Adultos - Betel
Relacionamento ideal entre os cônjuges
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 217 – 1º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 10 – 10 de março de 2024
TEXTO ÁUREO
“Todavia, nem o varão a sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor.” I Coríntios 11.11
VERDADE APLICADA
O marido deve amar a sua esposa como a si mesmo; e a esposa deve respeitar o marido, honrando-o como cabeça do casal.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Provérbios 31
10 Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor excede o de rubis.
11 O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
28 Levantam-se seus filhos, a chamam-na bem-aventurada, como também seu marido, que a louva, dizendo:
29 Muitas filhas obraram virtuosamente, mas tu a todas és superior.
Cantares de Salomão 8
7 As muitas águas não poderiam apagar este amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse Toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Sl 128.1
Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor.
Terça-feira – Pv 14.1
A mulher sábia edifica a sua casa.
Quarta-feira – Ec 4.12
Cordão de três dobras: o valor da unidade.
Quinta-feira – Am 3.3.
Duas pessoas andarão juntas sem acordo?
Sexta-feira – I Co 7.2-5
O marido e a mulher e os deveres conjugais.
Sábado – I Co 13.4
O amor não arde em ciúmes
INTRODUÇÃO
Precisamos alicerçar o nosso casamento em terreno sólido. Quem faz construção sobre a areia não terá sossego quando chegar as tempestades. Nós somos responsáveis por mantê-lo estruturado e harmonioso.
I – FUNDAMENTOS DO RELACIONAMENTO CONJUGAL
O relacionamento conjugal só será ideal se começar pelo amor, passar pela confiança e desaguar no diálogo. Acima de tudo isso, ainda precisa da presença de Deus que homologa e autêntica toda união conjugal. A essência do amor não está no sentimento, mas nas atitudes. A essência do amor consiste em fazer a outra pessoa feliz.
1. Relacionamento com amor. A essência do amor algo indescritível, inexplicável, pois ele não se mede, não se pesa, não se quantifica. Amar da boca para fora, sem atitudes que comprovem o amor, não tem sentido. Deus amou o mundo de tal maneira que tomou a atitude de dar o Seu Filho (Jo 3.16). Não adianta amar com palavras a decepcionar com atitudes. Amar uma pessoa com o seu amor pode não ser o amor que ela espera receber de você. Procure identificar o que a faz feliz. A maioria das mulheres não está querendo só presentes; antes de tudo elas querem carinho, atenção, presença, proteção, reconhecimento. Investir numa coisa que não traz felicidade para a outra pessoa, mesmo que você ache o máximo, não renderia muita coisa. O que é substancial para você, pode parecer pequeno e será valor aos olhos da pessoa amada. Faça um estudo minucioso para saber as necessidades e desejos do seu cônjuge, o que é mais importante para ele. Cada pessoa tem uma carência, procure saber a carência da pessoa amada e acerte precisamente. Tenha habilidade de amar para satisfazer as emoções, os sentimentos e os desejos físicos e psicológicos da outra pessoa.
2. Relacionamento com confiança. Confiança não se impõe, se conquista (Pv 31.11). Sem confiança nenhum relacionamento pode dar certo. A fidelidade, a verdade e a honestidade são ingredientes da confiança. A confiança elimina as dúvidas e as incertezas. Quando se perde a confiança, perde-se automaticamente a credibilidade. Quando o cônjuge começa a colocar senha no aparelho celular para o outro não ver as amizades e não saber das conversas, começa a desconfiança. Ganhar confiança demora, mas perder a confiança é muito fácil e, às vezes, é muito rápido; para reconquistá-la leva anos. Tenha cuidado! Não acredite também em todas as versões que chegarem aos seus ouvidos, precisamos checar os fatos e as fontes de onde partiram as informações. Aplicar o ciúme de manutenção é uma coisa, mas o ciúme doentio mostra uma pessoa insegura a frágil (I Co 13.4]; serão sombra de dúvida, irá adoecer o casamento.
3. Relacionamento com diálogo. O diálogo deve ser com uma linguagem simples, objetiva, de fácil compreensão e será rodeios, com educação, respeito e verdade. A educação firma qualquer relacionamento, o respeito mantém o poder de diálogo, a verdade sobressai a qualquer posição contrária; quem edifica a sua Casa com mentiras está edificando na areia, uma chuva de verdade a destruirá (I Co 13.6). O diálogo é o meio mais prático e eficiente para resolver problemas conjugais de toda natureza. Se os cônjuges não conversarem, como descobriram as necessidades, os sentimentos e desejos um do outro? O diálogo deve acontecer na sala, na cozinha, na varanda, no quarto. Em cada ambiente nós temos um assunto diferente para tratar.
II – APRIMORANDO O RELACIONAMENTO CONJUGAL
Você pode pensar na seguinte conclusão: meu cônjuge tem defeitos, mas as suas qualidades superam em muito os seus defeitos. Não troque o todo por partes! Quer focar em partes não edificantes, com certeza irá perder o todo. O que devemos fazer é procurar fortalecer as partes fracas e não deixar que as partes fortes sejam enfraquecidas. Conflitos entre marido e mulher vão acontecer, mas ambos não devem deixar se tornar uma coisa normal nem rotineira.
1. Aprender a renunciar. A nossa vida é marcada por renúncias. Sempre que me dedico a uma coisa preciso renunciar às outras (Mt 16.24). Às vezes, preciso renunciar a uma coisa que eu gosto, por causa das minhas convicções e dos meus princípios. Abrir mão de alguns desejos pessoais em benefício mútuo. Abrir mão de posições radicais para ser flexível a pontos de vista diferentes. Mas não pode um dos cônjuges recuar ou renunciar o tempo todo. Ter que ter consciência de ambas as partes para haver equilíbrio e harmonia.
2. Aprender a suportar. Tolerar as falhas, aturar as deficiências e aceitar os limites da pessoa amada. Todos têm limites físicos, intelectuais, laborais, sexuais, de paciência. Ninguém é perfeito, pleno, absoluto, todo mundo erra. Tolerar aquilo que é diferente dos seus usos, costumes e tradições. Respeitar a pessoa amada como ela é, aceitar a sua personalidade. Esperar com paciência a maturidade do outro chegar. Ajudar a levar as cargas um do outro (G16.2). Para tudo na vida precisa de tolerância (I Co 13.7; Ef 4.2).
3. Aprender a perdoar. Não imputar mais o erro. E não sentir mais a dor da ferida. Perdoar não esquecimento, mas deixar o passado para trás e seguir em frente. Perdoar e conviver com o ofensor normalmente. Quer ter um coração perdoador, não joga mais na cara, não paga na mesma moeda, não dá o troco, não desenterrar defuntos. Perdão não é o que sai da boca para fora, mas o que fica demonstrado nas atitudes a partir de então. Nenhum relacionamento pode dar certo será perdão. Mas preste atenção: quem pede perdão demais é porque está errando demais. Perdoar uma coisa necessária é bíblico (Cl 3.13), mas cuidado, voltar confiança anterior demora um pouco.
III – ALCANÇANDO A MATURIDADE CONJUGAL
Alguns aspectos no relacionamento são importantíssimos, pois dizem respeito ao amadurecimento do casal ao interagir da melhor maneira possível, compartilhando conhecimento, conseguindo compreender o que é estar um ao lado do outro, enfrentando as diferenças e circunstâncias da vida juntos. Avançando na maturidade pelo desenvolvimento comportamental, emocional e mental.
1. Relacionamento com mutualidade. Significa abranger mais de uma pessoa. Cada pessoa tem a continuará tendo a sua individualidade, mas no casamento não aceito o individualismo; o “Eu”, o “egoísmo” e o “egocentrismo” ficaram para trás, o “cada um por Si” não existe mais (Gn 2.24; Ec 4.9-12). O que era solitário agora mútuo. O que era solteiro agora casado. O que era individual agora em conjunto. Quem não renuncia a vida de solteiro não serve para estar casado. No casamento não deve ter separação de bens; esse patrimônio meu, esse patrimônio seu, os bens são dos dois porque permanecem casados. Na mutualidade, o que meu e seu também. O que eu participo, você participa também. Onde eu estiver, você poderá estar também. Os meus amigos são teus amigos também, depois de casados ou são amigos dos dois ou nao pode ser amigo só de um, para não causar ciúmes.
2. Relacionamento com reciprocidade. Significa dar e receber. Retribua todo esforço ou mesmo o menor benefício recebido da pessoa amada. Recompense o ato mais simples que receber. De valor no que a pessoa fez ou faz por você. O casamento é uma pista de mão dupla. Mãos abertas e braços estendidos, ombros amigos um para o outro. Pague toda benevolência (I Co 7.3). Tudo no casamento é bom se atender ambos os lados. Se e bom para um lado, apague. Entenda que o prazer conjugal deve pertencer aos dois.
3. Relacionamento com cumplicidade. Significa parceria, confiança e apoio. Faça parte do projeto e do processo, seja coautor. Os dois deverão assinar embaixo (Am 3.3; I Co 7.4-5). Se errar, errou os dois juntos. Se acertar, acertam os dois juntos. Ninguém ficará com peso de consciência ou levará a culpa sozinho do que deu errado. O planejamento de “onde morar” e de que tipo de Casa e dos dois. O veículo a comprar é a sua cor e dos dois. Para onde viajar nas férias e o modo da viagem e dos dois, entre tantas outras coisas que devem ter parcerias. Eu entro em acordo com você, você entra em acordo comigo. Os meus segredos são os teus segredos, entre nós não existem segredos.
CONCLUSÃO
Com a atenção e o cultivo diário dos cônjuges acerca dos princípios e cuidados expostos na presente lição, o casamento será solidificado e estruturado adequadamente. Assim, o casal poderá desfrutar de uma vida conjugal sadia, saudável e duradoura, com a indispensável benção de Deus.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel