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Adultos - Betel

A proposta de Faraó: um convite ao compromisso ou uma armadilha para a fé?

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 273 – 2º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 02 – 13 de abril de 2025

TEXTO ÁUREO

“Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus.” Êxodo 10.25

VERDADE APLICADA

Devemos adorar ao Senhor com cânticos, com nossos bens e com um viver coerente com a vontade de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êxodo 10

24 Então, Faraó chamou a Moisés e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças.
25 Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor, nosso Deus.
26 E também o nosso gado há de ir conosco, nem uma unha ficará; porque daquele havemos de tomar para servir ao Senhor, nosso Deus; porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Pv 12.27
Ser diligente é um bem precioso.
Terça-feira – Ec 5.19
Deus concede os bens.
Quarta-feira – Mt 6.24
Ninguém pode servir a dois senhores.
Quinta-feira – Lc 12.15
Devemos nos guardar da avareza.
Sexta-feira – At 2.44
A Igreja Primitiva tinha tudo em comum.
Sábado – I Jo 2.16
O que é do mundo não provém do Pai.

INTRODUÇÃO

Moisés se negou a deixar os animais no Egito, e essa atitude remete ao posicionamento do crente diante de uma orientação de Deus. A atitude de Moisés mostra que ele não renunciou ao que viria a ser motivo de adoração e louvor a Deus.

I – ADORANDO A DEUS

Adorar é obedecer ao primeiro e principal Mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas (Dt 6.5); assim, todos somos chamados a adorar. Deus escolheu Moisés para conduzir os israelitas para adorá-LO no deserto, mas Faraó considerou as palavras de Moisés mentirosas (Ex 5.1-9).

  1. Moisés, o mediador da adoração a Deus no deserto.Deus chama as pessoas certas para Sua obra. Ele se agrada de quem vive com retidão, abandona o pecado e adora com um coração sincero. Moisés foi enviado por Deus a Faraó, o soberano mandatário do Egito, que deveria deixar que os israelitas fossem ao deserto adorá-LO (Êx 5.1). Essa passagem nos ensina que o deserto também é lugar de adoração a Deus.
  2. A adoração após a vitória. Quando o povo de Israel atravessou o Mar Vermelho, todos adoraram e celebraram. A profetisa Miriã dançou com as outras mulheres em louvor ao Senhor. Naquele dia, o deserto se transformou num lugar de celebração (Êx 15.1-21). Embora isso possa causar estranheza, os crentes fiéis são capazes de festejar em tempos de dificuldades. Os que conseguem adorar no deserto evidenciam sua fé em Deus, confirmando que somente Ele tem o controle de todas as circunstâncias da vida.
  3. A razão da adoração a Deus. A palavra “porque”, nos versículos 1 e 19 de Êxodo 15, nos apresenta a razão de Deus estar sendo louvado pelo Seu povo, que celebrou uma festa no deserto ao testemunhar a libertação da escravidão e a travessia a pés secos pelo meio do mar. Os israelitas foram movidos por testemunhar os atos poderosos do Senhor, um poder manifestado também nas pragas enviadas ao Egito. Faraó, seu exército e as divindades egípcias não foram capazes de impedir a saída do povo de Israel do Egito. Essa realidade nos exorta a nos desprender das coisas deste mundo e viver como verdadeiros adoradores, com os olhos fixos no Senhor.

II – SERVINDO A DEUS COM OS NOSSOS BENS

O Faraó do Egito foi astuto ao fazer uma proposta ardilosa: “(…) Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças”, Êx 10.24. Na verdade, ele estava propondo aos hebreus que adorassem ao Deus de Israel, mas que deixassem seus bens no Egito.

  1. A adoração parcial. Contrapondo-se à ideia de Faraó, Moisés não admitiu ser enganado. Ele sabia que aquela proposta levaria o povo a uma adoração parcial (Ne 10.32-39). A verdadeira adoração a Deus envolve todo o nosso ser e todas as dimensões da nossa existência: bens, vida, família, trabalho. Essa entrega só é possível quando temos comunhão genuína com o Criador. Faraó propôs que eles levassem as mulheres e as crianças, mas deixassem o gado e as ovelhas; Moisés, porém, o contestou de maneira firme, pois sem seus rebanhos não haveria sacrifícios, ou seja, não haveria entrega total ao Senhor (Êx 10.24-26).
  2. Os bens como expressão de adoração.Moisés confrontou Faraó. Diante das dez pragas, o monarca fez quatro propostas ao libertador de Israel. Na quarta e última, ele propôs que o povo partisse, mas deixasse seus bens no Egito (Êx 10.24). Moisés sabia que, se o povo partisse sem os animais, a adora-a Deus no deserto seria afetada, e vejam que Deus é, de fato, ‘aquele que está presente conosco’ (Ex 15.1-2)”. Nesse cântico, vemos que a redenção do povo de Israel se deve inteiramente a Deus, pois foi efetuada pelo Seu poder. Assim, ainda hoje, devemos ter sempre em mente a redenção que há em Cristo Jesus (Rm 8.2; Ef 2.1-5) e, assim, adorá-lo em todo o tempo.
  3. Honrando a Deus com os nossos bens. O verbo “honrar” remete a: venerar, adorar, cultuar, enobrecer, amar, reverenciar, temer. Assim, mais do que dízimos e ofertas, Deus espera que possamos Lhe dar honra (Pv 3.9,10). Deus não está atento somente às ofertas, mas também à maneira como ofertamos (Êx 35.22). O Reino de Deus trabalha por princípios, como o seguinte: “(…) aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos”, I Sm 2.30.

III – SERVINDO A DEUS COM O NOSSO MELHOR

A reação de Moisés à proposta de Faraó nos ensina a dizer não às investidas de Satanás (Tg 4.7). Diferentemente de Adão e Eva, que foram enganados pela proposta do inimigo, Moisés se manteve firme na fé (Hb 11.27) e não desistiu de servir ao Senhor com o melhor que possuía (Êx 10.25,26).

  1. Satanás tenta nos desviar da perfeita adoração.Diante das ardilosas propostas de Satanás, devemos ter o mesmo posicionamento de Moisés: “(…) nem uma unha ficará no Egito”, Êx 10.26. Satanás, modelado em Faraó, não mudou suas estratégias em relação ao povo de Deus (I Pe 5.8); pelo contrário, ele continua a tentar o crente para que caia em tentação (Jo 13.27). O inimigo recorre a infidelidades e propostas sedutoras para nos desviar da verdadeira adoração, mas Deus nos dá vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo (I Co 15.57).
  2. Ofertando o melhor ao Senhor. Servir ao Senhor é ofertar com liberalidade. Moisés não abriu mão dos animais, que seriam usados para adorar ao Senhor em forma de sacrifício pelo perdão dos pecados (Lv 4.20, 26, 31). Analisando o Livro de Levítico, Pr. Fernando Alves mentou: “Toda oferta que fosse oferecida ao Senhor deveria ser de animais limpos e domésticos, e as características dos animais limpos são as unhas fendidas e a ruminação de alimentos (Lv 11.3)”. Do ponto de vista teológico, o sacrifício de animais era um símbolo da reconciliação com Deus e da retirada do pecado e da impureza do meio do povo. Todo o sistema sacrificial do AT aponta para Jesus Cristo, cuja morte na cruz efetuou o sacrifício definitivo (Hb 9.23 a 10.14).
  3. Não permita que Satanás roube sua adoração. Encontramos nos Evangelhos e nas epístolas várias advertências quanto às investidas de Satanás para nos enganar (Mt 24.4,11; II Ts 2.2-3; I Tm 4.1; II Tm 3.13), tanto quanto ao que é certo quanto ao que é errado (II Co 4.4). Quem aceita suas mentiras fica vulnerável ao seu poder (I Jo 3.8). Para nos desviar da verdadeira adoração, ele nos leva a empenhar nossos bens e finanças em coisas que parecem inofensivas: “Degustar uma bebida alcoólica, fumar um cigarro, usar drogas ou assistir a um filme pornográfico só uma vez não faz mal”. Satanás busca impedir a verdadeira adoração com propostas que, espiritualmente, podem ser fatais.

CONCLUSÃO

É importante estarmos atentos aos conselhos e propostas que tentam nos levar a servir ao Senhor de maneira parcial. Todos os aspectos da vida cristã devem ser norteados pelos princípios bíblicos. Como todas as coisas são de Deus e para Deus, nosso viver também deve ser para a glória de Deus (Rm 11.36; I Co 10.31). Isso inclui a administração dos bens que Deus tem colocado sob nossa responsabilidade.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

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