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Adultos - Betel

Jesus e a mulher adúltera. A manifestação da graça em meio à condenação

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 292 – 3º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 08 – 24 de agosto de 2025

TEXTO ÁUREO

“(…) Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?”, João 8.10.

VERDADE APLICADA

Perdoar uns aos outros como fomos perdoados por Deus em Cristo é uma das marcas do verdadeiro cristão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

João 8

  1. E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
  2. E, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
  3. Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
  4. E, como insistissem, perguntando-lhe endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
  5. E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
  6. E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Jo 8.7
Que não tem pecado atire a primeira pedra.
Terça-feira – I Jo 2.1
Jesus, nosso Advogado junto ao Pai.
Quarta-feira – Ap 12.10
Satanás nos acusa.
Quinta-feira – I Jo 1.7
O Sangue de Jesus nos purifica de todo pecado.
Sexta-feira – Ex 20.14
Não adulterarás.
Sábado – Pv 6.32,33
O adultério deixa cicatrizes profundas.

INTRODUÇÃO

Hoje, veremos um exemplo prático da verdade de que Deus enviou Seu Filho ao mundo para Salvação, não para condenação (Jo 3.17). A Obra da Redenção não diminui nem ignora a gravidade do pecado e a necessidade de castigo. Jesus Cristo, porém, levou sobre Si a culpa dos nossos pecados e, assim, não há condenação para os que vivem unidos a Ele (Rm 8.1; II Co 5.21).

I – O ADULTÉRIO: UM PECADO COM CONSEQUÊNCIAS E FERIDAS PROFUNDAS

O autor da Carta aos Hebreus nos diz que o adultério é pecado (Hb 13.4). Portanto, quem adultera se opõe à vontade de Deus (Pv 6.32). No AT, se um homem dormisse com a esposa de outro homem, ambos deveriam morrer para expurgar o mal de Israel (Dt 22.22). Ainda hoje, quem comete adultério peca diante dos homens e de Deus.

1. Reconhecendo o adultério. O adultério acontece quando um dos cônjuges se envolve em um relacionamento amoroso extraconjugal. Segundo a Bíblia de Estudo Plenitude (2009, p. 1184): “É uma relação sexual ilegal. É incompatível com as leis harmônicas da vida familiar no Reino de Deus; e, como viola o objetivo original de Deus no casamento, está sob o julgamento de Deus” João nos diz que o Mestre estava ensinando no Templo quando foi abordado pelos escribas e fariseus, que lhe trouxeram uma mulher surpreendida em adultério (Jo 8.2,4).
2. O adultério afronta o Criador. O Apóstolo Paulo nos ensina que o corpo do cristão é o “Templo do Espírito Santo”; portanto, deve ser preservado para a glória de Deus (I Co 6.19). O apóstolo é claro e oferece um alerta sobre o assunto: “Não erreis: nem os devassos, nem os idolatras, nem os adúlteros (…) herdarão o Reino de Deus”, I Co 6.10. Adulterar, portanto, é uma afronta grave a Deus, sendo um ato condenável tanto no AT quanto no NT (Êx 20.14; Dt 5.18; Rm 13.9; Gl 5.19). Para evitar o adultério, Jesus nos ensina a importância de guardarmos o coração, afirmando que: “qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela”; Mt 5.28.
3. O sexo foi criado por Deus. O plano de Deus para a sexualidade humana é proporcionar aos cônjuges estabilidade física e emocional (Ec 4.9-12). Quando os escribas e fariseus levaram a mulher pega em adultério a Jesus, eles justificaram aquela ação com um dos Mandamentos da Lei de Moisés: “Não adulterarás” (Êx 20.14; Dt 22.22). Quando Deus institui o casamento, ele assegura o relacionamento sexual entre o casal: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”; Gn 2.24.

II – PERDOADOR OU ACUSADOR? 

O Filho de Deus foi questionado por escribas e fariseus sobre o destino de uma mulher flagrada em adultério (Jo 8.3). Infelizmente, Satanás continua usando esse mesmo artifício hoje, até dentro das igrejas, ocasionando divisões devido às suas acusações (Rm 16.17).

1. A malícia dos acusadores. Os escribas e fariseus, maldosamente, levaram a mulher flagrada em adultério ao Templo onde Jesus ensinava (Jo 8.2-4). Aqueles homens questionaram o Mestre sobre o que deveria ser feito com a adúltera, já que a Lei Mosaica previa a morte por apedrejamento nesses casos (Jo 8.5). Obviamente, existia maldade na pergunta. Pois a lei estabelecia que não apenas a mulher deveria ser morta mas, também, o homem (Lv 20.10). Queriam pressionar Jesus diante do povo que ali estava. Se Ele concordasse com o apedrejamento, poderia ser acusado de ir contra as autoridades romanas ao aplicar a punição com morte sem considerar o processo romano. Caso perdoasse a mulher, Jesus estaria indo contra a Lei de Moisés (Jo 8.5), isto é, a mesma Lei que afirmava ter vindo para cumprir, não para destruir (Mt 5.17).
2. Jesus ignora os acusadores. Jesus sabia que, se tomasse alguma posição, isso poderia prejudicar Seu Ministério terreno. Então, de maneira inteligente, para que nem fosse acusado por seus inimigos perante Roma nem perante os sacerdotes, Ele disse: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”, Jo 8.7. No Livro do Apocalipse, João mostra que Satanás se ocupa com a prática de acusar os discípulos de Cristo: “(…) porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”, Ap 12.10.
3. O Advogado Fiel. Quando os acusadores chegaram com um problema a ser resolvido, Jesus os ignorou: Ele se inclinou e escrevia com o dedo na terra (Jo 8.6). Segundo João, eles interrogaram o Mestre com insistência sobre o que fazer com aquela adúltera. Podemos imaginar o pânico daquela mulher diante de seus acusadores, mas ela encontrou um excelente Advogado de defesa (Jo 8.7). Isso nos faz ver que, embora tenhamos um acusador (Ap 12.10), o nosso Advogado de defesa não perde nenhuma causa (1 Jo 2.1).

III – JESUS NOS ENSINA A PERDOAR

Na passagem da mulher adúltera, Jesus não somente salvou a vida dela, mas também ensinou aos Seus discípulos sobre o perdão. Além disso, Ele orientou a mulher a não mais pecar (Jo 8.11). Isso nos mostra a relevância do perdão no processo do discipulado (Mt 6.14,15).

1. Perdão, uma expressão de amor. A Palavra de Deus nos convida a refletir sobre o valor do perdão do Filho de Deus (Jo 8.11). Quando os acusadores foram embora, Jesus perguntou: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?”, Jo 8.11. A mulher, ainda insegura pelo risco de morte, respondeu: “Ninguém, Senhor!”; Jo 8.12. Essa passagem mostra o perdão do Senhor aos aflitos, e sem descumprir a Lei. Jesus deixa claro que perdoar não é uma atitude de fraqueza, mas uma demonstração de amor pelo próximo.
2. Perdoados e perdoando. Na passagem descrita no Evangelho de João, Jesus exemplifica a prática do perdão (Jo 8.11). Ali, Jesus estava rodeado de escribas e fariseus sem nenhuma compaixão por aquela mulher. O Mestre, porém, mostra a medida com que devemos perdoar: segundo a medida do amor misericordioso do Pai (Ef 4.32).
3. Compreendendo o perdão. O perdão é um ato de misericórdia e compaixão. Jesus não veio condenar e sim salvar os pecadores (Jo 3.17). Na Bíblia, vemos que os mais culpados são também os maiores acusadores (I Rs 3.22- 26). Não é justo julgar os outros estando em pecado (Jo 8.7), como na história da mulher adúltera. O Filho de Deus tirou a máscara de falsidade dos escribas e fariseus (Jo 8.9). Com isso, aprendemos que devemos dar aos nossos semelhantes o mesmo perdão que recebemos do Pai.

CONCLUSÃO

Nesta lição, aprendemos sobre a gravidade do pecado e as riquezas da Benignidade, da Paciência e da Longanimidade de Deus, que nos conduzem ao arrependimento (Rm 2.4); mas também sobre viver segundo a vontade de Deus em todas as dimensões da vida, expressando, no dia a dia, o Amor e a Misericórdia do Senhor, com os quais fomos abençoados.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

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