Adultos - Betel
Rute: Lições de lealdade, o caminho da redenção
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 302 – 4º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 05 – 02 de novembro de 2025
TEXTO ÁUREO
“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus”, Rute 1.17
VERDADE APLICADA
Uma das marcas que caracteriza o discípulo de Cristo é a fidelidade a Deus, a qual se expressa nos relacionamentos interpessoais.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Rute 1
- Então levantaram a sua voz e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se apegou a ela.
- Pelo que disse: Eis que voltou tua cunhada ao seu povo e aos seus deuses; volta tu também após a tua cunhada.
- Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me afaste de ti. Porque aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus.
- Onde quer que morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada; faça-me assim o Senhor, e outro tanto, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.
- Vendo ela, pois, que de todo estava resolvida para ir com ela, deixou de lhe falar nisso.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Rt 1.14
Rute prossegue, e Orfa volta por falta de visão.
Terça-feira – Rt 2.2,3
Deus exaltou Rute na sua humildade.
Quarta-feira – Rt 4.13-22
Deus concede um filho a Rute.
Quinta-feira – Mt 1.5
Rute passa a fazer parte da genealogia de Jesus.
Sexta-feira – I Co 4.2
Rute foi decidida e achada fiel ao seu chamado.
Sábado – Hb 10.38,39
A fé levou Rute a não retroceder.
INTRODUÇÃO
Rute, nora de Noemi, era uma mulher decidida e destemida, firme em suas escolhas. Apesar da viuvez, ela seguiu fiel a Noemi, de quem era companheira e amiga. Seu temor ao Deus do povo de Israel fez com que tivesse uma nova vida ao lado de Boaz, com quem se casou. Com isso, passou a fazer parte da genealogia de Cristo ao gerar Obede, avô de Davi.
I – A ORIGEM DE RUTE
Mulher moabita, Rute desempenhou um papel importante e positivo no relato bíblico. Moabe e Israel eram inimigos, porque o rei Eglom invadiu e subjugou grande parte do território de Israel durante dezoito anos (Jz 3.12-14). Depois disso, Moabe foi subjugado por Israel por oitenta anos (Jz 3.28-30). Essa rivalidade, porém, não impediu Rute de se converter ao Deus de Israel.
1. Rute, a companheira. Rute é um nome moabita, que significa “amizade”, “companheira”: Ela se casou com um israelita que vivia em Moabe, Malom (Rt 4.10), filho de Elimeleque e Noemi (Rt 1.1,2), que já era viúva de Elimeleque. Porém, Malom morreu e também seu irmão, Quiliom, casado com Orfa. Diante dessa triste realidade, Noemi decidiu voltar para sua cidade, Belém, e Rute a acompanhou.
2. Uma história de amizade. Uma história sucinta, que coube em apenas quatro capítulos, mas cheia de amor, amizade, providência divina e perfeita harmonia, que traz ensinamentos ainda para os dias de hoje. O livro vai direto ao assunto, sem rodeios ou atalhos, ao tratar do relacionamento de duas mulheres, sogra e nora, num contexto de adversidades. Elas se uniram dentro de uma perspectiva de Deus, e Rute se apegou firmemente a Noemi e seu Deus (Rt 1.16).
3. O início da história. Na época dos juízes, houve fome em Belém de Judá. Elimeleque, então, foi com a família para Moabe. Lá, seus dois filhos se casaram com mulheres moabitas. Mais tarde, morreram Elimeleque e os filhos, deixando Noemi e suas duas noras viúvas. Ao ouvir que Deus havia abençoado a sua terra e seu povo com alimento, Noemi decidiu voltar para Belém de Judá (Rt 1.1-6). Orfa preferiu voltar para sua família, mas Rute seguiu com Noemi (Rt 1.16).
II – RUTE FOI RECOMPENSADA POR SUA FIDELIDADE
Rute preferiu seguir com Noemi, confiando também no Deus de Israel: “O teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus’; Rt 1.16. Ao chegar em Belém, ela precisava apanhar espigas após os segadores para se alimentarem. Sua fidelidade lhe rendeu recompensa e honra diante de Deus.
1. A bênção da lealdade. A lealdade de Rute a Noemi é um bom exemplo de amor fraternal e devoção ao próximo. A história das duas se desenrola em um contexto de perda e dificuldade, destacando a força de um vínculo que transcende os laços de sangue e revela um compromisso profundo baseado em amor e respeito. A lealdade de Rute não foi motivada por obrigação ou pela expectativa de recompensa imediata, mas por um amor genuíno e altruísta. Ela escolheu compartilhar o destino de Noemi, abraçando tanto as suas dificuldades quanto a sua fé.
2. Rute e Orla. Rute perseverou e venceu os desafios. Por sua vez, diante de um futuro desconhecido, Orfa voltou para sua família e sumiu da história. Ao perder seus filhos, Noemi decide voltar para sua terra. Ela se despede das noras, as beija, as três choram em alta voz. Orfa se despediu da sogra com um beijo e voltou para sua parentela, mas Rute se apegou a Noemi, por isso não quis abandoná-la (Rt 1.8-14).
3. A convicção de quem sabe o que quer. Quem sabe o que quer não permite que seus planos sejam interrompidos. A fidelidade mostra que os aliançados andam lado a lado pela responsabilidade da palavra firmada, e o acordo feito facilita essa cumplicidade (Am 3.3). Não que o conselho de Noemi estivesse totalmente errado, mas Deus inspirou Rute a não o acatar e seguir com sua sogra.
III – O REMIDOR
O remidor, do hebraico goel, era um parente próximo que, segundo a Lei Mosaica, tinha a responsabilidade de resgatar ou redimir um familiar em situação de dificuldade, fosse recomprando terras vendidas por necessidade (Lv 25.25) ou assegurando a continuidade da linhagem familiar ao se casar com a viúva de um parente sem filhos (Dt 25.5,6).
1. Boaz, o remidor. Boaz emerge como o remidor de Rute e Noemi. Ele era parente de Elimeleque, marido falecido de Noemi; ao saber da situação das duas viúvas, que estavam sem sustento, ele assumiu o papel de resgatador delas. Boaz não apenas recompra a herança de Elimeleque, garantindo segurança material a Noemi, mas também se casa com Rute, preservando o nome da família e proporcionando proteção para elas. Esse ato reflete tanto um dever legal quanto um gesto de bondade, que destacam Boaz como uma figura de restauração e esperança na vida de Noemi e Rute.
2. Boaz e Rute. Quando Noemi percebeu a bondade de Boaz com Rute, que trabalhava nos campos dele recolhendo espigas, instruiu sua nora a apelar ao papel de Boaz como remidor. Seguindo o conselho de Noemi, Rute foi à eira onde Boaz dormia e se deitou aos pés dele, cobrindo-se com o canto de sua manta (Rt 3.7-9). Esse gesto era um pedido humilde e respeitoso para que ele a redimisse, ou seja, a tomasse como esposa para preservar a linhagem de seu falecido marido.
3. A recompensa de Rute e Noemi. Boaz redimiu a propriedade de Elimeleque e tomou Rute como esposa para preservar o nome de seu parente falecido (Rt 4.9,10). Assim, Boaz e Rute se casaram e tiveram Obede, avô do rei Davi, cumprindo um propósito maior na narrativa bíblica. Do Livro de Rute, podemos ressaltar a honra de Boaz, a iniciativa corajosa de Rute, a restauração na vida de Noemi e a providência de Deus, que guia toda a história.
CONCLUSÃO
A história de Noemi e Rute, ao encontrar Boaz, tipifica a figura do que Cristo fez por nós: Ele é o nosso Resgatador, o Redentor que veio nos buscar e salvar enquanto ainda estávamos perdidos.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel
