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Adultos - Betel

O avivamento da rua Azusa – O fogo pentecostal se espalhou pelo mundo

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 279 – 2º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 08 – 25 de maio de 2025

TEXTO ÁUREO

“E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração.” Jeremias 29.13

VERDADE APLICADA

É preciso clamar ao Senhor por um avivamento espiritual que resulte em renovação e transformação, para a glória de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Joel 2

28 E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões.
29 E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito.
30 E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue, e fogo, e colunas de fumaça.
31 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Lc 24.49
A promessa é para todos os crentes.
Terça-feira – Jo 14.17
O Espírito da verdade está em nós.
Quarta-feira – At 1.4
Jesus confirmou a promessa do Pai.
Quinta-feira – At 13.2
O Espírito nos comissiona para a obra.
Sexta-feira – At 20.23
O Espírito Santo revela.
Sábado – Rm 8.16
O Espírito testifica que somos filhos de Deus.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos aspectos relevantes da forte conexão entre o Movimento Pentecostal e as ações de Charles Parham e William Seymour, além dos eventos ocorridos na Escola Bíblica em Topeka e nos cultos na Rua Azusa. Que o Espírito Santo nos conduza em tão edificante estudo e opere em nós o anseio por receber mais do Senhor.

I – A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA BÍBLICA EM TOPEKA

Dando continuidade ao estudo dos movimentos de renovação da Igreja, veremos que, para um entendimento adequado do Avivamento Pentecostal no século XX, é fundamental conhecer um pouco da contribuição de Charles F. Parham e sua Escola Bíblica Betel em Topeka, Kansas, para o que posteriormente ocorreria na Rua Azusa, Los Angeles, Califórnia, em 1906.

1. O estudo do batismo no Espírito baseado no Livro de Atos. Parham era pastor em Topeka, onde administrava o Instituto Bíblico Bethel College, na cidade de Topeka, no Kansas, EUA. Nesse ambiente, em janeiro de 1901, a senhora Agnes N. Ozman foi batizada com o Espírito Santo, com a evidência física de falar em outras línguas, conforme em Atos 2.4. O ano de 1901 é considerado o ano inicial do movimento pentecostal moderno; pois, a partir desse avivamento, a chama pentecostal se espalharia pelo mundo. Conscientes da importância de Charles Fox Parham, alguns estudiosos o consideram um instrumento fundamental na formação do pentecostalismo.
2. A glossolalia e o reavivamento. Estudando as Escrituras, Parham teve o entendimento de que o regresso de Cristo seria precedido por um reavivamento mundial, por meio da ação direta do Espírito Santo. Ele, então, passou a ensinar que essa ação do Espírito é o batismo no Espírito Santo, uma experiência distinta e separada da conversão; portanto, assim como ocorreu em Atos 2, o falar em línguas é a evidência inicial do batismo no Espírito Santo. Diante disso, tendo em conta suas pregações intensas em defesa da glossolalia, muitos teólogos consideram Parham como o “primeiro a desenvolver o argumento teológico de que as línguas são sempre a evidência inicial de que uma pessoa recebeu o batismo com o Espírito Santo” (SYNAN, 2009, p. 65).
3. A relevância na construção do Movimento Pentecostal. Como vimos nas lições anteriores, o final do século XIX foi marcado por grande expectativa e anseio de um novo avivamento espiritual para o povo de Deus. Hyatt (2021, p. 172) escreveu que “o século 20 alvoreceu com muitos andando na ponta dos pés, como se estivessem na expectativa do que Deus estava prestes a fazer” É certo que, na Inglaterra, Irving (vide Lição 07) já defendia que a glossolalia é um sinal do batismo no Espírito Santo. Há registros históricos de pessoas que falaram em línguas como fruto de profunda experiência com Deus, em diferentes partes do mundo, bem antes do ocorrido no início de 1901. Como exemplo, podemos citar uma antiga obra de Emílio Conde sobre o Derramamento Pentecostal na História. Contudo, foi Parham que, além da formulação da doutrina da evidência inicial, “cunhou os nomes mais tradicionais aplicados ao moderno pentecostalismo; entre eles, “movimento pentecostal” e “movimento da fé apostólica” Ele ainda fundou o periódico Fé Apostólica, que se tornou um modelo para os jornais de linha pentecostal (SYNAN, 2009, p.67).

II – A IMPORTÂNCIA DE WILLIAM SEYMOUR

William Joseph Seymour teve grande importância na história do Movimento Pentecostal. Tendo sido um dos alunos de Parham na escola bíblica em Houston, Texas, em 1905, Seymour recebeu como bíblicos os ensinamentos sobre o batismo no Espírito Santo, tendo como evidência o falar em línguas. Em 1906, após cinco semanas na escola bíblica, ele foi para Los Angeles. O seu primeiro sermão foi baseado em Atos 2.4.

1 Uma história de fé e coragem. William Joseph Seymour era um homem simples e, segundo os registros, livre de vaidades. Vindo de uma família de escravos alforriados, Seymour não recebeu uma educação de qualidade. Entretanto, mesmo com pouco estudo e cego de uma das vistas devido à varíola, Seymour não se furtou de buscar os ensinamentos das Escrituras para se aproximar de Deus. Como as leis do apartheid não permitiam que pessoas negras frequentassem a mesma sala de aula dos alunos brancos, Seymour assistia às aulas do lado de fora da sala, no Instituto fundado por Charles Fox Parham.
2. Uma história de superação. Os pais de Seymour, Simon Seymour e Phillis Salabar, nasceram escravos. Mesmo cego de uma vista devido às complicações da varíola, Seymour não desistiu de seus ideais. As circunstâncias da vida fizeram com que ele vivesse seus primeiros anos em extrema pobreza, além de conviver com a tirania e o extremismo da reconstrução sulista. Naquele momento, a Ku Klux Klan apavorava o sudeste do estado da Louisiana.
3. Um líder pentecostal. William Seymour é considerado uma das figuras religiosas mais importantes do século XX. Um exemplo de fé, vida de oração, anseio por receber mais de Deus e perseverança num contexto histórico de segregação racial, rejeição e incompreensões. Como registrou Synan (2009, p. 67), Seymour estava destinado a ser usado na condução do avivamento da Rua Azusa e, assim, tornar-se uma figura proeminente do avivamento mundial.

III – A IMPORTÂNCIA DA RUA AZUSA

Foi na emblemática Rua Azusa que se deu início ao avivamento que os teólogos atuais apontam como o epicentro da expansão global do pentecostalismo no século XX.

1. Um lugar que entraria para história. Após as pregações movidas pelo Espírito Santo e o derramamento do Espírito sobre os irmãos, Seymour se viu na obrigação de encontrar um novo espaço para as reuniões de oração e a busca pelo batismo com o Espírito Santo. Isso fez com que ele alugasse um prédio desocupado de dois andares na rua Azusa, 312, no centro de Los Angeles. Segundo relatos, o local já havia sido templo da Igreja Episcopal Metodista Africana. Um dos irmãos que esteve presente no início do avivamento da Rua Azusa, Frank Bartleman, disse: “O irmão Seymour normalmente se sentava atrás de duas caixas de sapato vazias, uma em cima da outra. Ele costumava manter a cabeça dentro da caixa de cima, em oração, durante a reunião. Não havia nenhum orgulho lá: (…) edifício antigo, com vigas baixas e assoalhos desencapados (…)”.
2. O acontecimento na rua Azusa. Em uma “construção capenga”, segundo um periódico da época, localizada no centro de Los Angeles, na rua Azusa, 312, houve um grande despertar do Espírito Santo (Jr 29.13). Na visão de muitos teólogos pentecostais, foi naquele prédio que aconteceu o grande avivamento que abalaria a estrutura da Igreja de Cristo. Esse novo despertar pentecostal atraiu milhares de pessoas de Los Angeles e cidades vizinhas, despertando o interesse pela busca do batismo com o Espírito Santo. Esse acontecimento ficaria conhecido como o Avivamento da Rua Azusa.
3. O fogo cai em Azusa. O avivamento da rua Azusa aconteceu devido a um autêntico derramamento do Espírito Santo. Houve uma atuação transformadora no espírito dos irmãos que se reuniam na rua Azusa para clamar pelo batismo com o Espírito Santo. Ali foi o núcleo irradiador do avivamento que invadiu todo o mundo.

CONCLUSÃO

O avivamento da Rua Azusa abalou a estrutura da Igreja, por isso é preciso pedir ao Espírito que opere em nós o anseio por receber mais de Deus, a humildade para não sermos dominados pela soberba, o discernimento para não sermos confundidos e a consciência de que “dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém’; Rm 11.36.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

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