Adultos - Betel
O verdadeiro sentido de serem dois em um
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 219 – 1º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL
LIÇÃO – 12 – 24 de março de 2024
TEXTO ÁUREO
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á sua mulher, e serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24
VERDADE APLICADA
Uma carne passou a vigorar porque Deus viu que não era bom o homem estar pois não havia quer que lhe correspondesse.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mateus 19
5 E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe a se unirá sua mulher, e serão dois numa carne?
6 Assim não são mais dois, mas uma carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.
I Coríntios 7
5 Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.
LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda-feira – Pv 5.15-21
O adultério fere o “uma só Carne”
Terça-feira – Pv 6.32
O adultério destrói a alma
Quarta-feira – Rm 7.2-3
A mulher casada está ligada a seu marido.
Quinta-feira – I Co 7.2
Cada um deve ter seu cônjuge.
Sexta-feira – I Co 7.33
O esposo cuida de como agradar sua esposa.
Sábado – I Co 7.34
A mulher casada deve agradar o seu marido.
INTRODUÇÃO
Serem “dois uma só carne” sempre foi mau interpretado. O verdadeiro amor envolve corpo, alma e espírito. Onde dois se fundem em um, não há mais espaço para individualismo, egoísmo, egocentrismo.
I – A UNIÃO PRECISA ESTAR NO CORPO
Unidade física: corpo. A unidade física busca o prazer com a pessoa amada, a geração de novas vidas e a perpetuação da raça humana. No início, era somente Adão, depois, Deus fez Eva (Gn 2.21-22). Em seguida, de dois Deus manda voltar a ser um novamente (Gn 2.24). Unir-se da ideia de ser colado, grudado um ao outro; quando você desmembra algo colado, há ferimentos e cicatrizes de ambas as partes; numa alusão de como estreitou o relacionamento conjugal. Mas o propósito de Deus para o casamento é algo muito mais sublime do que unir os corpos.
1. Precisam estar conectados no corpo. O corpo é a sede da alma e do espírito. O corpo entra em contato no âmbito físico. A união do corpo a entrega física de uma forma responsável, consensual e com amor. Adão disse que Eva seria osso dos seus ossos e carne da sua carne (Gn 2.23). Agora casados, a mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo. Do mesmo modo o marido, porque um passa a ser do outro e vice-versa (I Co 7.4) . No casamento não se faz guerra de sexo, nem barganha; deve ser de livre e espontânea vontade, sem coação. Mas, a partir de agora, não se pode defraudar (tirar, suprimir, esconder, evitar) um ao outro, senão por consentimento mútuo e por algum tempo para se aplicar oração e consagração. Paulo recomenda que, se isso acontecer, que se junte novamente e rapidamente, para que Satanás não tente por causa da incontinência (falta de controle, dificuldade de segurar o apetite sexual) (I Co 7.5).
2. Fatores que influenciam uma carne. Para que uma carne funcione, precisa de Deus, precisa de amor, precisa de responsabilidade, precisa de diálogo, precisa de renúncia, precisa recuar em uma decisão ou um projeto quando os mesmos forem prejudicar um ou o outro. Recua com um gosto amargo, para mais na frente avançar com sabor de mel. Uma carne cuida, ama, respeita, as necessidades a auxiliam. Uma carne não se restringe ao ato sexual apenas, vai além disso. O casamento também funciona como companhia, estar juntos, não e bom estarmos A solidão é horrível e deprimente (Gn 2.18). O casamento também funciona como companheirismo (modo solidário, amistoso, cordial, bondoso e leal no convívio entre duas pessoas) (Ec 4.9-12).
3. Ao unir-se ao cônjuge, o individualismo é eliminado e a individualidade permanece. Individualismo tudo aquilo que você pode passar para a outra pessoa e não o faz, você não divide, você não reparte, o que é chamado de egoísta, quando a pessoa só pensa nela, o “EU” está aflorado, o egocentrismo prevalece e a pessoa quer que tudo gire em torno dela. O amor não busca os seus próprios interesses (I Co 10.24; 13.5). Diferentemente da individualidade, que são as características da personalidade de cada um (ninguém pode ser você), algo que não se pode passar para a outra pessoa: ninguém pode fazer em seu lugar, como tomar banho, se alimentar, fazer as necessidades fisiológicas, entre outras coisas pessoais. A individualidade pode ser cativante, o individualismo repugnante.
II – A UNIÃO PRECISA ESTAR NA ALMA
Em relação ao casamento, a unidade na alma fala do compartilhamento de pensamentos, experiências e emoções. É preciso que haja no casamento amor, diálogo, cumplicidade, entre outros. Para que o casamento seja saudável, deve haver unidade no corpo, na alma e no espírito.
1. Precisam estar conectados na alma. A alma é a sede das emoções, sentimentos, desejos, afetividade, pensamentos, identidade de cada indivíduo. Parte imaterial do ser humano. Nesse caso um sente a dor do outro; se um estiver doente, o outro não se considera com saúde plena, porque estão conectados. Um complementa o outro. As características emocionais começam a ficar parecidas. Se um se entristece, o outro não terá alegria. Quando um está feliz, a felicidade alcança o outro. Seguem rigorosamente o que está escrito em Romanos 12.15: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”.
2. A consciência de não trocar o casamento por nada. O que Deus uniu, ninguém o separe (Mc 10.9). Se tiver que escolher entre o casamento e os amigos, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e os parentes, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e a igreja, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e a faculdade, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e as diversões, escolha o casamento. Se tiver que escolher entre o casamento e o emprego, escolha o casamento. É uma insensatez trocar o casamento pelas demais coisas. A única coisa que não se pode trocar é Deus pelo casamento.
3. O entendimento de que a reconciliação conjugal é possível. Reconciliar-se e voltar a restabelecer boas relações com a pessoa amada, com quem estava brigado ou em sérios conflitos. Aproximação mútua entre os cônjuges após uma separação. Voltar à comunhão que se perdeu. Todos estão sujeitos a desgastes, descontentamentos e afastamentos no relacionamento conjugal. Reconciliar e deixar para trás o acontecido, passar por cima das falhas e voltar à convivência interrompida por desavenças. Após a reconciliação, não fique batendo na mesma tecla, esqueça o passado, não cobre mais nada do antigo episódio – “esquecendo-me das coisas que para trás ficam” (Fp 3.13). As brigas não podem ser permanentes nem capazes de acabar um casamento para sempre.
III – A UNIÃO PRECISA ESTAR NO ESPÍRITO
Unidade espiritual: espírito. A unidade espiritual busca sentido para a vida e isso pode ser construído dentro do próprio casamento a no relacionamento com Deus. O espírito entra em contato no âmbito espiritual. O espírito e o sopro de Deus, a parte não material do ser humano, que se comunica a se relacionar com Deus. Deus é Espírito e só podemos adotá-lo em espírito e em verdade (Jo 4.24) .
1. Precisam estar conectados no espírito. O espírito é a sede da consciência, do racional, do tribunal da alma, da inteligência do ser humano. A falta de união no espírito tem levado muitos casais ao fracasso, porque ficam restritos só ao corpo e a alma, prazer a sentimento, sem razão. O corpo pode deixar de ser atrativo, a alma pode deixar de sentir emoções e sentimentos, mas o espírito e para sempre, até que a morte os separe (Mt 19.6). Hoje há muitos casamentos não integrais, não totais, mas parciais. O casamento é completo, quando os cônjuges estão unidos no corpo, na alma e no espírito. Ligados no espírito, os dois exercem a mesma fé, buscam, adoram e servem a Deus no mesmo Espírito e propósito. Deus passa a estar presente na vida do casal. Ele estando no centro da união conjugal, não há como dar errado, pois Ele se responsabiliza e a Sua Palavra dá o respaldo suficiente.
2. O que Deus uniu não separe o homem. Jesus deu essa instrução em Mateus 19.3-9; os que se separam a por causa da dureza de coração; falta de compreensão e perdão. A ordenança para não se separar e até que a morte chegue, antes disso é uma decisão particular, humana e de livre-arbítrio dos cônjuges e não há liberdade bíblica para fazê-la (I Co 7.39). Quando o casal se separa, não temos mais um inteiro, mas, sim, duas metades. O piano divino exclui do casamento a infidelidade, a bigamia e o divorcio de forma arbitraria (que segue apenas a vontade de quem decide).
3. A presença de Deus enche o espírito. A presença da terceira dobra do cordão leva o casamento a não se quebrar facilmente (Ec 4.12b). A mente é cuidada pela presença do Espírito Santo. Mas necessário se faz ter Deus no centro das atenções e não tomar nenhuma decisão ou fazer algum projeto sem consultar ou falar com Ele. O que torna o casamento do cristão diferente dos demais e a presença de Deus, mas Deus se faz presente quando há temor e obediência a Sua Palavra. Por isso, vemos a diferença que faz no lar, quando o homem teme ao Senhor e anda nos seus caminhos (Sl 128.1-3).
CONCLUSÃO
Nunca podemos renunciar aquilo que Deus fez; as coordenadas foram do próprio Criador; se nao fosse possível, então Ele não teria declarado em Sua Palavra: “E serão os dois uma só carne’: Essa união conjugal a um processo que acontece e se concretiza ao longo do tempo.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Editora Betel