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E.B.D

Conselhos para uma vida autêntica

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 221 – 1º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 13 – 30 de março de 2025

TEXTO PRINCIPAL

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” (I Jo 1.9).

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Sl 50.15
Deus nos ouve no dia da angústia
Terça-feira – Sl 103.3
O Senhor é quem nos perdoa e cura
Quarta-feira – Is 53.5
Pelas suas pisaduras somos sarados
Quinta-feira – Lc 17.19
A fé que salva
Sexta-feira – Jo 14.13,14
Pedir em nome de Jesus
Sábado – I Pe 2.24
Viver para a justiça

TEXTO BÍBLICO

Tiago 5

13 Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor.
15 E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.
17 Elias era um homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.
18 E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
19 Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converte.
20 Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.

INTRODUÇÃO

Chegamos à última lição do trimestre. Foram lições em que estudamos a Carta de Tiago, conhecida por seu caráter prático, com orientações para uma vida cristã autêntica. Nos versículos finais (5.13- 20). Tiago oferece conselhos valiosos a respeito de importantes temas, como por exemplo: oração, confissão e restauração. Vamos concluir nosso estudo abordando três pontos relevantes para a vida cristã frutífera: a importância da oração, o poder da confissão e a restauração em Deus.

I. A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO

1- A oração. Tiago deixa claro que a oração é uma resposta adequada para todas as situações da vida, sejam de aflição, sejam alegria ou doença. Sabemos que a oração, como expressão de fé e dependência de Deus, deve ser a nossa primeira ação em qualquer circunstância, demonstrando nossa confiança em sua soberania e cuidado. A oração nos ajuda a manter uma conexão com Deus, permitindo que Ele intervenha e nos guie em todas as áreas da nossa vida. Quando oramos, abrimos espaço para que Deus opere em nós e por nosso intermédio. A prática regular da oração reflete uma vida centrada em Deus. Ao que tudo indica. Tiago foi um homem que orava, pois foi um dos primeiros líderes da igreja em Jerusalém (Mt 13.55: Mc 6.3: At 12.17). A palavra “doente” no versículo 14 tem o sentido de fraco ou frágil No Novo Testamento, esta palavra é utilizada muitas vezes para se referir às doenças físicas, tais como Lucas 4.40, mas também é usada para se referir a “enfermo na fé” (Rm 14.1).
2- Oração da fé. O versículo 15 destaca o poder da oração da fé: “E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará: e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” Toda oração deve ser feita com fé, crendo no poder de Deus, seja para curar, seja para libertar, perdoar etc. A oração da fé torna-se eficaz porque se baseia na confiança nas promessas de Deus e na sua capacidade de operar milagres. Além disso, a oração da fé nos desafia a olhar além das circunstâncias imediatas e a confiar no poder de Deus para realizar o impossível. Essa confiança não é baseada em nossos méritos, mas na fidelidade de Deus. Quando oramos com fé e alinhamos nosso coração com a vontade de Deus, Ele nos responde e, por sua misericórdia, nos concede aquilo que necessitamos.
3- Oração pelo próximo. Tiago enfatiza a importância de orarmos uns pelos outros (v. 16), pois a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. A oração em favor do próximo promove a comunhão, revela amor e nos leva a experimentarmos a presença de Deus de maneira mais poderosa. O propósito de orar uns pelos outros também é de ajudar a carregar os fardos uns dos outros, fortalecendo os laços fraternos. O momento de oração em um culto é uma expressão de unidade e cooperação, refletindo a interdependência do Corpo de Cristo.

II. O PODER DA CONFISSÃO

1- Confissão de pecados. A confissão de pecados é um passo decisivo para a cura e a restauração (v. 16). Reconhecer e confessar nossos pecados traz o perdão divino e restauração física, emocional e espiritual. A confissão nos liberta do peso da culpa e do pecado, permitindo-nos experimentar a graça e o perdão de Deus. A confissão, seja ela pública ou privada, cria um ambiente de responsabilidade e apoio dentro da comunidade cristã. Quando confessamos nossos pecados, primeiramente a Deus e depois a um crente maduro em quem confiamos, ou a um líder, abrimos espaço para a restauração espiritual. A confissão é um ato de coragem e humildade que nos leva a uma maior intimidade com Deus e com os outros (I Jo 1.9).
2- Cura espiritual e física. A confissão não apenas alivia a carga espiritual, mas também pode trazer a cura física (v. 16). Quando confessamos nossos pecados e oramos uns pelos outros, ativamos o poder de cura de Deus em nossas vidas, tanto no plano espiritual quanto no físico. A cura resultante da confissão e da oração reflete a interconexão entre nosso bem-estar espiritual e físico. O pecado e a culpa podem causar doenças espirituais, emocionais e físicas, mas a contrição, a confissão e o arrependimento trazem alívio e restauração para o espírito, alma e corpo. A prática regular da confissão e da oração na igreja nos ajuda a manter uma vida saudável e equilibrada, livre do peso do pecado e aberta à intervenção curativa de Deus. É necessário ressaltar que, diferentemente da Igreja Romana, onde a confissão ao sacerdote constitui uma parte essencial do sacramento, não acreditamos que outro ser humano possua autoridade para absolver de pecados confessados. Somente Deus (e ninguém mais), por meio do sacrifício de Jesus na cruz, mediante a fé, pode perdoar pecados: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1.9).
3- O exemplo de Elias. Tiago usa o exemplo de Elias para ilustrar o poder da oração sincera e eficaz (vv. 17,18). Elias, um homem comum, alcançou resultados extraordinários por meio da oração fervorosa, encorajando-nos a fazer o mesmo. O exemplo de Elias nos mostra que a eficácia da oração não depende de nossa perfeição, mas da nossa fé e persistência. Mesmo sendo um ser humano sujeito a falhas e fraquezas, Elias confiou no poder de Deus e viu grandes milagres acontecerem. Sua vida nos desafia a orar com fervor e a confiar que Deus pode operar maravilhas por intermédio de nossas orações, independentemente de nossas limitações humanas. Podemos ver, pelo exemplo da vida de Elias, que a fidelidade é um atributo de quem tem fé, e que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Fidelidade torna-se, então, a qualidade de quem é cheio de fé. A proposta de Deus para nossa vida é vivê-la cheia de fé, que, por sua vez, nos levará a uma vida de fidelidade aos princípios do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo. Viver os princípios do Evangelho não nos garante imunidade de problemas na vida, mas garante-nos a companhia ajudadora de Jesus todos os dias de nossas vidas (Mt 28.20).

III. A RESPONSABILIDADE DA RESTAURAÇÃO

1- A busca dos que se afastaram. No versículo 19. Tiago exorta os crentes a buscarem aqueles que se desviaram da verdade. Primar pelas verdades doutrinárias e cuidar daqueles que se desviaram dos caminhos do Senhor é uma das responsabilidades da Igreja de Cristo. A busca por estes demonstra amor e compromisso com o Evangelho de Cristo, refletindo o coração do Bom Pastor que deseja trazer de volta às ovelhas perdidas. A busca por aqueles que se desviaram exige compaixão e oração para ajudá-los a retornarem à fé. A responsabilidade com a restauração dos desviados revela a importância de viver em unidade e estar ligado ao Corpo de Cristo.
2- A restauração dos que se desviaram. Buscar e ajudar alguém que, por algum motivo, se afastou da comunhão é uma ação que tem implicações eternas (v. 20). A responsabilidade de buscar e restaurar os desviados é de todos os membros da igreja e não somente dos pastores e líderes. O ato de ajudar na restauração da vida espiritual de pessoas têm um impacto profundo no presente e na eternidade. Cada pessoa restaurada fortalece a unidade do Corpo de Cristo, promovendo o crescimento espiritual de todos. Quando nos empenhamos em ajudar os irmãos na fé, demonstramos o amor redentor de Cristo, estamos contribuindo para o avanço do Reino de Deus. A responsabilidade da restauração é uma expressão do nosso compromisso com a Grande Comissão e com a missão de reconciliar os homens com Deus.
3- A responsabilidade da igreja. Cada membro do Corpo de Cristo tem o dever de apoiar e encorajar os outros, promovendo um ambiente de amor e cuidado mútuo. Fazer parte da Igreja, do Corpo de Cristo, nos permite crescer juntos na fé, compartilhar nossas lutas e vitórias, e apoiar uns aos outros em nossa jornada espiritual. Além disso, viver em unidade na Igreja de Cristo nos ajuda a desenvolver um senso de pertencimento. Quando nos envolvemos ativamente na igreja local, contribuímos para a saúde e o bem-estar espiritual de todos os seus membros. A Igreja é o Corpo de Cristo, onde cada membro tem um papel vital a desempenhar e, juntos, podemos cumprir a missão de Deus de maneira mais eficaz.

CONCLUSÃO

Os conselhos finais da Carta de Tiago oferecem uma visão clara e prática de como viver uma vida cristã autêntica. A oração, em todas as circunstâncias, a confissão sincera e a responsabilidade de restaurar os desviados são pilares essenciais para uma fé viva e genuína. Tiago nos chama a cultivar uma vida de oração fervorosa, promover a cura através da confissão e exercer um cuidado ativo uns pelos outros. Ao seguirmos esses conselhos, refletimos a verdadeira autenticidade cristã, vivendo de acordo com os ensinamentos de Cristo e impactando positivamente a nossa igreja. Que possamos, com a graça de Deus, incorporar esses princípios em nossas vidas, testemunhando o poder transformador da fé autêntica.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

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