Connect with us

Adultos - Betel

Honrar pai e mãe: Princípio elementar para a estrutura e estabilidade da família natural

Publicado

em

EBD – Adultos – EDIÇÃO: 251 – 4º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: BETEL

LIÇÃO – 06 – 10 de novembro de 2024

TEXTO ÁUREO

Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.” Colossenses 3.20

VERDADE APLICADA

A obediência aos pais faz parte de um viver correto e que agrada ao Senhor.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êxodo 20

12- Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.

Marcos 7

10- Porque Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ou o pai ou a mãe, morra de morte.

Efésios 6

1- Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2- Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3- Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.

LEITURAS COMPLEMENTARES

Segunda-feira – Pv 1.8
Os filhos devem ouvir a instrução dos pais.
Terça-feira – Pv 19.26
Filho que aflige o pai traz vergonha e desonra.
Quarta-feira – Pv 22.6
Instruir no caminho em que deve andar.
Quinta-feira – II Tm 3.1-5
Extrema corrupção nos últimos tempos.
Sexta-feira – Hb 12.10
A disciplina divina é para nosso proveito.
Sábado – I Pe 2.13-17
Submissão às autoridades.

INTRODUÇÃO

Os primeiros mandamentos tratam da relação entre o homem e Deus e os demais apontam para o relacionamento entre os seres humanos. O quinto mandamento trata de honrar pai e mãe, com a promessa de uma vida bem-sucedida e de longevidade (Ef 6.2-3).

I – A IMPORTÂNCIA DA HONRA NO LAR

O quinto mandamento trata do princípio da honra aos pais. Nele Deus apresenta a importância da família e Seu plano em preservá-la, isso exige que cada filho contribua com sua porção de responsabilidade diante dos pais (Cl 3.20).

1. A família e a sociedade. O relacionamento entre pais e filhos tem sido o tema de grandes discussões em nosso tempo. O quinto mandamento trata da honra, um princípio que, praticado, pode de maneira poderosa transformar o contexto de nossa sociedade (Cl 3.20). Existe uma conexão muito poderosa entre a família e a sociedade, elas estão intrinsecamente ligadas. Sem famílias estruturadas, o resultado será nações desestruturadas. A maneira mais fácil de desintegrar uma nação é começar pela família, e a maneira com a qual os filhos podem destruir a família é desobedecendo a seus pais (Ef 6.2).
2. Os pais devem receber honra de seus filhos. Por que pais devem ser honrados? Em primeiro lugar, devemos ter em mente que os pais são os representantes de Deus na família; dar honra aos pais não significa apenas uma obrigação, mas deve fazer parte da vida de todo filho que entende o valor de um pai (Ml 1.6a). Existem vários motivos pelos quais os pais devem ser honrados. Devem ser honrados porque é da vontade de Deus que assim seja; devem ser honrados porque alcançaram esse status diante de seus filhos; devem ser honrados porque antes de existirmos eles já estavam ali, preparando tudo para a nossa chegada; devem ser honrados porque é nossa responsabilidade- de reconhecer que não existe na vida alguém mais importante para o filho do que seus pais (Ef 6.2). Honrá-los e temê-los é como fazer o mesmo em relação a Deus.
3. Bons filhos são sempre presentes. Sabemos que, mesmo sendo cristãos, não existem lares sem problemas. Sabemos também que o relacionamento com os nossos pais pode afetar de maneira positiva ou negativa nossas vidas. Biblicamente, o quinto mandamento nos ensina que a melhoria na qualidade de vida necessariamente passa por nossa convivência como filhos. Nosso relacionamento com nossos pais irá afetar todos os demais relacionamentos que tivermos. Mesmo assim, devemos, como bons filhos, amar nossos pais. O amor é o alicerce da honra, do cuidado, da retribuição e principalmente do carinho que merecem receber por serem nossos pais. Não existem pais perfeitos, assim como não existem filhos que não precisem de melhores ajustes. Porém, bons filhos sempre estão atentos às necessidades de seus pais e sempre estão presentes quando exigidos (Ef 6.1-3; Cl 3.20).

II – A HONRA ESTÁ ACIMA DE TUDO

A palavra hebraica para “honra” é “kaved”, que significa reconhecer o peso de uma pessoa e sua autoridade. Honrar os pais é dar a eles o devido peso de suas autoridades.

1. A honra é uma atitude do coração. Não podemos mudar a realidade da situação em que nascemos. Não tivemos influência na escolha de nossos pais, nem podemos alterá-los para que atendam aos nossos critérios de como devem agir (Hb 12.10). Eles podem ter realizado essa tarefa com grande habilidade ou com muitos erros; o que eles fizeram ou deixaram de fazer inevitavelmente nos afeta; mas nunca pode ser exagerado dizer que somos mais profunda e permanentemente afetados por nossa atitude em relação aos esforços deles do que pelo método específico que eles usaram. É precisamente por isso que o quinto mandamento coloca a responsabilidade pelo sucesso da relação entre pais e filhos onde realmente pertence. Refere-se ao aspecto do relacionamento que nos afeta primeiro e mais; um aspecto que depende de nós. Embora não possamos escolher nossos pais, nem os mudar, a atitude que assumimos em relação a eles depende definitivamente de nós (Ef 6.1-3).
2. A honra é a base das boas relações. A maneira como nos relacionamos com os nossos pais afetará profundamente nossos relacionamentos com as pessoas e com Deus. O princípio declarado no quinto mandamento é uma base sólida para um convívio saudável, harmonioso, na escola, no trabalho e, inclusive, em nosso matrimônio. De fato, a primeira vez que o casamento é mencionado na Bíblia, é descrito como a condição de um homem que deixa seu pai e sua mãe e se une à sua esposa (Gn 2.24). Assim, o casamento é uma transferência e, em certo sentido, uma continuação do relacionamento que começou com nossos pais. Qualquer pessoa que tenha problemas não resolvidos em seu relacionamento com seus pais entrará no relacionamento conjugal com um sério revés e provavelmente terá problemas em outras áreas de sua vida também (Pv 1.8; 26.2).
3. O peso da honra. Se honrar produz bênção sobre a vida dos filhos, a desonra certamente trará muitos males (Pv 19.26; Ef 6.1-3). Rebelar-se contra a autoridade dos pais tem sido algo muito comum em muitos lares em nossos dias. A Bíblia traz um forte alerta para as últimas gerações, onde os filhos se tornariam problemáticos demais (II Tm 3.1-4). Está claro que Deus considera a desonra aos pais como um dos piores pecados que se possa cometer. Algumas das mais assustadoras maldições do Antigo Testamento são reservadas para os filhos que se rebelam contra seus pais (Lv 20.9; Dt 21.18-19, 21). Evidente que tais castigos não se aplicam hoje. O apóstolo Paulo ao tratar em suas epístolas sobre o trato dos filhos para com seus pais, o faz no contexto de que tal conduta resulta da nova vida em Cristo (Efésios 6 e Colossenses 3). E, quando menciona os filhos desobedientes, relaciona junto com as demais características de pessoas que estão vivendo em desacordo com os mandamentos de Deus (Rm 1; II Tm 3).

III – LIÇÕES RELEVANTES ACERCA DA HONRA AOS PAIS

Deus honra e abençoa os crentes que guardam este preceito de maneira especial. A promessa tem a ver com as bênçãos de Deus e Seu cuidado por nós nesta vida. Afinal, as Escrituras pontuam que obedecer aos pais é a vontade de Deus, é o certo, é agradável ao Senhor (Êx 20.12; Ef 6.1; Cl 3.20).

1. A obediência aos pais tende a preservar a vida dos filhos. As crianças que honram e respeitam seus pais aprendem com seus ensinos, experiência e maturidade. Isso resulta em evitar muitos dos erros e falhas mais comuns em vida. A melhor maneira de evitar os erros da infância e da juventude é obedecer a esse mandamento (Pv 4.10-13; 6.20-23) A obediência a este mandamento preserva a vida da família, da sociedade e das nações em geral. A rebelião e a desobediência por parte dos filhos produzem efeitos desastrosos na família, na sociedade e no país em geral. Produz filhos irresponsáveis, negligentes ou desobedientes a todo tipo de autoridade. A obediência a este mandamento preserva também a vida das igrejas. Os crentes que não ensinam seus filhos a obedecerem têm muita pouca chance de seus filhos serem convertidos. Se os filhos não aprendem a obedecer aos pais, pode-se dizer que eles também não aprendem a obedecer a Deus (I Pe 2.13-17).
2. A autoridade divina é a base de toda autoridade humana. As Escrituras revelam que o Senhor Deus, em Sua soberania, de acordo com o Seu plano para a humanidade, estabeleceu a família, o governo civil e a Igreja. Essas instituições foram ordenadas por Deus e colocadas em posição de autoridade para cumprir propósitos específicos, isto é, para a proteção, bem-estar e bênção dos seres humanos (Rm 13.1-7). As pessoas que não aprendem a obedecer aos pais, mais tarde têm problemas com todo tipo de autoridade; ou seja, tanto com o governo, quanto com a igreja e especialmente com Deus. Vivemos em um mundo cheio de anarquia e rebelião a nível governamental, eclesiástico e familiar, vemos o caos e a falta de submissão às autoridades estabelecidas por Deus. Por trás desse caos está a falta de submissão a Deus.
3. Jesus Cristo: maior exemplo de sujeição e obediência. O título deste subtópico pode causar surpresa. Afinal, Jesus Cristo é Senhor! Contudo, antes de iniciar o Seu ministério na terra, a Bíblia revela que Jesus era submisso a José e Maria, como um filho consciente e cumpridor dos Seus deveres (Lc 2.51). “Fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.7) e sendo um judeu, Jesus foi identificado como carpinteiro e filho de carpinteiro (Mt 13.55; Mc 6.3). Assim, podemos afirmar que Ele passou por várias fases em Seu crescimento e desenvolvimento como outros de Seu tempo. Quando na cruz, sofrendo como o Cordeiro de Deus, não estava indiferente a sua mãe, pois a Bíblia diz: “vendo ali sua mãe” (Jo 19.26). Ele vê, sabe que ela precisa de cuidados e provê, falando ao discípulo amado para que a recebesse. O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, ressalta que Jesus, “na forma de homem” (Fp 2.8), humilhou-se e foi obediente até a morte.

CONCLUSÃO

Considerando que somos discípulos de Jesus e, consequentemente, povo de Deus, que o Espírito Santo ajude a cada filho a obedecer e honrar seus pais, convicto de que são atitudes e condutas corretas e que agradam ao Senhor, como revelado nas Escrituras. E, assim, nossas famílias sejam autênticas agências de promoção de valores que contribuam para uma sociedade mais justa, o bom testemunho cristão e no contínuo processo de edificação da Igreja, para a glória de Deus.

 

 

 

Postado por: Pr. Ademilson Braga

Fonte: Editora Betel

 

 

 

 

 

 

 

Compartilhe!
Clique aqui para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais lidos

Copyright © Seara de Cristo - Todos os direitos reservados