Deus ao povo e principalmente aos reis de seu tempo, Jeremias foi perseguido (Jr 36.26), posto em prisão (37.15-21) e lançado numa cisterna (Jr 38.1-6).
  3. Um profeta e cinco reis. O texto de abertura do livro de Jeremias informa que a palavra do Senhor foi a ele nos dias de Josias, e nos dias de Jeoaquim até ao fim do ano undécimo de Zedequias (Jr 1.2,3). O destaque a estes três reis se dá em virtude de que eles reinaram por longo tempo, razão pela qual as suas ações são fundamentais no ministério de Jeremias e para a compreensão de suas lições na atualidade.
    Jeremias profetizou por aproximadamente 40 anos, compreendendo o governo dos seguintes reis: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Destes cinco reis, Joacaz e Joaquim reinaram somente três meses cada um, e ambos “fizeram o que era mal aos olhos do Senhor” (II Rs 23.31,32; 24.8,9).

II. JEOAQUIM: O REI QUE REJEITOU A DEUS E À SUA PALAVRA

  1. Quem foi o rei Jeoaquim. Com a morte de Josias, o rei da maior reforma religiosa da história de Israel, Jeoacaz, seu filho, o substituiu e reinou por três meses (II Rs 23.31). Eliaquim, seu irmão, assumiu o trono em seu lugar e teve o seu nome mudado para Jeoaquim pelo Faraó — Neco a quem serviu como rei vassalo.
    A expressão “e fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus” (II Cr 36.5) define a triste trajetória deste rei, cujas marcas centrais de seu governo foram a introdução de práticas pagãs e idólatras (Jr 7.16-18; 11.9-13; Ez 8), a frouxidão moral (Jr 5.26-29; 7.1-15) e a perseguição a profetas fiéis (Jr 26.20-23). Jeremias profetizou contra a injustiça praticada por este rei na construção de seu palácio. Ele usou mão de obra escrava (Jr 22.13-19), razão pela qual foi perseguido de forma implacável (11.18-23).
    Jeoaquim contribuiu diretamente com o enfraquecimento dos efeitos positivos da reforma religiosa promovida por Josias, seu pai, e veio a morrer no ano 598 a.C.
  2. Jeoaquim, o rei que rejeitou a mensagem de Deus. Jeoaquim reinou por cerca de onze anos, período no qual Jeremias atuou como profeta. O episódio em que Jeoaquim corta e lança ao fogo o pergaminho com a mensagem de Deus enviada por Jeremias através de Baruque, além de ser um dos mais marcantes, mostra de forma clara como o rei lidava, não somente com o profeta, mas principalmente com a Palavra de Deus (Jr 36.1-32).
    Aproveitando o grande número de pessoas em torno do Templo, por causa da convocação de um jejum, sob a orientação divina, Jeremias, que estava impedido de ir à Casa do Senhor, ditou a mensagem ao escriba Baruque lhe dando a missão de transmiti-la ao povo (Jr 36.5,6).
    A mensagem proclamada na Casa do Senhor repercutiu junto ao rei que, ao ouvi-la, cortou em pedaços o pergaminho e lançou-os no fogo (vv.22,23). De todos os erros de Jeoaquim, este, certamente, foi o mais grave, pois o texto informa que “não temeram, nem rasgaram as suas vestes o rei e todos os seus servos que ouviram todas aquelas palavras” (v.24).
    Além de rejeitar a palavra de Deus, o rei ordenou que o mensageiro fosse perseguido, entrando assim para a história como um dos reis que não deu ouvidos ao conselho de Deus pelo profeta (v.26).
  3. A rejeição da Palavra de Deus e as suas consequências. Rejeitar a Palavra de Deus é um ato de insubmissão e de rebeldia. Contudo, aceitá-la e submeter-se a ela é demonstração de amor ao Senhor (Jo 14.15,21,23,24). O rei Jeoaquim rejeitou a Palavra do Senhor, perseguiu o profeta e decidiu andar pelos seus próprios caminhos, como se vê na decisão que tomou em rebelar-se contra Nabucodonosor (II Rs 24.1), vindo a ser duramente punido (II Rs 24.2; Jr 35.11) e, na sua morte não foi honrado e nem por ele houve quem lamentasse (Jr 22.18,19; 36.30). Já o profeta que por ele foi perseguido, experimentou a proteção divina (Jr 36.26), e quanto à Palavra de Deus que Jeoaquim rejeitou, Jeremias ditou o mesmo conteúdo para que Baruque reescrevesse “e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes” (36.32).

III. ZEDEQUIAS: O REI DAS INCERTEZAS

  1. Quem foi o rei Zedequias. Joaquim reinou no lugar de Jeoaquim por apenas três meses e foi substituído por seu tio Matanias, que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia para Zedequias (II Rs 24.17). De acordo com o registro bíblico, Zedequias andou nos mesmos caminhos de Jeoaquim e “fez o que era mal aos olhos do Senhor” (II Rs 24.19) e o seu governo foi, ao que parece, a aplicação da ira de Deus contra Judá.
    Zedequias assumiu o trono de Judá aos vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos. Ele não se rendeu à vontade de Deus, nem aceitou a mensagem dEle por meio de Jeremias e, pela dureza de seu coração “não se converteu ao Senhor” (II Cr 36.11-13).
    Zedequias teve de amargar a experiência da última e mais trágica das invasões da Babilônia em Jerusalém, culminando com a sua destruição total conforme profetizado por Jeremias (Jr 34.1-6). Isso tudo porque, à semelhança de Jeoaquim, Zedequias não deu ouvidos à voz de Deus e padeceu de um grande mal.
  2. Zedequias, o rei das incertezas. Como se sabe, Zedequias era ainda bem jovem quando assumiu o reinado de Judá e, embora, segundo as Escrituras, tenha trilhado por caminhos que não agradaram a Deus, ele consultou Jeremias por algumas vezes (Jr 21.1-7; 37.3,17-21; 38.7-28), o que demonstra, em alguma medida, um certo interesse por tentar andar pelo caminho correto. Há duas situações por meio das quais é possível notar a fraqueza deste rei: a primeira é que não tinha forças suficientes para liderar os oficiais de seu governo (Jr 38.5) e a segunda é que não tinha medo da opinião popular (Jr 19; 24).
    Definitivamente, o reino de Zedequias foi marcado por incertezas advindas de sua fraqueza pessoal, como se vê no episódio em que o profeta o aconselha a entregar-se ao governo de Babilônia, como sinal de humilhação e aceitação da disciplina de Deus. No entanto, ainda que por um momento ele tenha pensado em cumprir a ordem divina, todavia, por causa de suas preocupações com os de fora, optou por ir contra a vontade divina (Jr 38.14-23). Zedequias, portanto, foi um rei que sofreu os danos, e ainda submeteu uma nação inteira à vergonha e à destruição, por causa de sua fraqueza, demonstrada na incerteza em relação a aceitar e obedecer a Palavra de Deus.
  3. A incerteza de um rei e as suas consequências. Uma das qualidades que Deus requer daqueles que lideram sobre o seu povo é “força e coragem” como se vê em suas palavras quando Josué recebeu a incumbência de substituir Moisés (Js 1.9). Estas qualidades são encontradas em Gideão, aliás, elas lhes renderam o elogio que recebeu do próprio Senhor (Jz 6.12,14). Ao contrário disso, o rei Zedequias teve em sua fraqueza a raiz de todos os males em sua trajetória, pois dela resultou a sua incerteza nos momentos nos quais ele teve de tomar decisões importantes. Ele não se submeteu à mensagem de Deus transmitida por meio do profeta Jeremias. Como consequência, o juízo de Deus se manifestou, permitindo que o rei da Babilônia matasse os seus filhos à sua vista, lhe tirasse os seus olhos e destruísse as casas de seu povo e a própria Jerusalém (Jr 39.6-8).
    Não ouvir os conselhos de Deus por meio de Jeremias custou caro a Zedequias.

CONCLUSÃO

Ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles é ter a garantia de uma vida protegida pelo Senhor. Por outro lado, rejeitá-los, à semelhança de Jeoaquim e de Zedequias, é uma escolha insensata, arriscada e perigosa.
Vimos nesta lição que o princípio da obediência aos conselhos de Deus serve para todos indistintamente, e que este é o caminho para uma vida longa, sossegada e abençoada.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

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