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Adultos - Betel

Evangelho do Filho de Deus: A Revelação da Luz ao Mundo

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 286 – 3º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 02 – 13 de julho de 2025

TEXTO ÁUREO

“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, João 1.1

VERDADE APLICADA

O Evangelho de João revela que o Verbo Divino que se fez carne e habitou entre nós é o Cristo Prometido, o Filho de Deus, enviado para nos salvar.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

João 1

2. Ele estava no princípio com Deus.
3. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
4. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
5. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.
6. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7. Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8. Não era ele a luz, mas veio para que testificasse da luz.
9. Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo.
10. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Jo 1.14
O Verbo se fez carne e habitou entre nós.
Terça-feira – Jo 1.12
João apresenta o Filho de Deus como o Salvador.
Quarta-feira – Jo 8.11
O Filho de Deus ensinou sobre o perdão.
Quinta-feira – Jo 3.16
Quem crer no Filho tem a vida eterna.
Sexta-feira – Jo 1.2
O Filho de Deus estava no princípio com o Pai.
Sábado – Cl 1.17
O Filho de Deus é antes de todas as coisas.

INTRODUÇÃO

O Evangelho de João se destaca dos demais por se aprofundar em temas teológicos, pois enfatiza a divindade de Cristo nos registros dos milagres e ensinos mais do que os outros Evangelhos. Veremos um pouco dos contextos histórico e religioso do tempo em que o Evangelho de João foi escrito, além do propósito que o apóstolo expressou (Jo 20.31).

I – O CONTEXTO HISTÓRICO

O Evangelho de João foi provavelmente escrito entre anos 90 e 100 d.C., em um contexto histórico marcado pela crescente separação entre os cristãos e os judeus. O Apóstolo João teria escrito para fortalecer a fé dos cristãos diante das dificuldades e dos muitos debates com as autoridades das sinagogas.

  1. A autoria material do Evangelho. Os pais da Igreja, como Eusébio, Clemente de Alexandria, Irineu de Lyon, Teófilo de Antioquia e Policarpo concordam sobre a autoria do Evangelho de João ser do próprio João, que se refere a si mesmo como “o discípulo amado” ou “o discípulo a quem Jesus amava” (Jo 13.23; 19.26, 20.2; 21.7,20). João finaliza seu Evangelho como aquele que “testifica destas coisas e as escreveu” Jo (21.24). Portanto, é razoável supor que o Apóstolo João seja o autor do livro que leva o seu nome.
  2. A data e o local. O quarto Evangelho não contêm citações exatas a respeito do local onde foi escrito nem quando isso aconteceu. Entretanto, de acordo com a tradição, estima-se que o livro tenha sido escrito na cidade de Éfeso, atual Turquia, entre os anos 90 e 100 d.C., ou seja, depois da destruição de Jerusalém, em 70 d.C., e antes do exílio de João na Ilha de Patmos. Observa Hernandes Dias Lopes que: “É consenso entre os estudiosos conservadores, estribados nas evidências históricas, que João escreveu esse Evangelho da cidade de Éfeso, capital da Ásia Menor, onde morou por longos anos, pastoreou a maior igreja gentílica da época, liderou as igrejas da região e morreu já em avançada velhice, nos dias do imperador Trajano” (2015, p.15).
  3. Os destinatários. O Evangelho de João foi endereçado tanto aos judeus quanto aos gentios. Embora eles vivessem em um ambiente cercado pelo gnosticismo judaico, o desejo de João era apresentar Jesus como o Cristo, o Filho de Deus (Jo 3.16-18). Assim, quem cresse teria a vida em Seu nome (Jo 20.30,3 1).

II – O CONTEXTO RELIGIOSO

O Evangelho Joanino está entre registros do final do primeiro século os do cristianismo, num tempo de crescente oposição aos cristãos, apostasia e disputas sobre a natureza de Jesus Cristo (Jo 15.20). Naqueles dias, os cristãos sofriam afrontas e perseguição por parte dos judeus, do helenismo e do gnosticismo.

  1. O judaísmo e o cristianismo. O movimento judaizante fez uso de muitos meios para tentar atingir o cristianismo com suas perspicazes manifestações. Os Evangelhos nos mostram as constantes críticas da liderança religiosa judaica contra o discurso de Jesus e alguns comportamentos dos que O seguiam ou foram beneficiados por Suas ações (Jo 5.10; 8.7). Ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”; Jo 14.6, Jesus recusou o ensinamento judaico de que nenhum homem pode ser intermediário entre o Criador e os seres humanos. Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei Mosaica (At 15.1-5). Para eles, manter-se fiel à identidade judaica era mais importante que professar a fé em Jesus Cristo.
  2. O helenismo e o cristianismo. Posteriormente à morte do Filho de Deus, surgiram diferentes ideias sobre Sua real missão, o que gerou divisões entre alguns grupos que entendiam a mensagem do Evangelho de modo distinto. O helenismo foi considerado uma religião pagã, que se opunha ao cristianismo. Esse grupo possuía uma inquietação filosófica quanto ao sentido da vida e à felicidade do indivíduo em um mundo incerto. As Escrituras nos alertam contra todas essas filosofias: “Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”; Cl 2.8.
  3. O gnosticismo e o cristianismo. A Igreja Primitiva teve que lidar com uma doutrina danosa à fé cristã: o gnosticismo. Além da contínua oposição da religião judaica, a Igreja, ainda nos tempos apostólicos, já enfrentava algumas heresias, em especial o gnosticismo, que afirmava que a matéria era má e o espírito bom. Segundo essa crença, o Filho de Deus, por ser bom, não poderia residir em um corpo físico mau. Isso levou João a combater os gnósticos com ímpeto (1 Jo 2.23; 4.2,3,15).

III – O PROPÓSITO

O Apóstolo João declarou claramente o propósito do seu Evangelho: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome’; Jo 20.31.

  1. Um Evangelho distinto dos demais. O Evangelho de João nos é apresentado após os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, conhecidos como Evangelhos Sinóticos. Eles são assim chamados por partilhar uma composição história semelhante e conter relatos em comum. João seguiu um caminho diferente dos outros evangelistas, pois seu relato visa despertar e nutrir a fé do povo, apresentando Jesus como o Filho de Deus que se fez carne (Jo 1.1,14).
  2. A teologia joanina. Logo no início de seu Evangelho, João identifica Jesus como “o Verbo” e afirma que “o Verbo era Deus” (Jo 1.1), revelando a divindade e a verdadeira identidade de Jesus. As mensagens principais do Evangelho de João são: Jesus Cristo, o Filho de Deus; fé; o outro Consolador; morte; ressurreição e vida eterna. Ao ler o relato de João, notamos que a relação entre a fé e a vida eterna estão contidas na teologia Joanina. No que se refere à teologia, João se diz testemunha dos milagres registrados em seu Evangelho e testifica que Jesus é o Filho de Deus (Jo 20.31).
  3. João nos ensina a evangelizar. João 3.16 talvez seja o texto mais conhecido e usado na evangelização. Neste evangelho, podemos aprender muito sobre o modelo de Jesus para o evangelismo pessoal, como: a quebra do preconceito social (Jo 4.16- 18), o valor do perdão (Jo 8.11) e o seu profundo amor pelos perdidos (Jo 1.11).

CONCLUSÃO

O Evangelho de João revela que Jesus Cristo é a maior revelação de Deus (Jo 10.30; 14.9) e que o nosso relacionamento com Deus passa, necessariamente, por nosso relacionamento com Jesus Cristo (Jo 8.19, 42; 14.6). Louvemos ao Senhor pela preciosidade da mensagem deste Evangelho ter chegado até nós e podermos desfrutar da vida em Cristo Jesus.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

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