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Adultos - CPAD

Perseverando na fé em Cristo

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 675 – 1º Trimestre – Ano: 2025 – Editora: CPAD

LIÇÃO – 13 – 30 de março de 2025

TEXTO ÁUREO

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.” (II Pe 1.19)

VERDADE PRÁTICA

A Bíblia Sagrada é o único instrumento moral e espiritual estabelecido por Deus para aferir a nossa conduta diante do Criador, da sociedade, da pátria e da família.

LEITURA DIÁRIA

Segunda-feira – Êx 5.1
A expressão “assim diz o SENHOR” é o selo da autoridade da Bíblia
Terça-feira – Mc 7.13
As Escrituras Sagradas são a Palavra de Deus
Quarta-feira – Jo 10.35
O Senhor Jesus, a maior autoridade no céu e na terra, disse que a Bíblia é inerrante
Quinta-feira – Hb 4.12
A Palavra de Deus é poderosa para alcançar o mais íntimo do ser humano
Sexta-feira – I Pe 1.25
A validade da Palavra de Deus é para sempre
Sábado – II Pe 1.20,21
A Bíblia Sagrada foi produzida por homens movidos pelo Espírito Santo

LEITURA BÍBLICA

II Timóteo 3.10-17

10- Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,
11- perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou.
12- E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
13- Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.
14- Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15- E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16-Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,
17- para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.

INTRODUÇÃO

As religiões mundiais e os movimentos dissidentes delas possuem diversos escritos sagrados. No Cristianismo, a fonte de autoridade é a Bíblia Sagrada. A autoridade bíblica deriva sua origem em Deus, o que nos permite chamar a Bíblia de a Palavra de Deus. Isso encerra a superioridade das Escrituras como plena e total garantia de infalibilidade, mas não falta quem indevidamente reivindica essa mesma autoridade ou até mais que as Escrituras.

I – DIANTE DAS HERESIAS É PRECISO PERSEVERANÇA

1- Os falsos mestres. As duas epístolas a Timóteo, classificadas com justiça como
“Epístolas Pastorais” juntamente com a epístola a Tito, destacam-se também pelo seu caráter apologético. São refutações às heresias contra as “fábulas ou as genealogias intermináveis” (I Tm 1.4; 4.7; Tt 3.9), e a expressão, “falsamente chamada ciência” (I Tm 6.20), sem dúvida, é um combate ao pensamento gnóstico, que começou a surgir e chegou ao ápice no século 2.
Irineu de Lião (135-204) combateu o tal sistema em sua obra Contra as Heresias. O apóstolo Paulo está combatendo dois principais grupos heréticos em sua geração: os gnósticos de sua geração, como combateu as heresias judaicas, também de sua época, os falsos “doutores da lei” (I Tm 1.7), da “circuncisão” (Tt 1.10) e as “fábulas judaicas” (Tt 1.14).
2- A experiência apostólica (vv.10,11). O apóstolo elogia a perseverança de Timóteo na fé e na doutrina em tempos tão difíceis (v.10). As perseguições são uma referência à experiência da primeira viagem missionária juntamente com Barnabé (At 13.8-12,50; 14.5-7,19). É verdade que Timóteo se integrou à comitiva de Paulo em Listra na sua segunda viagem missionária (At 16.1-3). Isso aconteceu depois dessas perseguições, e Timóteo, nessa época, ainda não fazia parte da comitiva paulina, contudo deve ter sido testemunha ocular de algumas dessas perseguições, pois vivia na região e a sua mãe era crente, sem dúvida, membro da igreja.
3- Entendendo o “querer” (v.12). O verbo “querer” em “todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” é mais que um simples desejo, mas uma resolução, ou seja, um propósito de coração, é uma vida com propósito. Sofrer pela causa do Evangelho é motivo para glorificar a Deus “porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus” (I Pe 4.14). É isso que Deus espera de cada um de nós na atualidade.
4- Características dos enganadores (v.13). O termo usado pelo apóstolo para “enganadores” ou “impostores” é goēs, uma palavra que aparece uma só vez no Novo Testamento e nenhuma na Septuaginta, usado na antiga literatura grega como “embusteiro, impostor, feiticeiro, charlatão, encantador”, então, essas pessoas denunciadas por Paulo pertencem ao campo religioso. Isso indica que o apóstolo está se referindo a ensinadores e doutrinadores de mentiras, a falsos mestres, em nada diferem dos falsos doutores. Nenhum deles teve futuro promissor (2 Pe 2.1-3).

II – APRENDENDO, SENDO INTEIRADO E SABENDO

1- De quem Timóteo aprendeu as Sagradas Letras? (v. 14). O contexto em II Timóteo 3.10-17 mostra que a fonte de autoridade do aprendizado de Timóteo são “as sagradas letras”, as Escrituras Sagradas, que são inspiradas por Deus. Interessante que no versículo 14 o apóstolo emprega o pronome relativo, “de quem”, em “sabendo de quem o tens aprendido”, no plural grego, tinōn, literalmente, “dos quais”, isso permite as seguintes traduções: “Você sabe quem foram os seus mestres na fé cristã” (NTLH); “pois conhece aqueles de quem aprendeu” (NVT); “confiar naqueles de quem você aprendeu” (NBV). Desde a infância (v.15) seria uma referência natural à sua mãe Eunice e à sua avó Lóide (II Tm 1.5) e ao próprio apóstolo Paulo (II Tm 2.2).
2- Permanecendo firme nas Sagradas Letras (v.15). Timóteo é exortado a permanecer firme “naquilo que aprendeu” e que “acredita”, ou de “que foste inteirado” por duas razões principais: a) porque sabia de quem tinha aprendido; b) porque são as “sagradas letras”, os escritos sagrados, a Bíblia. O que ele aprendeu de sua mãe e de sua avó era uma herança espiritual muito útil para o exercício de seu ministério sob orientação paulina. Aprendemos com isso a importância da educação nos caminhos do Senhor desde a infância no lar (Dt 6.4-8; Pv 22.6). O ensino cristão deve começar em casa, no lar (Dt 6.6-9). A igreja, por meio da Escola Bíblica Dominical, apoia e complementa essa formação. Esse princípio vale para os nossos dias.
3- A Bíblia é divinamente inspirada. Está escrito que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (v.16 NAA). O termo grego theopneustos, “inspirada por Deus, divinamente inspirada”, vem das palavras Theos, “Deus”, e pneo, “respirar, soprar”. É oportuno saber a abrangência da inspiração do texto sagrado “toda Escritura” e, também, seus autores humanos, pois, “os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” ou: “movidos pelo Espírito Santo” (II Pe 1.21 – TB, NAA). Esse caráter especial e único da “palavra dos profetas” a torna única no gênero. Ela pode fazer qualquer pessoa sábia para a salvação em Jesus e é proveitosa para ensinar, repreender, corrigir, instruir em justiça (vv.15-17). Nenhuma literatura no mundo possui essa prerrogativa.

III – TENDO AS ESCRITURAS COMO O FUNDAMENTO

1- A autoridade apostólica. A Igreja se submete inquestionavelmente à autoridade dos apóstolos do Novo Testamento. Sabemos que essa é a vontade de Deus. Se os Evangelhos de Mateus e Lucas, ou pelo menos um deles, são colocados no mesmo nível do Antigo Testamento (I Tm 5.18; Dt 25.4; Mt 10.10; Lc 10.7), e da mesma forma as epístolas paulinas (II Pe 3.15,16), isso é uma forma de reconhecer definitivamente o Novo Testamento como Escritura inspirada. Assim, todos os livros da Bíblia têm o mesmo grau de inspiração e a mesma autoridade; logo, devemos dar a mesma atenção e credibilidade tanto aos profetas do Antigo Testamento como aos apóstolos do Novo.
2- Abrangência. Em muitas passagens no Novo Testamento, o termo “Escritura” ou no plural, “Escrituras”, se refere ao Antigo Testamento algumas dezenas de vezes (Mt 21.42; Mc 12.10; Lc 24.27; Jo 2.22; 5.39). Mas o contexto da expressão paulina “toda Escritura é inspirada por Deus” não se restringe apenas ao Antigo Testamento e sabemos disso porque a intenção do Espírito Santo é mostrar que se trata de todos os 66 livros da Bíblia: “para que vos lembreis das palavras que primeiramente foram ditas pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, mediante os vossos apóstolos” (II Pe 3.2), Antigo e Novo Testamento.
3- O manual de Deus (vv. 16b, 17). Além de ser valiosa para os quatro propósitos pastorais: a Bíblia é “proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”, não somente para os obreiros, mas para equipar qualquer pessoa que leia as Escrituras para “toda a boa obra” (v.17). Estaríamos à deriva no mundo sem essas palavras, pois elas nos levam à luz de Cristo (Sl 119.105).

CONCLUSÃO

A Bíblia é um guia seguro para toda a humanidade, e não somente para a Igreja. Ela é a única revelação de Deus escrita para o ser humano e a fonte de autoridade espiritual para aferir a nossa conduta diante de Deus, da sociedade e da família. Trata-se de uma orientação segura para a vida humana, a nação de Israel e a Igreja, bem como as exortações para o mundo, incluindo o aspecto político, social e religioso das nações.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Revista CPAD

 

 

 

 

 

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