Adultos - Betel
O cuidado e apoio aos obreiros: um pilar essencial para a expansão do Reino de Deus
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 275 – 2º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 04 – 27 de abril de 2025
TEXTO ÁUREO
“Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho” I Coríntios 9.14.
VERDADE APLICADA
De acordo com as Escrituras, cada membro do Corpo de Cristo é responsável pelo cuidado e sustento dos obreiros fiéis no exercício do ministério cristão.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
I Coríntios 9
3 Esta é a minha defesa para com os que me condenam.
4 Não temos nós direito de comer e de beber?
7 Quem jamais milita à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta o gado e não come do leite do gado?
12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes, suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.
13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar participam do altar?
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – I Cr 29.9
A alegria do povo em ofertar a Deus.
Terça-feira – Sl 37.17
O Senhor sustenta os justos.
Quarta-feira – Pv 11.25
A alma generosa prosperará.
Quinta-feira – I Tm 5.18
Digno é o obreiro do seu salário.
Sexta-feira – Hb 13.5
Devemos fugir da avareza.
Sábado – Hb 13.7
Devemos honrar nossos líderes.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, abordaremos os princípios bíblicos envolvidos no sustento dos obreiros cristãos e a responsabilidade dos membros do Corpo de Cristo, analisando alguns relatos bíblicos sobre o sustento dos sacerdotes, levitas e profetas nos tempos do AT.
I – O CUIDADO DE DEUS COM OS OBREIROS
Deus vocacionou alguns homens ao sacerdócio para que cuidassem do Tabernáculo e fossem Seus mediadores junto ao povo (Nm 18.9). Devido a essas responsabilidades, Deus passou a cuidar do sacerdote e de sua família (Nm 18.8).
1. O cuidado de Deus com os sacerdotes. Deus separou homens para o sacerdócio, garantindo o seu sustento; e ainda escolheu levitas para o trabalho no Tabernáculo, cuidando do sustento deles também (Nm 18.18, 21-28; Dt 14.27-29). Esse cuidado com os obreiros revela o zelo do Senhor com Sua Obra. Os escolhidos deveriam se empenhar no serviço no Tabernáculo, mantendo as coisas de Deus organizadas e se consagrando ao serviço sagrado (Êx 28.1). Deus esperava atenção integral ao serviço em Sua Casa, pois isso garantiria a excelência do culto ao Senhor. Para desempenhar com zelo essa missão, os levitas seriam recompensados pelo ministério que exerciam na tenda da congregação (Nm 18.21).
2. A oferta e os sacerdotes. Deus mandou que as ofertas de manjares fossem entregues nas mãos dos filhos de Arão (Lv 2.2). Quando o ofertante apresentava sua oferta, o sacerdote tinha o direito de ficar com parte dela, queimando incenso sobre o altar como cheiro suave ao Senhor. Para comer da oferta, era imprescindível ter uma vida santa. Segundo a Bíblia de Estudo Wiersbe, “quando alguém da família sacerdotal fosse comer dos sacrifícios dados a Deus, era necessário se purificar cerimonialmente e tratar o alimento com reverência: ele havia sido santificado ao ser apresentado a Deus”.
3. A responsabilidade dos obreiros com as ofertas. As ofertas para os sacerdotes deviam seguir o que foi estabelecido por Deus: “E o que sobejar (…)”, Lv 2.3. Por isso, competia aos sacerdotes cuidar para que as ofertas não fossem profanadas, como fizeram Nadabe e Abiú, filhos de Arão (Lv 10.2). A maneira como esses dois sacerdotes trataram as coisas de Deus demonstra rebelião, um pecado comparado à feitiçaria. A vocação dada pelo Senhor é uma honra que traz consigo grande responsabilidade, por isso não deve ser negligenciada. Nadabe e Abiú não honraram o seu ministério, tratando as coisas do Senhor como algo secundário e sem importância, apesar de todos os privilégios de que desfrutavam junto à congregação de Israel.
II – DANDO HONRA AOS OBREIROS
É válido o obreiro receber auxílio da igreja à qual serve. Tomemos como referencial o que disse o Apóstolo Paulo à igreja em Corinto: “Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho”, I Co 9.14.
1. O obreiro é digno do seu salário. Deus se agrada de abençoar Seus filhos, por isso devemos ser igualmente abençoados. Deus é abundante em graça (II Co 9.8) e nos ensina a reconhecer o trabalho de nossos líderes (I Ts 5.12). Ele nos chama para abençoar Seus obreiros porque, quando abençoamos, somos abençoados (Pv 11.25).
2. Honrando os obreiros que se empenham na Obra de Deus. No ΑΤ, ο povo abençoava os sacerdotes com suas ofertas (Lv 2.2). Hoje, apesar das recomendações bíblicas sobre o assunto, muitos crentes se opõem a essa ordenança. Talvez isso aconteça por falta de conhecimento das Escrituras ou pelo declínio ético que tem invadido muitos ministérios. Frente a isso, é oportuno buscar entendimento nos textos que tratam da manutenção dos obreiros de Deus, como: I Timóteo 5.17,18; I Coríntios 9.4-11; II Coríntios 11.8; Gálatas 6.6; I Pedro 5.2. Essas passagens abordam a importância do sustento pastoral, fato que está ligado à saúde espiritual da Igreja e de seus líderes.
3. Cuidar dos obreiros é um compromisso de fé. Faz parte da vida cristã honrar e respeitar os obreiros da Casa de Deus. O pastor é a autoridade estabelecida por Deus como guia ministerial e profético da igreja. Esse é um compromisso sério, diante de Deus e dos homens, pois está diretamente ligado à orientação dada às ovelhas, ao rebanho do Senhor (I Pe 4.10). Como orientou o Apóstolo Paulo a Timóteo: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina”, I Tm 5.17.
III – O SENHOR SUSTENTA OS SEUS
O profeta Elias experimentou o cuidado de Deus, que o sustentou em momentos de muita adversidade (I Rs 17.5-15). Ele aceitou o cuidado de Deus, a Quem submeteu sua vida, recebendo o necessário para continuar na caminhada que lhe havia sido proposta.
1. O sustento de Deus ao Seu ungido. Elias desafiou o poderio do rei Acabe e de sua esposa, Jezabel, por isso o profeta teve a vida ameaçada (I Rs 19.1,2). Elias, porém, servia a Deus com zelo, e Deus sustentou a vida do Seu ungido de maneira admirável (Mt 10.29-31) em três ocasiões. Na primeira delas, Elias estava junto ao riacho de Querite, onde os corvos lhe entregavam pão e carne pela manhã e à tarde, e ele bebia a água do riacho (I Rs 17.5,6). Num segundo momento, mesmo em tempos de crise, Deus usou uma viúva de poucos recursos para sustentar o profeta (I Rs 17.9). Por fim, em outra ocasião adversa, um anjo do Senhor provisionou o que Elias precisava duas vezes (I Rs 19.7).
2. Deus prepara socorro aos Seus servos. Obadias, administrador encarregado pelo palácio de Acabe e Jezabel (I Rs 18.3-16), muito temia ao Senhor. Mesmo vivendo no reino do Norte, um ambiente inóspito e de fome extrema, Obadias foi usado para alimentar e esconder cem profetas de Deus para que eles não fossem mortos por Jezabel, a rainha idólatra (I Rs 18.13). A escassez de pão e água certamente foi um desafio para Obadias, que conseguiu sustentar os cem profetas sem ser notado. Esse fato nos leva a crer que Obadias também foi sustentado pelo Senhor durante o tempo em que colocou a própria vida em risco para cuidar daqueles homens de Deus.
3. O cuidado de Deus com Seu ungido. Quando o profeta falava em nome de Deus, era como se o próprio Deus estivesse falando pela boca do homem (Ez 12.1; 13.1; 22.1, 17; 27.1; 28.20; 36.16; Jr 13.8; 24.4; Zc 8.1). Quando ia a Suném, o profeta Eliseu era alimentado por uma mulher rica, em cuja casa não faltava pão (II Rs 4.8). Ela teve uma boa impressão de Eliseu ao observar seu comportamento (II Rs 4.9), e Deus a moveu a mostrar bondade e generosidade ao profeta. Assim, ela pediu ao marido que construísse um pequeno quarto na casa, onde o profeta poderia descansar quando estivesse na cidade (II Rs 4.10).
CONCLUSÃO
Deus não deixa Seus obreiros sem provisão. Ele lhes envia os recursos necessários, levantando pessoas para alimentar e abrigar aqueles que se empenham pelo Reino.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel