Adultos - CPAD
As nossas armas espirituais
EBD – Adultos – EDIÇÃO: 629 – 2º Trimestre – Ano: 2024 – Editora: CPAD
LIÇÃO – 06 – 12 de maio de 2024
TEXTO ÁUREO
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.” (II Co 10.4)
VERDADE PRÁTICA
Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais à nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.
LEITURA DIÁRIA
Segunda-feira – Ef 6.1,2
As armas de crente são espirituais e devem ser usadas na jornada
Terça-feira – I Pe 5.8
O Inimigo apresenta diversas estratégias contra nós
Quarta-feira – Mt 4.4; I Pe 2.2
A Palavra de Deus, uma poderosa arma espiritual
Quinta-feira – Sl 55.17, Ef 6.18
A Oração, urna arma espiritual Indispensável
Sexta-feira – Mt 4.1-4; At 13.2,3
O Jejum, um instrumento espiritual indispensável na caminhada
Sábado – II Tm 3.36; Jo 17.9,20-22
At 14.33 Estudando a Palavra, orando e jejuando
LEITURA BÍBLICA
Lucas 4
1- E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.
2- E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.
3-E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.
4- E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.
16- E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
17 E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
18- O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a
19- A apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a por em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
20- E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada: o Diabo, a Carne e o Mundo. Nesta lição, enfatizo que usaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum. Desde o início de nosso andar com Cristo, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o céu.
I – AS ARMAS DO CRENTE
1- As armas. De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa. Nas Escrituras, os principais instrumentos de ataque são: espada (I Sm 17.45); vara (Sl 23.4); funda (I Sm 17.40); arco e flecha (II Rs 13.15); lança (Js 8.18); e dardo (II Sm 18.14). Os de defesa são: escudo (Ef 6.16), capacete (I Sm 17.5), couraça (I Sm 17.5) e caneleiras (I Sm 17.6). Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença de que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7). Entretanto, para os cristãos, “armas” aqui tem um sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.
2- As estratégias do inimigo. Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas. O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas: arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições com mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3,4); escravizar (II Tm 2.26); enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32); enganar com doutrinas demoníacas (I Tm 4.1). Não por acaso, o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (I Pe 5.8).
3- O chefe de toda força do mal. O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11; Rm 13.12). Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (I Ts 2.18). Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o “príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2). Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de “o deus deste século” (II Co 4.4). Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (LC 11.17-22).
II – AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO
1- A Palavra de Deus. O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4). Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que “desejemos afetuosamente” o “leite racional” para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual (I Pe 2.2). Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em Deus para resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24,25). Logo, quem se rende à Palavra de Deus experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17).
2- A Oração. Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17). Prestemos atenção para a seguinte declaração: “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça da armadura, pois na verdade, é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda. Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.
3- O Jejum. Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente. Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28; Dt 9.9; II Sm 12.16-23). No Novo Testamento, o Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39). A Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23). Ο apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (II Co 6.5; 11.27). Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus.
III – JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO
1- Vencendo o Diabo com a Palavra. Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4. O primeiro enfatiza que o Senhor Jesus venceu o Tentador com a Palavra de Deus (Lc 4.4; cf. Dt 8.3). No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para si o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20; cf. Is 61.1,2). Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de Deus devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Maligno. Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17), uma arma poderosa e eficaz que provém do Espírito Santo de Deus (II Tm 3.16).
2- Vivendo em oração. O evangelista Lucas mostra que Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ele orava pelos apóstolos e pela Igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.34), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42). Ele sabia bem do valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com Deus. Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6).
3- Vivendo em jejum. Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2). Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando. Infelizmente, há quem ensine que não precisamos jejuar. Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de Cristo é estimulado pela Bíblia a jejuar. Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).
CONCLUSÃO
O nosso Inimigo é ardiloso e perverso. Por isso, não podemos ignorar suas estratégias. Contra ele, lutaremos com armas espirituais: Palavra, Oração e Jejum. Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual. Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor Jesus, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.
Postado por: Pr. Ademilson Braga
Fonte: Revista CPAD