Connect with us

E.B.D

A doutrina dos Apóstolos

Publicado

em

EBD – Jovens – EDIÇÃO: 165 – 1º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 09 – 03 de março de 2024

TEXTO PRINCIPAL

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina.” (Ef 2.20)

LEITURA SEMANAL

Segunda-feira – Lv 22.31,32
A prática de guardar os mandamentos do Senhor
Terça-feira – Is 1.10-17
Viver em santidade é colocar em prática a Palavra Deus
Quarta-feira – Gl 6.9
Ser incansável em fazer o bem
Quinta-feira – Rm 13.8
Quem ama o próximo, cumpre a lei
Sexta-feira – I Pe 4.8
O amor que cobrirá multidão de pecados
Sábado – I Co 15.57,58
O serviço cristão será recompensado pelo Senhor

TEXTO BÍBLICO

Atos 2

42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração
47 Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.

INTRODUÇÃO

A doutrina dos apóstolos deve ser estudada e praticada pelos crentes, pois consiste em Cristo, o fundamento da Igreja. Esta lição tem como objetivo mostrar que precisamos manter o compromisso de não negligenciar a doutrina dos apóstolos. Vamos discorrer a respeito do ensino prático dos apóstolos, mostrando que ele produz o verdadeiro amor e conduz o crente a uma vida de serviço a Deus e ao próximo.

I – O ENSINO DOS APÓSTOLOS ERA PRÁTICO

1- Os apóstolos. O vocábulo apóstolo vem do latim apostolus e do grego apóstolos, cujo significado vai além de “mensageiro”. O termo significa também “o enviado”, e nas Escrituras Sagradas a ênfase é mais sobre aquele que envia do que quem é enviado. É importante destacar que, embora tenham desempenhado um importante papel na edificação da igreja, os apóstolos não tinham autoridade em si mesmos, pois o que fizeram e ensinaram foi na autoridade de Jesus Cristo, quem os escolheu e os enviou. As palavras de alguns dos apóstolos nas apresentações de suas cartas atestam isso, já que elas deveriam ser lidas e obedecidas, não porque eles as estavam escrevendo, mas porque foram chamados pelo Senhor Jesus (Rm 1.1; I Pe 1.1). Portanto, falar sobre a doutrina dos apóstolos refere-se aos ensinos dos que receberam o chamado e a autoridade necessária para isso, o que faz dessa doutrina “digna de toda aceitação” (I Tm 1.15).
2- A doutrina dos apóstolos. Paulo afirma que os crentes em Cristo estão “edificados sobre o fundamento dos apóstolos” (Ef 2.20), que é o mesmo que “doutrina dos apóstolos” (At 2.42), pois a eles foi dada a missão de Lançar as bases doutrinárias da Igreja de Cristo. No entanto, essas duas expressões fazem referência ao ensino dos apóstolos e não aos apóstolos em si, ou seja, a Igreja não está fundamentada nestes homens, mas na doutrina que receberam de Cristo e repassaram à Igreja do Senhor. A validade do que eles ensinaram está no fato de que “Jesus Cristo é a principal pedra de esquina”, ou seja, o Senhor é a base e o sustento de toda doutrina ensinada pelos apóstolos. Sem Cristo, esses ensinos não existiriam ou não teriam valor nenhum, pois Cristo é o insubstituível.
3- A praticidade da doutrina dos apóstolos. Um aspecto importante da doutrina dos apóstolos é o seu aspecto prático. Embora, do ponto de vista teórico, fossem bem fundamentados, esses ensinamentos evocam a necessidade de práticas que refletem a fé genuína (Tg 1.21,22). No Evangelho Segundo João, somos exortados à produção de frutos que evidenciem o verdadeiro arrependimento (Jo 15.16). O Livro de Atos registra a conversão de milhares de pessoas e o fato de que elas “perseveravam na doutrina dos apóstolos”, como demonstração de uma verdadeira conversão, compreensão e obediência aos princípios ensinados pelos apóstolos. Quem ama a Cristo e ao próximo, guarda e pratica toda a doutrina de Deus. 

II – A DOUTRINA SUSCITA AMOR

1- O amor na doutrina de Pedro. O amor é a virtude que evidencia a prática da doutrina (Jo 15.10). A fé e os ensinos de Pedro foram moldados pelo seu relacionamento com Jesus, e o que ensinou sobre o amor foi influenciado pelas marcas de seu último diálogo com o Mestre (Jo 21.15-17). Em sua Primeira Carta, Pedro adverte os crentes a amarem uns aos outros ardentemente (I Pe 4-8). Este versículo é a chave para a compreensão de seu ensino sobre 0 amor. Pedro aponta para a transformação e mudança que Cristo operou nos crentes pelo seu amor demonstrado na cruz. Ele diz que o amor é a maior das virtudes, e a que valida todas as demais.
2- O amor na doutrina de João. O amor é um tema central nos ensinos de João. Por isso, ele tem sido chamado de “o apóstolo do amor”. Parte do conteúdo do capítulo 4 de sua Primeira Epístola identifica o quão essencial é o amor para João. Os versículos 10,11 e 19 do capítulo 4 podem ser considerados o eixo central do ensino sobre o amor. João afirma que Deus é que amou e ama o ser humano primeiro e nós respondemos adequadamente ou não a este amor. João defende que o amor evidencia a nova vida em Cristo e o fato de conhecer a Deus (I Jo 4-7-9). Embora Ele não possa ser visto, todavia, por meio do seu amor a sua presença é revelada e percebida. O amor de Deus faz com que venhamos a desfrutar da comunhão com o Senhor e com o Espírito Santo. O amor testifica a obra realizada por Cristo na cruz do Calvário em nosso favor.
3- O amor na doutrina de Paulo. No capítulo dois da Carta aos Filipenses, o apóstolo Paulo fala de alguns pontos doutrinários a respeito do amor. Ele enfatiza que o amor é: uma virtude a ser compartilhada entre os irmãos; que a humildade é uma face genuína do amor, e leva o crente a celebrar as qualidades uns dos outros, e que Cristo é o modelo maior de amor, humildade e serviço (Fp 2.5-10). Paulo também ensina que o amor não é somente um sentimento, mas uma ação, atitude. No capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios ele mostra que o amor tudo sofre, é benigno, não invejoso, não leviano e que ele “tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta” (I Co 13.7). Sendo assim, não há doutrina aprovada por Deus que não produza o verdadeiro amor.

III – A DOUTRINA GERA SERVIÇO

1- Jesus, o servo por excelência. O Antigo Testamento anunciou a chegada de Jesus em suas mais diferentes condições, inclusive como Servo (Is 53.1-12). Os textos do Antigo Testamento apontavam para o caráter de servo que Jesus assumiria em seu ministério terreno, com o propósito de atender aos necessitados (Is 61.1-3). O apóstolo Paulo fundamentou o seu argumento sobre o dever cristão de auxiliar os enfermos em suas necessidades nas palavras de Jesus de que “mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (At 20.35), Esse princípio está alinhado ao que o Senhor ensinou – em palavras e obras – aos seus discípulos sobre servirem aos outros e não a si mesmos (Mt 20.26,27), Jesus disse que “não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.45), Ele entrega a própria vida em favor de outros, razão pela qual o Pai o exaltou e lhe deu um nome sobre todos os nomes (Fp 2.9). Jesus é o servo por excelência.
2- O serviço cristão na doutrina dos apóstolos. Os apóstolos lançaram as bases da doutrina cristã, e Cristo é o fundamento central. Uma vez que o serviço foi uma das características fundamentais do ministério de Jesus, essa virtude não poderia estar fora dos ensinos apostólicos. Historicamente, o serviço a Deus e ao próximo é visto como fruto da doutrina dos apóstolos a partir do registro no livro dos Atos. Doutrinariamente, o apóstolo Pedro ensina que os dons espirituais devem ser usados em favor do Corpo de Cristo, tratando-os como um serviço. No mesmo contexto, ele indica que o cristão é chamado a sofrer à semelhança de Cristo, ou seja, trabalhar em favor da Igreja, do Reino de Deus. No ensino de João, o cristão deve estar pronto a servir o seu próximo com os seus bens e com a sua própria vida (I Jo 3.16,17). Paulo ensinou também que o crente deve considerar o outro superior a si mesmo, e reafirma a sua alegria em se entregar no serviço em favor dos outros (Fp 2.3,17). A verdadeira doutrina faz com que os crentes desejem servir a Deus e ao próximo.
3- O serviço na vida cristã. Jesus é o alicerce da doutrina cristã, o modelo de servo a ser seguido pelos seus discípulos e todos os crentes. Paulo rogou aos irmãos da igreja em Roma para que não se amoldassem aos padrões deste mundo, mas que mudassem a forma (Rm 12.2). Segundo a forma de pensar deste mundo, maior é o que é servido, aquele que está assentado à mesa. Entretanto, Jesus Cristo ensinou que no Reino de Deus maior é o que serve (Lc 22.26,27). Portanto, uma vida cristã bíblica e madura é marcada pelo serviço a Deus e ao próximo. 

CONCLUSÃO

A doutrina dos apóstolos está fundamentada em Jesus Cristo, e tal verdade implica aspectos teóricos e práticos. A doutrina dos apóstolos revela o que os crentes de todos os tempos, precisam crer e praticar. Aprendemos a respeito da praticidade dos ensinos apostólicos, indicando a expectativa de Deus e das pessoas em relação à Igreja. Isso se dá em dois aspectos na doutrina dos apóstolos: o primeiro é o amor, como fruto da verdadeira doutrina, o segundo é o serviço abnegado, do qual o Senhor Jesus é o exemplo maior.

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora CPAD

 

 

 

 

 

 

 

 

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados