Adultos - Betel
A Triunidade divina: O Pai e o Filho em perfeita harmonia eterna
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 293 – 3º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 09 – 31 de agosto de 2025
TEXTO ÁUREO
“E quem me vê a mim vê aquele que me enviou”, João 12.45.
VERDADE APLICADA
Jesus Cristo é a plena e definitiva revelação do Pai.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
João 5
19. Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
20. Porque o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.
22. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo.
23. Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.
26. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.
27. E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Jo 1.18
Jesus Cristo, o Eterno.
Terça-feira – Mt 3.17
Jesus é o Filho de Deus.
Quarta-feira – Jo 5.18
O Filho e o Pai são iguais.
Quinta-feira – Lc 22.70
Jesus se declara o Filho de Deus.
Sexta-feira – I Jo 5.10
Negar o Filho é negar o Pai.
Sábado – Jo 5.30
O Pai enviou o Filho
INTRODUÇÃO
O Evangelho de João relata fatos que mostram o Deus Pai na vida do Deus Filho (Jo 5.19). O próprio Jesus descreve que ver o Filho era como ver o Pai (Jo 14.9). Paulo escreve que, através do Filho, o Pai visitou o Seu povo (Gl 4.4,5). Nessa perspectiva, Jesus é a revelação plena e definitiva do Pai (Mt 11.27).
I – O AMOR DO PAI É VISTO NO FILHO
O Filho de Deus possui a mesma natureza e essência de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo 3.16. Este versículo admirável aponta para a dimensão do Amor de Deus por nossa vida. Somente por Jesus podemos receber a adoção como filhos de Deus (Gl 3.26). João, em sua primeira carta, diz que o amor do Pai por nós é tão grande que somos chamados de filhos de Deus, e nós somos de fato Seus filhos (I Jo 3.1).
1. O Filho Unigênito de Deus. Unigênito ou filho único. O Filho Unigênito de Deus provém de Deus Pai, de Quem tem a mesma natureza (Jo 1.14). O termo aparece algumas vezes nos escritos de João, todas elas relacionadas a Jesus (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9), e ressalta a Sua divindade. O Apóstolo Paulo descreve Cristo como o primogênito de toda a criação (Cl 1.15). Sendo assim, o unigênito aqui não nos conduz à ideia de geração, mas de natureza e caráter. O Unigênito de Deus tem familiaridade única com o Pai. Jesus, como o Filho de Deus, é Eterno (Cl 1.15-17), por isso Isaías O chama de Pai da Eternidade (Is 9.6).
2. A vontade do Filho é a mesma do Pai. Como implicação da importância da unidade entre o Pai e o Filho, observamos a integração de interesses e causas. Vejamos o que Jesus disse a esse respeito: “(…) o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente”, Jo 5.19. Jesus assim falou em razão da opinião que os judeus tinham a respeito dEle (Jo 5.16-18). O foco narrativo de Cristo nos faz ver que Ele não fazia nada contra a própria vontade porque a vontade do Filho é a mesma do Pai. O Filho, em certa ocasião, fez uma declaração que fortalece essa verdade: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; (…) porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai, que me enviou”; Jo 5.30.
3. O Filho foi enviado para fazer as Obras do Pai. O Filho foi enviado para nos revelar a vontade do Pai: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar”; Jo 9.4. Jesus jamais teve vaidade em Seu coração; Ele tinha o entendimento de que as Suas obras eram as obras do Pai (Fp 2.5,6). O Filho de Deus nos ensina a nos empenhar em promover os interesses do Pai e, assim como Ele, ter a convicção de que não podemos fazer nada de nós mesmo (Jo 5.30). Devemos nos sujeitar ao Pai, buscando reconhecer a vontade dEle para nossa vida.
II – O FILHO REVELA O PAI
João revela que o Verbo tornou Deus conhecido (Jo 1.18). Jesus disse que ninguém sabe quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o Filho e aqueles a quem Ele quiser mostrar o Pai (Mt 11.27).
1. O Filho de Deus na Criação. Logo no início do Evangelho de João, lemos que todas as coisas foram feitas pelo Verbo e, sem Ele, nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). O autor da Carta aos Hebreus corrobora com esse pensamento ao dizer que foi mediante Cristo, a Quem constituiu herdeiro de tudo, que Deus criou o Universo e fez o mundo (Hb 1.2). João Batista afirmou que Jesus já existia antes dele, mesmo ele tendo nascido antes de Jesus (Jo 1.15), dando a entender que Jesus já existia eternamente como Deus. Sob esta perspectiva, Jesus é o próprio Deus Criador, que habitou entre nós (Jo 1.14).
2. O Filho de Deus é Divino. A mente limitada e mortal do ser humano não é capaz de compreender o grande segredo da cristologia quando João diz que o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). O Pai e o Filho aparecem na Bíblia no mesmo grau de divindade (Gl 1.1; I Tm 6.13; II Tm 4.1). Essas revelações evidenciam que o Pai e o Filho são o mesmo Deus e têm a mesma autoridade; todavia, são distintos como Pessoas e nas manifestações, não em poder e esplendor.
3. O Filho de Deus é eterno. A expressão “Filho de Deus’; nas Escrituras, indica claramente a natureza divina de Jesus, que sempre existiu, sendo reconhecidamente o Pai da Eternidade (Is 9.6). Deus Pai identifica Jesus como Seu Filho (Mc 1.11). Como João registra em seu Evangelho: o Verbo Eterno, o Filho Unigênito de Deus, participou da natureza humana, mas sem pecado (Jo 1.14). O próprio Senhor Jesus, na oração registrada em João 17, menciona Sua comunhão com o Pai “antes que o mundo existisse” (Jo 17.5,24).
III – PAI E FILHO SÃO IGUAIS
Quando o Senhor Jesus declarou “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30), os judeus queriam apedrejá-Lo. Foi uma declaração impactante. O versículo 33 diz que os judeus estavam revoltados, pois Jesus estava se apresentando como Deus. Jesus já tinha feito outras declarações (Jo 5.18,23). As Escrituras revelam que o Pai e o Filho possuem os mesmos atributos.
1. O Filho de Deus é Onipotente. O Filho veio ao mundo em forma humana para revelar o Pai (Jo 1.14-18). Jesus pode todas as coisas, de maneira completa e plena (Jo 1.51). Assim como o Pai, o Filho tem todo o poder em Suas mãos (Jo 1.14). o Filho tem o mesmo poder do Pai, já que Ele é Deus. No Livro do Apocalipse, João escreveu: “(…) e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno”, Ap 1.18. A relação harmoniosa e amorosa entre o Pai e o Filho fez com que o Pai entregasse todas as coisas nas mãos do Filho (Jo 3.35). Jesus tem poder para libertar da ignorância espiritual (Jo 8.32, 36), oferecer perdão aos pecadores (Jo 4.25-30; 8.3-11) e curar os doentes (Jo 4.50-51; 5.6-8; 9.6-7).
2. O Filho de Deus é Onipresente. Quando falamos que o Filho de Deus é Onipresente, estamos nos referindo ao poder de estar em todos os lugares ao mesmo tempo, assim como o Pai (Jo 20.19). O Filho de Deus vai além dos limites dos seres humanos, como afirma Myer Pearlman: “Imensidade é a presença de Deus em relação ao espaço, enquanto onipresença é Sua presença em relação às criaturas”. Jesus garantiu que onde estivessem dois ou três reunidos em Seu nome, ali Ele estaria (Mt 18.20). Jesus estava dizendo que, assim como Pai, o Seu poder não está limitado ao espaço geográfico. Ele está presente em todos os lugares (Jo 4.48-53; Mt 28.20).
3. O Filho de Deus é Onisciente. A Onisciência do Filho de Deus O faz conhecedor de todas as coisas. Vemos isso quando Jesus revelou a Natanael que o viu embaixo de uma árvore (Jo 1.48) e quando falou à mulher samaritana que o homem com quem ela se relacionava não era seu marido (Jo 4.16-18). Jesus também sabia até o lado do barco de Pedro e seus amigos que tinha peixes (Jo 21.6). Como disse Paulo, em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2.3).
CONCLUSÃO
O Pai e o Filho são iguais em essência, poder e glória (Jo 10.30). O Filho veio do Pai e retornou a Ele (Jo 16.28), demonstrando a relação eterna e inseparável entre ambos. Embora sejam Pessoas distintas dentro da Trindade, possuem a mesma natureza divina e operam em perfeita unidade. A missão do Filho foi tornar visível o Pai ao mundo, ensinando, curando e manifestando Seu amor e justiça, cumprindo assim o Plano Divino de Salvação.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel